Amor Filosófico

Com exceção das vezes em que é usado para depreciar ou enganar, o "Não sei", fortuitamente sai da boca do sofômano.

Monstros existem e todos têm forma humana.

Alguns observam o céu para entender que somos insignificantes perante sua imensidão, já outros não o fazem por medo da constatação.

O principal ato de caridade é o de doar o dever da obrigação abrindo mão da gratidão.

Não existe quem viva sem atitude, até o "Não fazer nada" é uma atitude.

O medo da morte consiste na interrupção do hábito de viver.

A vida é como uma guerra onde se luta em várias frentes ao mesmo tempo e logo que se vence uma batalha, outra já está em andamento. Surgem novos inimigos, mas persistem alguns antigos que vez por outra retornam como velhos conhecidos.

Verdadeiramente sonha com a liberdade quem tem o corpo aprisionado por detrás de muros ou grades. Mas aquele que teve coração e mente conquistados, ainda que possa caminhar, será cativo em qualquer lugar.

Grande parte da "novidade", é feita de coisas antigas com nomes novos.

Para fazer o que se pode, basta ter poder. Para fazer o que se deve é preciso bom senso e honestidade.

Todo mundo quer mudar o "seu mundo" e com bilhões de mundos a serem mudados, mudar o "mundo", ficou pra depois.

Não existe o caminho para o sucesso. O sucesso é um conceito individual, portanto cada pessoa deve procurar o seu caminho para o seu sucesso.

Se o brasileiro exercesse seu poder na política assim como faz no futebol, o Brasil seria uma super potência ao invés de um Gigante Otário e Adormecido do Futuro.

A ambição é somente o meio e nunca o fim, simplesmente por não haver fim. Desejo e conquista de modos sucessivos e incessantes, o seu fim apenas chega juntamente com o fim do ambicioso.

Transformar um pequeno pensamento em palavras, sejam faladas ou escritas, pode ser comparado a construir um castelo apenas para passar uma noite.

A inspiração lampeja e se não correr para apontar ela se vai e não volta. Nunca vem sozinha, sempre traz companhia, contudo, só uma parte fica. Quando me dou conta estou ali, envolto em suas muitas vozes me dizendo o que fazer, falando suavemente de forma persistente ou gritando. De tempos em tempos olho as horas e constato ser tarde, digo que já vou, mas, me pede pra ficar só mais um pouco, e eu fico... Depois de tudo sobrevém o cansaço, não da inspiração, e sim
da minha cabeça, porque é dentro dela que esse caos acontece, dou adeus e sem olhar para trás, ainda ouvindo me chamar, vou embora mesmo querendo ficar...Ultimamente tenho mandado dar meia volta, visto que impedir sua chegada parece impossível, então, assim o faço sem ao menos permitir colocar a mala no chão. No entanto, deixá-la ir sem quase nem ter chegado, causa impressão de desaparição.

Quem diz ao outro o que fazer, não dá conselho, realmente tenta convencer a si próprio do que fala e precisa da orelha alheia para ter respaldo. Neste caso, o conselho é para o conselheiro.

Não existe uma luta entre a emoção e a razão para que apenas uma prevaleça, se assim fosse, seríamos puramente instintivos ou estritamente condicionados. A emoção e a razão são parceiras que atuam em prol do bom senso.

Então aprendeu a ficar calado, pois falar é importante, tão importante que deve ser guardado para as coisas boas.

Guardar ocupa espaço, tira a liberdade de movimento, causa sensação de claustrofobia e ainda exige trabalho para organizar coisas, na sua maioria inúteis, meras quinquilharias.