Como a nossa fragilidade o concebe e o pratica, o amor é um sentimento essencialmente incômodo. Mal dois olhares se trocam e duas mãos se enlaçam, vem logo a tragédia das suspeitas, dos ciúmes, das zangas, das recriminações, estragar momentos que deviam ser os mais belos, os mais alegres, os mais despreocupados da vida.
É próprio do amor (...) ser obrigado a aumentar, sob pena de enfraquecer.
Sem a alegria, a humanidade não compreende a simpatia nem o amor.
O amor e a amizade são como o eco: dão tanto quanto recebem.
Sem o amor o homem é apenas um cadáver em férias.
Antes que amor, que dinheiro, que fama, conceda-me a verdade.
O amor é vida quando não é morte; é berço e também sepultura.
No amor, a autoridade é por direito daquele que ama menos.
O amor vive do pormenor e procede microscopicamente.
Nada é mais potente contra o amor do que a impotência.
O nosso amor-próprio exalta-se mais na solidão: a sociedade reprime-o pelas contradições que lhe opõe.
O homem dá a vida pelo amor, e julga não ter dado nada.
Até mesmo o Olimpo é um deserto se não existir amor.
O encanto que supomos encontrar nos outros só em nós existe; e é apenas o amor que tanto embeleza o objeto amado.
O amor-próprio dos tolos desculpa o das pessoas inteligentes, mas não o justifica.
A ociosidade faz nascer o amor e, uma vez desperto, conserva-o. É a causa e o alimento deste mal delicioso.
O amor é como o sarampo: quanto mais tarde chega na vida, mais perigoso é.
O mal nunca está no amor.
O tempo, tudo o consome e apenas o amor o aproveita.
Beber sem ter sede e fazer amor a qualquer hora, senhora, são as únicas coisas que nos distinguem dos outros animais.
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