Amor em Silêncio
Em mim, faz morada fracionadas lembranças; colhidas, guardadas, aromatizadas, grafadas, sufragadas; trazem a mim teu nome Flor.
Apenas busco refúgio no solitário labirinto.
No íntimo do meu ser.
Estar só é a melhor maneira de estar comigo.
Nada mais pueril encher o cesto com frutos de sementes não plantadas;
comemos o que produzimos com sabor doce do mel.
Lindo é apreciar o entardecer do teu olhar
quando corpos fatigados nos dominam;
sempre parecendo curto o tempo que nem o amor nos cabe.
No grafitado lençol; abro tuas páginas envolto a caracol.
Único livro que deixarás em mim escrito.
Tua alma solta sobre o leito quando te leio e me deito.
O tempo, o livro e a borboleta fazem meditar.
Do jeito que puder voe e vá; abra-se,
mesmo que essa leitura seja breve; mas não deixe de ir.
Meus traços és tu! Vês em constante metamorfose.
Ás vezes no auge, outras no caos, nesta imperfeita harmonia que me és. Mas te alinho quando te escrevo nas linhas onde me és amor-perfeito.
Quanto mais arrojados formos menos medo teremos mais autoconfiante seremos.
Sinto-me criança quando deslizo minhas mãos
sobre as folhas brancas da alma registrando minha evolução.