Amor em Silêncio
Fragmentos de Ti
Estás no vácuo de minha noite,
no silêncio que clama tua ausência,
na penumbra que esboça teu semblante
em memórias que se recusam a me abandonar.
Estás na música que invade minha playlist desordenada,
em um refrão inesperado que evoca Dindi,
nas novas canções de amor que já não posso te dedicar,
nas melodias que entoo para o teu vazio.
Estás no pé de manga de minha praça predileta,
nos felinos que cruzam meu caminho,
no sussurro do vento que dança entre as folhas,
nos peixes que nadam na represa.
Estás no ardor da água gaseificada,
nas efêmeras bolhas que dançam e se desfazem,
como recordações que emergem à superfície,
instantes fugazes que ainda aquecem minha alma.
Estás no tratado filosófico que leio,
na busca de aprender a lhe esquecer,
mas no pensamento que transcende a lógica
e me conduz a buscar-te em cada parágrafo.
Estás nos filmes românticos que assisto,
nos olhares que confessam o que restou por dizer,
nos finais ambíguos que reverberam
o vazio instaurado pelo teu adeus.
Estás nas paisagens que se desvelam diante de mim,
no temor de avistar pela janela o Corcovado,
no fulgor do sol que aquece minha pele,
o mesmo sol que recomendavas e que eu tanto evitava.
Estás na bossa nova que insisto em não ouvir,
em cada acorde sutil que me desmonta,
no compasso que murmura Quiet Nights of Quiet Stars
e me conduz para onde não desejo ir.
Estás nos momentos em que experimento a felicidade,
em risos que hesitam diante da tua ausência,
em conquistas que se esvaziam na falta
da luz dos olhos teus para compartilhá-las.
Estás nos momentos em que o desespero me consome,
em cada palpitação que anseia por respostas,
como quem busca estrelas em um céu encoberto,
tentando compreender se tu foste um desígnio divino.
Estás nos instantes em que encontro serenidade,
pois, mesmo distante,
tua presença reside em cada partícula de mim.
Estou ligada a ti de uma forma
que talvez jamais encontre reciprocidade,
ou talvez só seja porque é recíproco
um plano divino que não faz sentido.
Mas, além de estar em tudo,
tornaste-te parte de mim.
Não és apenas ausência;
és o eco perene de tudo que ainda sou.
Sofrer em silencio, chorar em silencio, amar em silencio, ser feliz em silencio, embora dentro de você tudo grite, exploda, sangre.
Senhor, deixaste apenas os bons para os bons? Os tristes para a escuridão e o silencio? A verdade para o que restar do amor?
A verdade é dura, triste, solitária e tem nome. Vive sóbria através de todos os entorpecentes, cada qual com seu nome, apelido e endereço.
Todas ou quase todas as pessoas conseguem me ver bem, mas nenhuma delas da forma como você me olha, me nota, observa e conclui.
Não julgo teus olhos, não os posso. Teus olhos vêm tudo, ao mesmo que nada. Sentem e perseguem o que te fere. Seus olhos são como afiadas facas, moldadas através de tempos, muitos e poucos, talvez simultâneos.
É a tua verdade que vejo. Tua verdade que eu quero e espero.
Me sinto estranhamente dentro dela, nela. Com ela.
É a tua verdade que também nos separa e nos reaproxima de forma constante.
Que a tua verdade nunca seja absoluta, se é cortante, amargurada e dura.
Que a minha mentira ao menos engane tua razão e te entorpeça o tempo suficiente e necessário para amar.
Porque, onde seu corpo deitar, querido, repousa lá meu coração também.
Não há nada mais doloroso, confuso e inquietante,
que as palavras não ditas e o silencio eterno,
entre a pessoa que amou de menos e a outra, que amou demais.
O mundo inteiro hoje me grita um silêncio mesquinho e monstruoso.
Por que isso, gente?
Por que há tanta saudade?
"As mais palavras de amor, são ditas no silêncio do olhar; é por isso, que me calo diante de tua presença".
OUVE-ME 💘
Ouve-me meu amor
Este meu silêncio
Que tanto me sufoca
Conforta-me amor
Quando chegar a ti em pranto
Ouve-me apenas, apenas meu amor
Este meu silêncio que é arrepiante
Nas palavras que guardo na alma
Não quero viver sem saber amar
Sinto-me embriagada sem ti
Mas o meu silêncio acaricia-me
Abraça-me, aperta-me, contra o teu peito
No calor do teu corpo quando tu
Percorres-me onde tanto me delícia.
Há muitos cantores calados, há um silêncio muito grande no barulho da multidão, existe amor e tristeza em um só coração, há doçura na loucura, mas só nos cabe a sanidade. Vivo me perguntando se estou vivo de verdade, creio que sonhar seja apenas um escape para a realidade, e sabemos que por maior que seja a felicidade basta meia tristeza para silenciar o riso e destroçar o coração, o certo é que não sei o que está errado, e como faço errado se ninguém sabe o que está certo ?
É não dá para saber ao certo como acertar, a felicidade depende apenas de nós, de amor próprio, a mente é uma ferramenta do ego. É, temos que aprender a pensar cada vez menos, lembre se sempre da vida, e de vivê-la em vida, mesmo sendo ela vazia ou sem alegrias, não viva uma monotonia, seja breve e alegre todo dia. Todo dia o dia reinicia e nos faz lembrar, que felicidade ou alegria é só estar, mas amar, a... amar é sonhar, viajar sem sair do lugar, sofrer e mesmo assim continuar. A projetividade da ilusão de amar te tornas imensamente exposto a dor de amar, e carrega consigo a dor e alegria que é amar, findando muitas vezes alguns sonhos, nos deixando a chorar. Todos estamos sujeitos a amar, seja em céu ou em mar, vai muito além de ter um par, é reinventar e apagar, caminhar sem parar procurando um destino que sempre te levará a amar. E pra que fugir ? Fugir de que ?
Pense comigo, a nossa cabeça é uma máquina de tudo e nadas, saber o momento certo às vezes é o errado, perder-se é a maneira mais rápida para se achar, o silêncio grita mais que um choro sem lacrimejar, e o sorriso, esse é mais falso que toda a vida, você já percebeu como sentimos muito por parecermos pouco mesmo tendo muito ?
Sabemos de tudo e ao mesmo tempo não sabemos de nada, vivemos correndo pra ver se no final da tempo tempo pra viver, procurando um motivo pra um riso e se perdendo na loucura de viver. Essas são conclusões precipitadas jogadas ao vento, fique atento, você pode entender.
No silêncio da noite, muitas vezes desejei apenas algumas palavras de amor de um homem, em vez do aplauso de milhares de pessoas.
"Não é fácil amar em silêncio, quando meu coração deseja ardentemente gritar por esse amor.
Quando o amor não pode ser consumado, a dor me invade paralisando qualquer tentativa de me entregar as carícias do meu amado.
Posso dizer mil vezes "Eu te amo", mas não serei ouvida, porque esse amor é proibido.
Meu corpo queima de desejo, mas você não está aqui, e eu tenho que conviver com essa frustração de querer alguém que me é negado.
Nunca terei uma noite em tua cama, nem sentirei o gosto de seu carinho, só me resta imaginar...
Eu sinto que está chegando a hora de dizer adeus, tenho que desistir de você.
Amar em silêncio é como encher de água uma jarra furada, por mais que você tente sempre estará vazia.
(Roseane Rodrigues)
💕NÃO MEU AMOR
Não meu amor
Não chegues em remanso
Olha que o meu silêncio fere-me
Abana faz chocalhar ferozmente
Todas as searas de trigo
Que o vento balança
Com os risos de ti
Entre os raios de sol
Agora que o meu coração
Se ajoelhou diante do teu amor
E as lágrimas de felicidade
Saltam dos teus olhos salgados
Sal do mar doce mel
Não chegues em mudez
Pois só o teu amor
Me permite voltar a renascer
Por entre as searas de trigo do teu regaço.
Silêncio do amor.
Tudo acontece!
Mas como a gente pode imaginar que com a gente?
Há quantos anos vejo você?
De quando te vi com tamanho encantamento
E você se espantou;
Lembra-se?
E agora, em silêncio, sigo.
Assim, seguirei pela eternidade,
Sentindo o mesmo amor.
Dentro do peito é extravasado,
E na vida, calado.
Eu te vejo e a sua imagem é a de antes.
Como outrora,
Onde as fotos eram em branco e preto.
Nada enxergo que te modifique.
O mesmo semblante.
Tudo no mesmo lugar.
A mesma forma, a mesma ternura...
E eu sempre a te olhar, talvez perceba.
O tempo chega, o único inimigo.
Atroz, feroz, às vezes quer fazer as pazes
Com o hoje.
Mas ele sempre está correndo.
E é a única coisa que não deixa de passar.
Mas ainda assim,
Você, em sua timidez, com uma beleza tênue,
Arranca-me suspiros, até,
Quando repouso a mente na delicadeza
da imaginação.
Uma paixão completamente contida.
Abençoada, sacramentada em meu eu,
E não nasceu no agora.
Ela, do passado, renasceu no presente.
Jamais será dita para não ser condenada.
Aproveito, à maneira que posso, ao lado seu.
Vendo-te como uma luz infinda ao cantar.
Sempre a despertar;
Sempre a nascer;
Sempre a viver!
E eu, buscando crescer.
Passando, com o tempo...
Até que, com o mesmo tempo, eu possa transcender
Em nuvens de sonhos,
Em sonhos de sono,
Em sono de leito,
Em leito de morte,
Em morte de vida.
Além!
(Poema inspirado no filme Ensina-me a viver)
Onde há Amor,
o silêncio não constrange,
o erro não define,
a falha é perdoada,
o abraço é essêncial,
os sonhos são repartidos,
as alegrias multiplicadas,
as dores divididas,
pequenos gestos mas que fazem grandes diferenças,
e assim a vida ganha sentido.
O amor, ah o amor, algo tão sublime que ninguém soube explicar, só Jesus no silêncio de sua dor na cruz,soube demostrar.