Amor e Sexo
Sexo não é só prazer
E muito menos diversão
É uma demonstração de amor e carinho
Para seu amor, sua paixão
- Ninguém me avisou, que o amor mata.
- O sexo vicia.
- A carência gera dependência.
- O carinho cansa.
- O tesão some.
- E você não presta.
Amizade.
É o mais lindo e o mais nobre dos amores. Amizade não tem idade, e, nem sexo. Ao invés de cor, cores.
O Amor
Quem na vida tiver um amor,
Nem tão cedo irá morrer;
Pode até morrer de amor,
Pois de amor é honroso morrer.
Quem morre sem nunca amar,
Não sabe o porquê de viver.
Quem vive sem se entregar,
Não ama ou ama sofrer.
Amor é o que se sente,
E não é possível medir.
Se for verdadeiramente,
Deu-se o amor sem pedir.
Há quem diga que amar,
É se perder da razão.
E se a razão for pensar,
Amar é o pensar do coração.
Amor não é teoria,
Nem tampouco invenção,
Se se sente amor um dia,
Antes já sentiu paixão.
E se um dia o amor for embora,
Seja em qual for a idade,
Deixe, o amor não implora,
Ele vive da liberdade.
Mas, se o amor não partir
E, portanto, decidir ficar,
Ele, ao invés de fugir,
Decidiu se eternizar.
Depois de uma bela noite de amor,
o homem sortudo vislumbra o impossível,
o alvorecer de dois sóis,
um é o que nos contempla toda manhã,
o outro,
a mulher que ele amou.
O amor é impotente, ainda que seja recíproco, porque ele ignora que é apenas o desejo de ser Um, o que nos conduz ao impossível de estabelecer a relação dos... A relação dos quem? – dos sexos.
Divindade que advém do mais nobre dom da vida,
a própria vida.
Fazer amor contigo é enlouquecer a anatomia, não importa a forma.
O que importa é não importar com coisa nenhuma.
É um erro confundir prazer com amor.
O prazer é carnal, interesseiro e passageiro.
Já o amor é: espiritual, desinteressado e eterno.
PERNAS PRA QUE TE QUERO
(Cântico)
Pernas, pra que te quero?
Velozes, inquietas, entrelaçadas;
Presas a mim, abertas - descobertas.
Cruzadas - Ah, nó sem fim....
Brancas, vermelhas - Floridas com curvas.
Torneadas, desmaiadas - sobre a cama.
Enforcam-me, mordo, tiro o laço,
Escorrego, abraço - mergulho no abismo.
Sanha a boca, abrocham os lábios.
Desabrocha a fenda, floresce; adormece,
Arrepia os espinhos, fere-me o peito.
Devoro caminhos, me perco nas coxas.
Me encontro, na fonte da vida,
Entrando e saindo; salivando palavras.
Murmuro desejos, doces desejos!
Azedam os beijos agridoce sabor.
Da gruta à floresta, bosque sombrio,
Denso nevoeiro: noturnos silêncios,
Doloridas saudades. Orvalhadas contínuas,
Jorram - luminosas tempestades!
(Lamento)
Pernas, pra que te quero?
Trêmulas, frias e assombrosas.
Se não, para fugir do mundo!
Pernas, assim me perco. Morro!
Fecha-se o cerco, murcham os lírios,
Feneço nos campos...
Pernas, abram-se a mim, perto do fim.
Ainda não acabei. Pernas, escorrem de ti
O sol das manhãs, tardes afins.
Pernas, este canto se encerra,
Com versos floridos, umedecidos,
Por nectários desejos....
Preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor, quando sexo não era morte e as pessoas não tinham medo disso que fazia a gente dissolver o próprio ego no ego do outro e misturar coxas e espíritos no fundo do outro-você, outro-espelho, outro-igual-sedento-de-não-solidão, bicho-carente, tigre e lótus. Preciso de você que eu tanto amo e nunca encontrei. Para continuar vivendo, preciso da parte de mim que não está em mim, mas guardada em você que eu não conheço.
Preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor, quando sexo não era morte e as pessoas não tinham medo disso que fazia a gente dissolver o próprio ego no ego do outro e misturar coxas e espíritos no fundo do outro-você, outro-espelho, outro-igual-sedento-de-não-solidão, bicho carente, tigre e lótus.
Quando sua língua quente me penetra,
Parece que existe um vulcão interno em mim
Que só quer expelir
Todo desejo, todo prazer
Que só você me proporciona
Tudo que é proibido é mais gostoso. Logo, se é difícil é bem mais excitante e provocante.
Desafio | Cabo, 17-Dez-2013