Amor em Silêncio
-MAIS UMA VEZ-
Caminhava em silêncio pela cidade,
Quando passei em frente à cafeteria,
Vi aquela mulher bebendo café na última mesa.
Ela lia um livro de poesia.
Fiquei observando-a por algum tempo,
Mas logo apaziguei meu coração.
O olhar dela sempre estava longe.
Longe demais para alcançá-lo.
Atravessei a avenida, melancólico por desistir mais uma vez.
Sem notar, ela me olhou cruzando a rua,
e se perguntou porque eu sempre parecia triste, mais uma vez.
Quero o gosto de um beijo que não termine em silêncio, mas que sempre venha com sede de mil beijos mais.
As vezes no silêncio da noite, eu me pego pensando em você. Você que ainda não conheco, mas que já paira em mais pensamentos.
Como é bom ter a sensação de que você está próximo, tão próximo que posso sentir o seu calor.
Está escrito nas estrelas, na palma da mão de Deus
Eu sei que será perfeito, não de um jeito mágico mas de um jeito verdadeiro.
Vc tá chegando né? Vem, tô ansiosa te esperando
Madrugada, silêncio, solidão, papel, sonho e caneta. Ocasião perfeita para achar respostas da existência, basta refletir sobre oque se conhece do Monstro Transcende.
A eternidade é transpassada de ponta a ponta em um relance e em milésimos de um segundo.
Medos se vão e certezas fluem na mente incerta e pequena.
A mente no silêncio e poderosíssima, com olhar inerte, faz do intransponível transponível, do inaceitável acreditável.
Deus nos deixou a eternidade a preencher com o melhor de nosso tempo.
O vazio a ser edificado com bom convívio entre os semelhantes.
Um escuro a iluminar com a luz divina que jaz em nós.
Deixou o palor a colorir de amor.
Um papel em branco a escrever uma linda história de amor.
Em toda essa edificação da vida temos por base o amor.
São já tantas manhãs
Num profundo silêncio
Sem flores, sol, café
Que vou morrendo de amores
Pulando muros de corações vazios.
Quem sabe um dia voce note que, enquanto voce só percebia meu silêncio exterior, meu coração gritava desesperadamente: EU TE AMO!
O MEU SILÊNCIO
O meu silêncio grita de dor
Seca ferozmente a minha voz
Nada ficou deste poema já seco
Agora vivo afogada de lágrimas
Pois tu deixaste tanto em mim
E as palavras já não têm sentido
Nas letras que tiveram vida em mim
É um desassossego, é tecer no escuro
Nos desabafos entre as páginas soltas
De um velho livro, num poema para ti
No desejo forte de me encontrar
Nos teus braços, perto do teu coração.
DENTRO DO MEU
Dentro do meu silêncio
Há gritos, dores
Há mil árvores por plantar
Flores por colher
Mil sonhos para viver
Viagens por fazer
Há um anjo adormecido
Há mil páginas por escrever
Poemas, versos, sonetos
Há mil afectos embrulhados
De tanta felicidade
Há um coração, se ele explodisse
Coloriria o céu
Dentro do meu silêncio
Que eu amo tanto.
Parece não entender uma palavra do que eu digo, ultimamente.
Faça o seguinte: Fique em silêncio e escute o meu coração, que não faz outra coisa a não ser chamar seu nome dizendo que te ama.
Uma combinação de olhar com silêncio
Uma combinação de um sorriso mudo com olhar inconsciente
O gosto de viver primeiros momentos como se fossem os últimos
Uma expressão que se manifesta com silêncio
Não desgruda mas não possui
Não é perfeito mas se aperfeiçoa com sua imperfeição
Enfraquece mas não destrói
Regenera reconstrói e resiste pela sua imposição
Tem gosto pela prisão por causas próprias
Existe para outro quanto o outro para si
Alimenta com esperanças novas momentos obscuros
Dá Luz no medo e aconselha sempre a seguir em frente
Porque é uma forma de ter e querer sentir
Não tem dimensão...É o amor tradicional
Porque temos que amar!
Odorico Cumbene
SAUDADE
O silêncio tantos, aqui frente a frente,
uma privação... O contido medonho!
E, de peito arrebatado, vorazmente,
quedei a ideia, num olhar tristonho.
Saudade! ... Tão mais que de repente,
nas tuas lembranças as minhas ponho,
ressurge nostálgico sentimento ardente,
no cerrado, sob o entardecer sem sonho.
Amargo, na angústia, êxtase supremo;
solitariamente, a dor na emoção invade
nos redivivos sensos, assim blasfemo;
e torturantes, volvendo a infelicidade,
aureolado pelo agastamento postremo
do desagrado da insensível saudade.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
2018, agosto
Cerrado goiano
Olavobilaquiando
"No silêncio de uma noite eu escrevi uma canção, que falava em pensamentos de felicidade e solidão; em meio a trancos e barrancos que fluíam de emoção, fiquei sonhando em silêncio os desejos do meu coração.