Amor em Silêncio
SÓ O TEU AMOR 🌹
Só o teu amor que me olha
Em silêncio num verso
Deserto de ti onde perco-me
Encontro-me para inventar-me
Criar-me nas palavras feridas
Escritas numa mortalha
Entre a despedida da morte
Ferida no peito de uma flor
Numa ilusão que paira no ar
Amordaça a imensidão
Tocando o lindo céu
No sonho do tempo
Amantes de afago no infinito
Escrito num velho mundo perdido
Das noites passadas em claro
Sem ti meu amor
Escrevo que vou ao inferno
Não importa onde eu esteja
Ou o que faça, o meu coração é teu
E eu sempre te amarei
Só o teu olhar me salva
Destas trevas cruéis
Pois este é o meu lamento
Numa jornada final em que me ajoelho
Diante de ti meu amor
Lágrimas de mim para ti
FICA 🦋
Fica o amor
Fica o desejo
Fica a loucura
Fica o sonho
Fica o querer
Fica o silêncio
Fica a ousadia
Fica a palavra
Fica a poesia
Fica a lágrima
Fica o riso
Fica a felicidade
Fica o sol a lua
Fica a noite o dia
Fica o poema lido e escrito
Onde mora o amor
Sentido e vivido
Amor desnuda-me
No silêncio desta noite
No arrepio da espinha
De gemidos afogantes
De tantos carinhos
MEU AMOR
Chocalha o meu silêncio
Nas palavras que devoram as lágrimas
Que saltam dos teus olhos
Salgadas como o mar
Nos sonhos a transbordar
Poesia.╰⊱♥⊱
ACORDA AMOR 💘
Amor tu que acordas o silencio
Dentro da minha alma
Que falas ao meu coração
Que silencias todas as dores
Que o meu corpo sente
Que calas as saudades
Que o meu corpo sente de ti
E quando sorris os pássaros cantam
E as flores abrem as suas pétalas
Como se alguém as amassem
Sentindo- se amadas
E eu meu amor sinto-me num céu
De varias cores num raio de luz
Quando sinto a tua voz, o teu olhar
O teu sorriso com a vontade de te amar
BEBO O TEU AMOR
Bebo o sumo do teu amor
Nas palavras que o silêncio
Nos vai dizendo
Bebo a seiva do teu olhar
Nos nossos gestos de ternura
Bebo o sumo do teu corpo
Neste encontro das nossas almas
Bebo em ti a paz que habita
Nos nossos corações
No deleito do teu canto
Bebo em cada dia, cada noite
Os frutos maduros fecundados
Pelo orvalho na subtileza
De cada gesto teu, em mim.
(Verse 1)
No silêncio da noite, um verso eu escrevo,
Amor como arte, é tudo o que eu vejo.
Sentimentos dançam, em cada melodia,
Vida e amor juntos, na mesma sinfonia.
(Chorus)
Caminhos que trilho, com respeito e fervor,
Escrevo sobre a vida, o seu brilho, meu amor.
Deus nos deu a chance de viver e sentir,
Na tessitura do tempo, juntos, vamos fluir.
(Verse 2)
Alegrias e lágrimas, tudo faz parte,
Desenho um futuro, em cada batida,
Morte não é fim, é o ciclo a seguir,
Na arte do sentir, eu só quero existir.
(Chorus)
Caminhos que trilho, com respeito e fervor,
Escrevo sobre a vida, o seu brilho, meu amor.
Deus nos deu a chance de viver e sentir,
Na tessitura do tempo, juntos, vamos fluir.
(Bridge)
Escrevo sobre o amor, em cada sensação,
Sentido profundo, na minha canção.
Vida como arte, numa eterna missão,
Cada verso que trago, é pura emoção.
(Outro)
No compasso do tempo, vou sempre lembrar,
Dos dias vividos, do amor a vibrar.
Caminho que traço, com peso e leveza,
Escrevo o sentimento, nossa maior beleza.
O amor existe em silêncio há incalculáveis anos, e ele é você também, intensamente ou não. Mas o amor não combina com o adjetivo insosso, por ser verbo imensurável, seja ele conjugado ou não, como deveria ser pela espécie humana. E por ser maior que o universo, o amor não pode ser definido por conceitos medíocres, pois até seu criador é um mistério infinito!
Paixão é o grito aflito num silêncio profundo;
Amor é o silêncio aterrador daqueles que jamais emudeceram
Amor...
Vem! Não me deixes aqui tão só
num tal vazio laço de um uno nó
e no silêncio que fere com solidão
Luciano Spagnol
Cerrado goiano
SONETO DUM AMOR
Aos olhos surdos, estás ainda, presente
No silêncio do cochicho, tua voz é canção
Meus versos mudos, ainda assim, emoção
E aos ouvidos, o teu vulto nunca ausente
Arrastar-me-ia, se coxo, até a exaustão
Pra ter-te em minhas palavras vorazmente
Qual tal aragem arrefecendo inteiramente
A afeição, a inspiração e o meu coração
Sem sentidos, eu te sentiria novamente
Circulando loucamente na recordação
Qual miragem num perfume languente
E sucumbido, ainda assim, em devoção
Ao teu nome, na alma eu bem contente
Versejaria e te poliria com doce exatidão
Luciano Spagnol
Outubro, 2016
Cerrado goiano
SONETO DE UM AMOR PROIBIDO
Da paixão surgiu o meu eu encantado
Do silêncio, suspiros sem sons ledos
Engasgados como são nossos medos
Onde o inviável está ali aprisionado
Aqui confesso, então, estes segredos
D'alma que vai com o perigo ao lado
Desgovernado sem o tempo marcado
Pávido e, com os sentimentos vedos
Triste o afeto que quer ser enamorado
E se queima em aventurosos folguedos
De ilusão, que não deveria ser desejado
O que é rochedo é o amor proclamado
Tudo passa, é passageiro, só enredos
E este, proibido, é um amor agoniado...
Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Fevereiro de 2017
Cerrado goiano
as lembranças
as memórias
o silêncio
o amor morreu
tua voz
perdi a hora da vida
o luto do sentimento.
Embalo as auroras
do amor no peito,
soberana do meu
próprio silêncio.
Enheduanna está
em mim mais
viva do que nunca
sob a divina Lua.
Vestida de poesia,
por ela sou regida,
pela Via Láctea
e seus sons de lira.
O Sol que rege
o seu destino
na minha direção
de mim se aproxima.
As caravanas passam,
as horas seguem,
os rebanhos rumam
e o amor se ergue.
O Universo traça
o trajeto no oculto,
não há nada mais
que adie o quê é absoluto.
Tem Beiju para nós
e tudo aquilo que
não se deixa para depois,
O silêncio de amor
escreve a declaração
que permite só
sentir a palpitação.