Amor em Silêncio
Meu bem, meu pobre coração não tem medo do perigo.
É intenso e nessa imensidão toda, todos os sentimentos são bem vindos.
Desde as curvas e o punhal de um amor ferido.
Nós meus braços o perigo é não viver comigo.
Sou o calor do fogo e a fortaleza de uma montanha.
Minha fúria,
Meu corpo,
Minha sede pela vida,
Quero tudo lento pra ter tempo de me apaixonar.
Sem medo corro o risco .
Sou 8 ou 80 e eu prefiro o 80.
Em alguns momentos de timidez..
Dizer-me que preciso falar
Sim falo!
Falo demais..
Palavras sem nexo, falo demais por não ter nada a dizer.
E no final compreendo o porque meu silêncio diz tanto aqueles que não precisam de palavras..mas que compreendem a alma apenas pelo olhar.
Você sentiria orgulho de mim nesses últimos meses,
no não enfrentamento,
no silêncio do meu ser (casca)
que se encontra com meu mais íntimo ser (essência),
escondidinho, puro, amoroso, delicado,
tão meu amor, tão intocado e de mais ninguém.
Acho que encontrei a paz que eu tanto desejava, está dentro,
mesmo no caos ao redor,
mesmo no descontrole ao redor,
mesmo com a língua afiada ao redor,
mesmo na falta de amor ao redor.
O amor e a paz estão dentro, intocáveis,
ninguém nem chegou perto e agora é incompartilhável.
“Nós meditamos e fazemos silêncio para encontrar o Divino e a única forma de saber se realmente estamos no caminho certo é quando conseguimos olhar o outro, perdoar, esquecer e amar.”
Não tenho medo da solidão.
Ser só em meio à multidão, sempre me trouxe um certo alivio. Nunca gostei de fazer parte das massas. Minha singularidade me permite ser o que eu quero.
Deus me livre desses olhares que julgam, condenam e crucificam.
Eu me sufoquei com o teu silêncio, experimentei o gosto amargo que a falta da tua teimosia e arrogância, invadindo a minha monotonia, me trouxe.
É solidão se fazendo presente nas seis prateleiras da minha estante. É dor de viver, é cansaço. É o estalar de ossos ecoando na alma. É prazer de morrer, é agonia angustiante. Distância pra nada, pra tudo. É o medo de andar, de falar, é um vale silencioso. É abandono e saudade, é culpa. É sol, é chuva, é mar de lágrimas desesperadas. É amizade enterrada. É um nó enlaçado. É música não tocada. É o peso da madrugada. É a tristeza batendo na porta dos fundos. É uma rachadura em meio a testa da nuvem, é sangrante e dói. Ela fugiu e nunca foi encontrada... É o esconderijo mais secreto. É o olho roxo e cortado, vermelho e inchado, morto e pálido. Nos lençóis manchados de preguiça, é o desagrado. Para não mais correr por entre as águas. Para deixar de lado as mágoas. É indiferença, é o grunhido que gasta meus ouvidos. É uma queda ao abismo sem fim que termina bem ali. É temor aos passos mais leves. É horror à multidões em cima da cama. Há monstros detrás da geladeira, é mentira. É rancor, é crime escondido em um caderno de anotações. É desesperança. É cuidado somado à várias taças de vinho. É uma vida, duas, três, nenhuma. É complicado. Creio só, não creio. É displicência. É eu, não sou. Era eu, não é mais. Ainda vai ser. É besteira...
Quem não gosta de silêncio muitas vezes traz em si o medo, medo de ouvir o que Deus tem a dizer, pois, nem sempre Ele fala o que queremos ouvir, mas o que precisamos ouvir.
Na ponta dos pés eu me abrigo até no abismo mais próximo. O medo do silêncio, não tenho mais. Mas algo me diz que se não ouvir a voz que preciso adentrarei um vale que me destruirá, e ainda assim me deixar com vida, apenas para sentir a dor de estar estilhaçada como um vidro que corta nuvens.
Aprendi que é na solidão que buscamos as mais ocultas respostas para os acontecimentos em que a vida nos impõe,
sem mesmo nos perguntar.
Aprendi que é o silêncio que nos propicia as mais sábias respostas...
Afinal por mais que pareçam severas algumas desilusões,
elas têm o mérito de serem exímia mestras. Ensinam-nos...
Por mais que pareça carrascal a dor do amor inesperado e não correspondido,
prevalece a doçura de poder senti-lo.
Todos os pensamentos todas as solidões, todos os sentimentos
Resumem-se em apenas uma palavra o amor.
Quando sabemos o que o nosso parceiro(a) fala, mesmo quando este permanece em silêncio, isso chame-se amor.