Amor em Silêncio
Peço que ouças o meu coração, para que saibas ler o teu silêncio. Mas não te puxarei se você não quiser vir.
O silêncio de alguém que anseia pelo grito as vezes é mais torturante que a própria dor física que nós humanos podemos provocar. Por isso entenda de uma vez por toda: O que a boca não transmite. O que os olhos não transparecem. O que o ouvido ignora. O que o coração evita... Não significa que por dentro não estamos abalados.
Os duetos da vida
É dar e receber
É um olhar e o fechar
É a voz e o silêncio
É partir e é ficar
É presente e futuro
É o amar e se entregar
É admiração e não competição
É estar por inteiro e não pela metade
É seguir e esperançar.
O silêncio toma conta da nossa história e parece que ficamos presos dentro de nós, onde antes brotavam tantas palavras a mais e agora um silêncio inóspito que a tudo invade. É o fim anunciado aos sentimentos que galgaram terrenos proibidos, perigosos, íngremes, acentuadamente acidentados.
Dentro das horas que soavam iguais – mas não o eram - sentíamos prazeres irreais, inconformados. E seguíamos para um mundo paralelo, o das incontáveis fantasias a nos arrancar do mundo real. Real?
De onde tiramos a força que precisávamos para naufragar na realidade de nossas vidas não perfeitas, mas palpáveis?
Dizem que viajar é bom. Ah, mas retornar à casa é ainda melhor! Ter para onde voltar, onde se encontram o sentimento de pertencimento, a segurança e o conforto indescritível. Sabíamos que em algum momento precisaríamos tornar ao ninho e que a volta inevitável era!
Das viagens que não se apagam nas lembranças. Das sensações que tivemos ao transitar por belíssimos lugares. Ah... a liberdade prazerosa e inesquecível! Quero asas!
Fui tomado pela paixão, no momento que o silêncio de sua boca se fez. Mas seus olhos falaram dos seus sonhos, que pensamentos ecoando no universo de sua mente. Coração pulsante de intensidade de amor verdadeiro, que transborda no ser absoluto, tanto a se dizer, mas não permito-me a não falar,. Talvez minha mente não compreenda; ou a compreensão deixou de existir em meu ser. O tempo é caminho. O amor é a certeza. O Silêncio é interrompido quando seu olhar fala tanto. Ao filósofo fica a pergunta, e a busca de compreender. Ao poeta a união de emoção, compreensão, amor,paixão. E escrever o que pensam. Não! Não somos capazes de decifrar tal egnima. Intensa és como a tempestade. Poderosa em força feita um vulcão em erupção. Sensível e delicada flor da primavera. Beleza infinita, que encanta o jardim do mundo. Há se meus ouvidos pudessem ouvir sua voz, palavras gritantes do seu pensamentos ocultos, enlouquecendo os ignorantes, não sabendo compreender. Não compreendo seu mundo, sua mente é indecifrável. O condutor da vida tempo, caminha ao seu lado, a sabedoria te ensina a reencontrar o caminho, o amor te leva ao destino. E a morte é recomeço da vida.
LIVRE ARBITRIO
O silencio e' a linguagem praticada pelo CRIADOR,
nada a ver com indiferença.
Com o livre arbítrio já presume-se a não interferência.
***
Não há preteridos, só falta de compreensão.
*
Se o professor ensinou, o momento da prova; e' do aluno.
Senão prova não há, aluno não há, e professor não há.
Logo- aluno e professor serão entendidos como colegas.
***
Não há preteridos, somente justaposição.
*
Antes que sobrevenha reprovação, se faz necessário toda
dedicação.
A vida nos ensina a cada instante...
Contudo, não percebemos o papel de aluno tampouco
o de professor.
*
Não há preteridos, todos miram a salvação.
poeta_sabedoro
Às vezes quando eu fico no silêncio, tenho a impressão que você está por perto. Mas vejo depois que é apenas saudades.
Saudade em silêncio
Surge devagar, nas ruas e lugares
Momentos que nem posso contar
Tempo de entrega, devoção
Tempo de intensidade
Ventre, Coração
Não poderia durar
Anos, nossa paixão
Estranheza é não te ouvir mais falar
Um luto forçado
Igual o silêncio que insisti em quebrar
O tempo apaga a realidade
Não apaga o que insisto lembrar
No fundinho, ali naquele cantinho
Somos nós, no confessionário da vida
Conversando coisas que ninguém imaginaria
Juro que para ninguém vou contar
Nem deixei ainda de sentir
Ainda está longe de não te amar
Coisas que preciso não falar
Mas sigo, noutro lugar, outro alguém
O tempo passou, as intensidades também
Ficou somente o silêncio
O silêncio da saudade
Na calada da noite!
No silêncio do meu quarto!
Pensei que estava só!
Mas logo sentir a presença de alguém.
Sentir o meu coração se confortar.
Era o poder do Espírito Santo, acalentado o meu ser.
Confortando a minha alma. Intercedendo por mim nos momentos de agonia e dor.
Obrigado o meu Deus, por estar sempre presente!
E nunca ter-me deixado só.
Deus, Deus meu! O meu consolador, o meu refúgio força em momentos de amarguras e decepções.
Louvado seja o Senhor Deus de todas as coisas, que ainda que todos me abandone, Ele Jamais me deixará só!
Meu pensamento
supõe
teu silêncio
o teu itinerário
o teu fogo cruzado
o teu quarto escuro
o teu ponto fraco
Encontro marcado
Intento-te, de modo incerto;
ímpio ou carnal? Possivelmente!
No silêncio singular, pressinto:
não seria um ato perverso a dois?
Cúmplice arranjo? Veras por certo ...
Íntimo, atiro-me ao pensar-te,
e me vem a cerce lascívia ilusória,
e o querer se torna um ardor;
os critérios apenas se vão,
doando lugar ao méleo pecado ...
E assim, suspeito o beijo plural
e um obsceno abraço amante,
com sabor de "cocada-real" ;
cobiçado no segredo latente
atrevido de amor sem igual!
A verdadeira querreira chora calada, pensa em silêncio e só desabafa com Deus, é a rotina diária de quem tem que ser forte, e ainda consegue se levanta depois dos tombos que a vida lhe da, e ainda consegue dar o seu melhor e conguista o que por ela é almejada
O silêncio mostra sabedoria segundo a Bíblia, mas o bajulador usa por astúcia para não ser descoberto.
No silêncio oculto, me devoro,
Ardente paixão, segredo que morro.
Torno-me frágil, disperso-me no torpor,
Em ti, mistério, meu destino eu exploro.
Teus lábios, não de Iracema, mas do mel,
Sabor que embriaga minha mente ao léu.
Tua indiferença, cruel como fel,
Dilacera o coração, tempestade, réu.
Aguardando ansiosa, fervilhando em fogo,
A chama da paixão que não se desdobra.
Como a maresia, corroídos pelo jogo,
No desejo de um encontro que se acobra.
Oh, praia distante, refúgio desejado,
Onde os tormentos se percam no passado.
Cada segundo, sentimento desgastado,
Sem tua voz, tua presença, sou naufragado.
Tu, que não sabes, és meu oceano vasto,
Naufrágio lento, em águas profundas me arrasto.
Em cada instante, no sentimento contrasto,
És meu mar, és meu eterno enigma, meu lastro.
O que cabe na cama?
- Na nossa?
- Cabe o silêncio que grita de prazer. O universo dos nossos corpos sem domínio, galáxias inteiras desbravas em êxtase. Cabe nosso amor em versos, em prosa, em arte viva.