Amor e Ódio
Basta, já chega,
de emanação
de ódio.
Ou pagaremos a conta dos que preferem legitimar algo ilegítimo porém inerente, mas mutável...
Eu vejo tanto evangelho da ostentação, do preconceito, do ódio, da separação, só não vejo o evangelho do amor.
Não suportando a dor causada por tanto ódio e rancor fora revestir-se de algo que jamais teve e mesmo assim, faltava-lhe algo.
"Não se deixe enganar.
É mais fácil repelir a força, com mais força, o ódio, com mais ódio, o mal, com um mal ainda maior, porém, agindo assim, qual o sentido de fazê-lo, se durante esse processo você acabar se transformando justamente naquilo que tanto repulsa?
Transforme a mansidão em sua força, o amor na chave para desatar toda forma de ódio, e faça do bem o dínamo capaz de naturalmente afastar a presença do mal, porque assim, ao final, ser fiel a quem você é, é a única coisa que verdadeiramente importa, e acredite, isso, por si só, é vencer."
Eu descobri que existem vários tipos de ódio, e o pior é aquele que vem embalado em papéis de presente. Até parece amor e cuidado,
mas por dentro, esconde surpresas das quais só Deus pode nos livrar.
— Jucelya McAllister
Assim diz o Senhor
“Meu desgosto se revela na truculência e rebeldia do homem, pois o ódio consome a Terra, contudo elevo e transbordo todo canal de vida em Jesus Cristo, pela fé, misericórdia, amor e justiça.”
Giovane Silva Santos
A ARTE DO ACASO
Outrora, avesso ódio sentia,
Só podes Odiar o que amastes um dia,
Expressarei amargo em um papel,
Que amassarei e remessarei ao léu,
Do que vale lágrimas incompreendidas?
Borrando a imagem do que sonhei um dia.
Outrora, avesso amor sentia,
Não podes amar o que não se conhecia,
Expressa e amarga poesia,
Que foi lida sem nenhuma alegria,
Do que vale pessoas incompreendidas?
Borrando o desenho de nossas vidas.
Em todo mundo, sem exceção, há uma linha tênue entre o ódio e a explicação.
Ódio: de entender.
Explicação: pra todas as versões de si mesmo que lutou pra ficar bem, e hoje você respira, e é um bom começo.
Uma pena que as condolências; que rítmicas, dançam em uma coreografia ridícula de pena, junto ao meu peito problemático que hoje bate como um marca passo.
O interpretar por trás do padrão de um ângulo único.
A palavra "ódio" pode simbolizar apenas indiferença ou preferência alternativa ao invés do sentimento em si. Exemplo: Quando eu digo que odeio calor eu não estou dizendo que o calor é ruim, mas sim uma forma alternativa de dizer que eu amo frio e que o calor me deixa desconfortável. Mas não significa que eu não ame o calor, pois a total ausência dele tornaria impossível a permanência na terra.
O sol é maravilhoso e nos dá vida, mas em muito excesso trás consequências negativas também. O equilíbrio é a perfeição.
O inverso interpretado pelo negativo as vezes vem como uma tentativa de dosar a opinião numa busca por equilíbrio.
Quem é luz nunca temerá a escuridão porque a escuridão deixa de existir na presença da luz.
Quando eu digo "não" pra água gelada, eu digo "sim" pra água temperatura ambiente.
Quando eu digo não pro"mau/mal" eu digo sim pro "bem/bom".
No subconsciente a palavra "não" é inexistente, foi invenção do homem pois, na natureza, não existiria a negação em si, mas sim mudança do direcionamento dos pensamentos. Mas o "não" é uma invenção inteligente que conta histórias. Pense: se eu fosse e pensasse como essa pessoa, o que me motivaria a dizer esse "não"?
Dizer "não" pra um presente pode ser uma forma de demonstrar amor mostrando que você ama livre de interesses, o não pode significar " amo você acima do material", mas também não significa que tenha aversão ao material, mas sim que gosta ainda que espere o momento certo para ter acesso, pois a confiança é conquistada e prioridades existem. O amor está acima de todas as coisas, Deus é amor.
Dizer "não" á alguém pode simbolizar respeito. "Não" pra um alimento pode simbolizar dieta, alergia ou saciedade.
É necessário analisar todo conceito mediante situações e buscar entender sem julgar, pois somente Deus tem esse poder.
Independência intelectual é um presente valioso que Deus nos deu.
“Cômico, anos atrás, ela me indagou.
- Por que, ultimamente, tens sido um todo de ódio e rancor?
Respondi-a aos risos, com um certo torpor.
- Ora, como não odiar o mundo, quando cada batida de meu coração, lhe presta uma serenata de amor?
- Como posso amar o mundo, quando quem fiz de meu mundo, me negou amor?
- Não sou capaz de amar a todos, não sou Cristo, nosso Senhor.
Naquele momento, ela corou.
Vi em sua face, aquele belo e inconfundível rubor.
O que me assola, minha amiga, é que ela sabe que o mundo é só terror.
Ela parece ter medo da felicidade, tenta a todo custo, apagar a chama da minha paixão, tem menos medo da infelicidade, que do meu amor.
Recordo-me, minha amiga, que naquele dia, ela chorou.
De súbito, me abraçou.
Embalou-se em meus braços, nossos olhos digladiaram-se, o corpo dela tremia, até mesmo o Vesúvio, invejaria o nosso calor.
Ela fitou-me os lábios, mas não me beijou.
Foi-se embora, sumiu por dias, não me ligou.
Hoje ela retornou.
Cômico, minha amiga, novamente ela me indagou.
- Naquela noite eu fui feliz, não sei o que me aconteceu, o que foi aquele fervor?
Respondi-a aos risos, com um certo torpor.
- Naquela noite fora amada, aquilo foi amor…” - EDSON, Wikney – Cartas à Minha Amiga
O frio não existe... Nada mais é do que a ausência do calor.
O mesmo posso afirmar que o ódio não existe, nada mais é do que a ausência do amor de Deus nos corações dos homens.
Onde estão os cristãos que sentem paixão pela pureza, ódio pelo pecado, prazer na meditação, empenho na mortificação do pecado, temor de Deus e amor pela piedade?
Como posso eu ter calma?
Sendo que o coração que jurou-me ódio, sei que me ama.
A mesma boca que deveria despir só o corpo também despe a alma.
É amor de peito o que deveria ter sido só amor de cama.
Na madrugada não sou eu, é só o lençol, que por ti clama.
Do que me adianta?
Um amor racional e uma paixão insana?
Perdoe-a, pai, pois ela não sabe o que sente, não sabe a quem ama.
Ela sabe que, a cada toque, meu nome ela chama.
As labaredas, o ardor dessa paixão, o meu ser inflama.
Amá-la transformou-se em blasfêmia.
Nessa cacimba de amarguras, morro e vivo um dilema.
E vivendo tudo isso, como posso eu ter calma?
O ÓDIO É ANTROPOFÁGICO
Entre o odiar alguém e a distância, escolha afastar-se, visto que o ódio insaciável costumaalimentar-se de si mesmo.