Escolhas no Amor
Quando escolhemos o amor como decisão, não tem como a decisão ser ruim. Quando escolhemos a raiva ou ódio como decisão, então a decisão é ruim.
Desde do momento em que tudo se tornou disputa de ego, o amor nunca mais pisou ali. Competiam o desinteresse, abraçavam o desapego, perdiam os sentimentos fingindo não senti-los. Quem via a casca dura do caramujo, não sabia o quanto era mole, até que a morte o recebesse.
Com o tempo aprendi que amor é escolha, e que não necessariamente tem haver com parentesco, ou isso, ou aquilo...
Sou eu quem escolho amar o outro e vice-versa, pois há muitos que teriam razões óbvias pra nos amar e não o fazem, e há aqueles que não possuem lá grandes motivos pra isso, e nos amam e nos escolhem dia, após dia. Amor é escolha.
Sempre imaginei que o amor fosse algo concreto, mas na verdade aprendi que o amor e algo abstrato, onde escolher tê-lo passa por varias escolhas e eu não fui uma delas.
No amor não existe certo ou errado. Existe a intuição - o sussurro Divino que nos aponta o melhor caminho.
Falam das bilhões de pessoas. Mas no amor, o coração parece fazer opções involuntárias e seletivas. Você realmente tem várias opções, mas, de repente, acaba escolhendo só aquela. É como se não houvesse bilhões, nem dezenas, nem meia dúzia, ou duas ou três. Essa escolha me parece involuntária. Ela te presenteia com um leme e te oferece um mapa pra riscar. Um minuto a deriva, mapa em mãos e leme. Só daí vem a decisão de seguir. Essa sim, a única coisa racional de bilhões de pessoas.
A ambição, a inveja, a raiva, a avareza, a bondade, o altruísmo e, sobretudo, o amor sempre foram e sempre serão poderosos a ponto de motivar as nossas escolhas.
Se alguém não o está tratando com amor e respeito, é benéfico que se afaste de você. Se essa pessoa não se afastar, você vai permanecer anos a fio sofrendo com ela. Afastar-se pode magoar por um instante, mas seu coração irá curar-se disso. Então você pode escolher o que realmente deseja. Irá descobrir que não precisa confiar nos outros tanto quanto precisa confiar em si mesmo para fazer as escolhas corretas.
O amor é uma escolha inteligente e racional. Não o confunda com paixão. Ele é o tempero certo para vida.
O amor é uma escolha.
Você pode, todos os dias, escolher amar quando entende que no amor a felicidade está em oferecer ao outro e não no que o outro tem a oferecer.
A felicidade é feita de momentos, a ninguém escolhe amar, o amor é sem malícia, quem dita é o coração, se pudermos escolher não haveria emoção, quem ditaria as regras seria ela, a razão.
Deus é todo amor e todo justiça. O bem e mal, o bom e o ruim são permitidos por Ele para que façamos boas escolhas, para evoluirmos conforme o que alimentamos dentro de nossos corações. Possamos ter forças para mais um dia optarmos pelo caminho reto que nem sempre é o mais fácil, mas que é agradável ao Senhor e de extrema importância para o crescimento íntimo.
Pelos caminhos que passo, deixo uma parte de mim, sempre a melhor parte... Deixo amizade, deixo amor, deixo bondade, deixo fé... Não me cansarei de seguir plantando tudo aquilo que tenho de melhor, porque sei que, quando retornar a esses caminhos, encontrarei florindo tudo aquilo que semeei, encontrarei as pessoas felizes e plantando felicidade, encontrarei as pessoas amadas e amando, encontrarei as pessoas bondosas sendo bondade e encontrarei pessoas de fé, mostrando aos outros a importância de se ter fé... Pois sem a fé nada frutifica, tudo o que há de melhor vem da fé que Deus plantou em nós...
O amor vem depois!
Depois de ter aprendido preciosas lições com reflexões advindas do estudo e com os valores adquiridos do trabalho.
Coisas do coração são complexas demais para se entrar nelas sem racionalidade e alguma experiência. No mínimo irá machucar alguém ou ser machucado.
Mais um Natal se aproxima e com ele o desejo de dias melhores nos quais possamos doar o nosso amor com vontade para aqueles que amamos e dos quais tivemos que nos afastar devido às condições atuais.
O Natal está chegando e percebemos que nada será como outrora. O Natal será diferente, não haverá a reunião familiar, os abraços nos avós, os sorrisos das crianças e os seus beijos estalados. O vínculo compartilhado esse ano será apenas a energia positiva: a da fé que nos dá esperança para esperar pelos dias oportunos para estarmos juntos daqueles que amamos, para abraçá-los e sentir a mágica do abraço. A conexão muitas vezes será virtual, mas a presença do amor é física, nada faz com que isso mude. A distância no caso da pandemia é o maior gesto de amor que podemos distribuir nesse momento...
Mas a pandemia serviu para nos abrir os olhos e reafirmar a importância do estreitamento dos laços todos os dias do ano, não somente no final dele, no Natal, porque a magia dele deve permanecer em nosso coração e em nossos atos todos os dias, pois não podemos adiar o amor para uma data, devemos ser esse amor em cada dia oportuno, e todo dia que abrimos os olhos é um desses dias.
Nesse Natal tudo será diferente, espero que principalmente o nosso coração esteja diferente e o nosso modo de enxergar a vida porque com a ausência passamos a valorizar a presença e a dar mais importância às pessoas do que a todo o resto, todo o resto pode esperar, mas aqueles que nos acolheram em seus corações não, familiares e amigos valem muito mais, valem o nosso tempo e merecem o nosso amor em cada segundo, porque nunca sabemos quando será o último, nem para nós e nem para eles. Por isso, que doemos amor enquanto Deus nos concede essa oportunidade, a vida é breve, mas o amor que damos e que recebemos sempre será eterno, essa é a mágica, o amor se eterniza e nos eterniza no coração dos que amamos...
O amor.
O amor é aquilo que ultrapassa o sentimento, pois, este último é mutável e pode ser enganador.
O amor é o que se movimenta mudando as coisas de lugar.
O amor é quem insiste em ficar mesmo quando dizem adeus; é aquele que ultrapassa o viés da compreensão e que se assenta à mesa com a razão e produz o fruto do perdão.
O amor é aquele que trás o bálsamo para as feridas causadas pela distância, incompreensão ou escolhas frente aos quadros da vida.
É aquilo que nos faz ficar nos fazendo mover as mãos àquele que caiu ou que por desventuras ou aventuras quis trilhar um novo caminho.
O amor é aquele que dixa ir, pois, sabe, que aquele a quem se ama um dia irá voltar, mesmo, que sem razão tenha um dia partido.
Estou entre o certo ou errado, a razão ou emoção, o amor ou paixão... o que estou o tempo mostrará. O que sei é que entre o ir ou o ficar, escolhi o ficar... com VOCÊ.
Flávia Abib