Amor Iludido

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Medo de que o casamento não corra bem? De que o namoro não dê certo? De que tudo seja uma ilusão? O amor e o medo não podem andar juntos. Quem tem medo não entende do amor. Amar é precisamente não ter medo. É entender que se possui uma força imensa. Quem ama sabe que é também possuído e protegido pelo amor. E que por isso, caminha noutra altura; voa por cima dos cumes gelados, dos salpicos das ondas, das pedras afiadas e dos vales profundos. Quem ama navega por cima de um mundo muito pequeno, se move com asas de fogo, descansa em mãos de fadas, possui sua própria dimensão. Quem ama vira um ser de outro mundo.

Uma foto guarda em si não só a ilustração de um acontecimento, mas um complexo conjunto de infinitos e desconhecidos sentimentos.

Corpo e mente podem ser bonitos ilusoriamente por fora.
Mas o bacana mesmo é a sabedoria da alma!

A paixão é um embotamento mental e sensitivo cujo prazo de validade é o desanuviar das ilusões. O amor é um microscópio eletrônico de varredura de duração infinita e que, instrumentalizado na realidade, perpetua-se ainda quando o amar se dissocia do querer.

Algumas pessoas passam a vida a tentar agradar as outras na ilusão de que assim serão amadas, mudam suas principais características e perdem seu caráter. Após algum tempo nem mesmo elas sabem qual o seu "verdadeiro eu", a máscara acoplou-se ao rosto.

Sem identidade, sem amor próprio e vivendo numa imensa peça teatral friamente calculada ela se torna um fantasma – um boneco da sociedade. Logo bate o desespero, a raiva e o ato insano de rebaixar as pessoas na inútil tentativa de se sentir superior. Sem contar na procura pelo prazer e amor através roupas de marca, drogas da moda e relacionamentos superficiais.

Se algum dia se deparar com algum fantasma social procure não alimentar mágoas ou raiva, mostre-o o que é amor de verdade. Tenha um pouco de dó e muita compaixão. E por fim, desbanque-o, faça com que caiam as máscaras.

⁠ENGANO FEITO

No que restou da ilusão busco vontade
Das poéticas que um dia me apaixonei
Do desejo, do tudo mais, vem a saudade
Neste vazio do silêncio a quem me dei

Ah! ó fatalidade que no vão me esquece
Numa sensação de uma urgência sentida
De onde aquela emoção não mais aquece
E o descolorido no apenas tinge a vida...

De tropeço em tropeço vou neste mundo
Porque a dor no peito arregaça bem fundo
E nestes pedaços, me vejo sem mais jeito

E, assim, poetar triste na culpa eu assumo
De tantas culpas, tantas, o sombrio rumo
De uma escolha malfeita e o engano feito!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08, junho, 2021, 09’17” – Araguari, MG

⁠Como Van Gogh

Como Van Gogh, me apaixonei pelo que me consome, vivendo numa ilusão de que, nos teus braços, encontraria a cura. Menti para mim mesmo mil vezes, e teu sorriso dissipava a farsa, como se o resto perdesse importância. Por que dói o peito ao ver como tu posar, tão maravilhosa? Às vezes, me perco em pensamentos, questionando se Van Gogh sentiu algo semelhante ao se ao se apaixonar pela maldita tinta amarela

@l_parque29

O tempo é ilusão, tudo é caos.

A gente complica a vida por abrir os olhos com veus da ilusao, abrir os ouvidos com ruidos no coração, abrir uma mão escondendo a outra. Queremos muito e pouco estamos dispostos a doar. O caminho do amor é um só. Abdicar mais do que receber. Porque o amor não dói o que dói é porque não sabemos amar.

Jamais . Ainda que sonhe com você todas as noites , ainda que lute para estraçalhar todas essas ilusões nunca te buscarei.Nunca.Nem saberás que pensei em ti . Um dia eu canso de cavucar a ferida , ela cicatriza e sigo em frente . Até lá és apenas um borrão de tinta que com maestria eu hei de apagar .

Disse que me queria, eu apenas me iludia. Abraçou os inimigos, desprezou os bons amigos. Nos teus olhos me perdi, nos teus braços me rendi. Não enxergava mais o passado, me sentia bem ao seu lado. Quantas mentiras, idas e vindas. O meu erro foi a pressa, acreditei em suas promessas. Pouco tenho à dizer, no fim só me fez sofrer. Não percebi que era só mais uma de suas paixões. Agora são lembranças, apenas ilusões.

Se eu tivesse sensatez e equilíbrio
As ilusões não seriam certezas
Se eu tivesse sabedoria e clareza
A razão não me traria tristeza

Comodidade é se iludir
Cegar é se resignar
Não ouvir é fingir
Ser afável é se calar

Perversidade é implorar
Acatar mentiras é se humilhar
Deplorável é mesmo assim seguir
O egoísmo alheio alimentar

Incoerência é não querer errar
Quando a vaidade excessiva aflorar
A humildade necessária me falta
Para o aprendizado habitar

Sabedoria, difícil de adquirir
Lucidez, turva de se enxergar
Altivez e brio são necessários
Para saudável a vida se tornar

Mar, Ilha, Ilusão...
Que Mar irei eu nadar?
que ilha visitar irei?
desistir? já anulei
talvez não vou mais errar...

duas Ilhas borda-Mar
belíssima, a alma inspirei
por essa ilha, me apaixonei
esse Mar deverei amar

Mar-Ilha, linda, viva
com seu brilho radiante
voôu como uma diva

a ilusão fora gigante
ama-la fora assertiva
ou será ter sido errante?

A porção do coração foi um feito de transformação que um dia tudo era ilusão e hoje se tornou concretização acreditar que existe a verdadeira paixão quando profundamente encontro na constelação, o rumo na ponte imaginária de proporção de condenação, para modificar a orientação de tribos desconhecidas que te amarei até fazer parte de momentos marcantes na sua vida e as origens de propósito de aceitação é oprimida no instante que foi descoberto que em sua vida a ligação de conexão de sua armadilha me prende na liberdade de expressar o quanto é significativo está sendo o líder de se martirizar o ato de reina na tribo de desenvolução do sentido que une os nossos coração em direção a renovação de nossa relação.

"Te iludiram ou você se iludiu?"

Um velho sofá, uma ilusão...
ou uma nova forma de amar?

Esse sofá tem muitas histórias,
Lembro do dia que seu desejo me prendeu,
E meu coração pela primeira vez se estremeceu.

Minha alma parecia estar no desfile de uma escola de samba... estava pela primeira vez alegórica... seria um sonho ou uma noite eufórica?

Oh fevereiro, anda devagar, ainda não me decidi se eu corro ou se devo me entregar. O medo me domina, e a alma tem medo de se magoar.

Minha alma implora por presença, mas o medo clama por ausência.

Esqueci apenas de uma coisa, não conhecia
Um encontro de almas, e nele aprederia que não existe espaço ou calma.

De repente, o som dos bloquinhos de rua não mais tinham melodia, e o carnaval gritava: ei, vem pra rua, estou aqui.. que heresia.

A alma simplismente se envolvia, em um encontro desconhecido com o que me consumia.

O toque dos teus labios no em pescoço, criaram um novo mundo... e no meu coração um alvoroço. Oh carnaval desculpe, não consigo sair deste abraço, estou presa no tempo-espaço destes braços.

Uma historia ou uma estória? Posso eu me permitir aceitar essa alforria que enaltece a minha alma? Ou peço pro meu coração ignorar, e dizer: ei, calma.

Esse sofá tem muitas histórias... com certeza nele vivi a mais bela de todas as minhas memórias.

Versos de aflição

Se afugenta dentro do peito,
o vazio deixado pela ilusão.
Não sei mais o que fazer,
para acabar com essa aflição.

Sentimento meu,
sofrimento que e teu.
Se fosses capaz de amar,
o moído interno,
não seria tao eterno.

Escreveria tudo num pedaço de papel.
Mas do que adianta te entregar uma canção
frustrando assim, meu coração?

PALAVRAS SOLTAS ღ 🌹 ಌ

Sensual de paixão, voluptuoso e libertino
Solidão dos corpos, ilusões da vida
Sonhos loucos, olhares sombrios
Mágoas e angústias, espinhos das rosas
Poetas tristes, madrugadas vazias
Rostos frios, palavras sentidas
Maresia e vento, tempestades do inferno
Fogo da carne, mar imenso
Cegos do destino, escuridão da trevas
Sentimento de um poema, despido de mágoa
Infinito e intenso, perfumado no tempo
A chuva cai com força na lama🌻
Lágrimas de sangue, dor
De todos aqueles que perderam a vida
Por uma causa, por um ideal
Luta desigual entre o aço e a carne
Entre a pátria, família, liberdade
Rasgada por dentro, carne sofrida
Sofrimento atroz, dor que arde
No fogo do inferno, sofrida depois da ida
Guardada depois da vida, dos mártires
Da guerra feita do aço e da carne podre
Sem alma, sem coração, sem honra, sem humildade
Homens sem esperança perdidos, esquecidos, com fome
Com frio, lágrimas de sangue que correm nas veias
Sem medo, sem nada, esperam a paz dada pelo aço.

Como é lindo a capacidade de se enfrentar uma ilusão com obstinação e encantamento. A vida, assim como a beleza, é efêmera, mas existe um mistério em se olhar contemplativamente a vida e isso a torna tão intrigante e única. Não existe o porquê em lutar ou fugir. O que existe é simplesmente sorrir diante das dificuldades e obstáculos, enfrentando a vida com um brilho no olhar, um olhar contemplativo, cheio de paz e amor.

⁠PÁGINA ÍNTIMA

Meus poemas tão cheios de ilusão... os perdi
os deixei de cantar, mansos, estão no destino
apertando a sensação, tão solitários, os dilui
lastimando ou rindo no meu poético destino

Era boa canção de um coração de um menino
singelos versos, e que não feria, se então sofri
feliz fui, muito adquiri no trançado do figurino
pois não sabendo, entretanto, que iniciava ali

Aí, cada pranto, cada sorriso, cada um norte
e a sorte, a quimera, a inspiração, ora brando
ora forte, mas sempre com o sonhador porte

Ó página íntima, tão cheia de ilusão querida
Da lembrança, saudade, a lágrima chorando
Sigo eu em outros poemas, à minha vida! ...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Araguari, MG – 25/07/2021, 15’55”