Amor e Morte
Vê esta pessoa importante para você a sua frente? Está vivo! Então sugiro que aproveite à rica oportunidade que tens neste efêmero presente que o vislumbra, e portanto, proclama a ela teus ansiosos elogios à vontade.
Pois talvez, futuramente, este poderá ter evoluído para óbito, e então... Teus elogios sublimes que pretendia proclamá-los de nada valerão, teus elogios cairão no mais fundo dos abismos. E mesmo que ainda consigas guardar contigo um único elogio, este permanecerá inaudível por ele.
Por mais alto e incansavelmente que conseguires entoar tua branda voz, este, jamais, jamais ouvirá as tuas demasiadas gritarias.
Você nasce sozinho, e morre sozinho! Então não ache que dois é um, é só no momento, eu sei, eu lamento. Só no momento do momento desta vida. (09/11/2017)
È certo e 100% que durante nossa estada nessa vida duas coisas vão nos alcançar e por mais que estudemos, divaguemos sobre elas, estaremos desprevenidos quando nos alcançar. Quando o Amor nos alcança, acontece, não sabemos amar,,,, estamos tão preocupados em estabelecer regras pra nãos ermos machucados, pra não sofrer que não consigamos simplesmente deixar fluir, temos que aprender a amar. e a morte, ah a morte, ela também nos alcancara, mas já isso não temos como aprender, como evitar, afinal; ninguém aprende a morrer né. E desses dois acontecimentos ninguém escapa, não podemos não podemos fugir das suas garras quando é chegado o momento, pois ambos nos atacarão sem que possamos ter a mais vaga ideia de quando isso acontecerá.
"Cristo não deu e não dá vida a melancolia, pelo simples fato da melancolia ser totalmente contra a vida, ou seja, é a morte."
Quase sem vida, cabeça ao seu colo.
Fecho os olhos para não mais vê-la
com força fecho minha boca, para nem uma gota escapar.
Em um pranto doloroso me pergunta o porquê?
E dos meus olhos fechados descem lágrimas que não enxugarei, da boca fechada nascem sussurros, palavras mudas que te dediquei...
Por que a pergunta se hoje mesmo isso me pediu? Sempre lhe disse que qualquer loucura por sua felicidade faria...
Você foi o remédio, hoje optou ser o veneno.
Ás vezes eu paro e penso: - Qual o verdadeiro sentido da vida ?
Perder um ente querido é terrível, penso também no dia em que eu tiver que passar pelo sofrimento da dor e da morte. Morrer deve ser tão doloroso e assustador, a existência e realidade cotidiana por si só já é tenebrosa.
Muitas pessoas podem dizer: Mas você tem que aproveitar os momentos aqui na vida, fazer o bem e ajudar o próximo. Exatamente. Mas, e depois que tudo isso acabar?
Um ano depois
Sentimentos sombrios
Transpassados de um humor sórdido
Lembanças embebedadas no mais elevado teor alcoólico
E o cheiro a contrastar com estes meus lençóis frios
Aqui da janela, tudo parece uma pintura
Verniz escorrendo no acabamento mal feito
Feio como o conhecido pacto desfeito
Bem-vindo à famosa ausência de compostura
O sangue escorre por meu braço
Lágrimas orvalham meu rosto
No espelho só me vem desgosto
O importante é que rompi o laço.
Cortei as linhas que nos ligavam
Sequei todo sentimento
E por um feliz momento
Desejei poder não dar ouvidos a tudo que falavam.
Por vezes precisei me entorpecer para não sentir
Do meu cigarro favorito foram sete maços
Nas paredes do meu quarto vários traços
A lua me mostrava ser melhor deixar partir.
Thaylla Ferreira Cavalcante
A gente se mata um pouquinho a cada dia...
A gente se mata um pouquinho quando diz "tudo bem" quando não está tudo bem, quando está tudo péssimo e a vontade de gritar se enrola na garganta de tanta angústia.
A gente se mata um pouquinho quando pede desculpas mesmo sabendo que não estava errado, e mesmo sabendo que não se deve pedir desculpas estando certo... mas a gente pede pra ver tudo "parecer" bem... e se mata um pouquinho.
A gente se mata um pouquinho quando se põe em segundo lugar, quando se deixa sofrer pra ver a felicidade no outro. A gente se mata um pouquinho quando se deixa de lado para por o outro no centro...
E de pouquinho em pouquinho... a gente se mata por dentro.
hoo baby, seja minha luz, meu mundo negro é sombrio ao anoitecer.
preto no branco.
branco no preto.
as rosas com o tempo secam.
toda a carisma se vai.
diante da ironia de viver, todos os dias olho para o horizonte.
a luz lentamente desaparece, nos resta a lua, iluminada por lembranças.
pouco tempo nos resta, não ira amanhecer novamente.
há sentimentos que surgem com a lua mas desaparecem com o sol.
3D
Difícil vai ser lidar com a falta.
Difícil vai ser não ter mais semestres para morrer.
Difícil seria nunca ter conhecido as pessoas que eu conheci por aqui.
Janelas embaçadas fazem parte da minha paisagem, sem você não há e não haverá tempos felizes quanto ao teu respira envelhecido, tudo é cinza meio e total sem graça. Nenhum tipo casul dirigida a felicideda vão te substitui em minha vida...Então como posso esta seguindo em frente, ser apenas quero esta parada em você? Meu mundo parou !
Enquanto ando por aí procuro seu rosto a qualquer forma curvada cheias historias. Criei em volta do meu ser um mundo paralelo aonde seu sorriso me alegra, busco suas memórias e em todas elas eu sonho a noite, de alguma forma assim lhe ter perto mas nada te substitue, seu ar é o único que eu sei respira sem medo.
Comece a rezar.
Bem aventurados sejam aqueles que te ignoram
Amaldiçoados sejam aqueles que por ti choram.
E se do pó viestes, ao pó não voltará
Tua imoralidade, toda bondade ceifará.
Quero que morras triste e solitário
Sentindo dor e frio
Quero que você sofra um inferno agonizante
Até a decomposição de tua carne.
Quero ver-te sozinho, chorando,
No vazio, e por piedade implorando.
E no velório de tu'alma, assistirei a esta matança,
A supremacia da divindade, aqui não alcança
Teu sangue petrificará.
Pois tenho em minhas mãos o poder,
Agora é ver pra crer
Crer que nada acabou,
Que teu sofrimento continuou, e por longas datas há de continuar.
Meu consolo é saber que não há nada que possa te consolar.
Quando os cavaleiros subirem o monte,
A pedra mais alta irá cair,
E eu estarei a aplaudir,
Será teu coração a desmoronar
O coração que achei que tu não tivesse,
Mas deus há de atender minha prece,
Terei poder tão logo e não distante.
O inferno, à terra vai subir,
Iremos nos encontrar.
Como fogo e água,
Mar e luar,
Pontos opostos da velha diretriz.
Sou a lua sobre a escuridão,
Sou fogo, clarão,
E tu, apenas algo a sucumbir.
Prometo ser piedosa!
Doses longe do brutal.
O perdão é para poucos,
Para os loucos,
E para alguns moribundos como ti.
Fui pouco,
Hoje sou muito,
Tanto que nem me caibo
Por isso me guardo em mim,
Aprendi contigo, é certo dizer
Não sei mais sentir
Sou vazia de mim, pelo vazio de você.
Em meio a meus 12 "eus",
O mais amado foi me trair.
O que fazer?
O que sentir?
Deixar doer ou ver partir?
Continuo a ouvir o doce som da podridão de teu corpo,
De teus ossos se preparando para uma iminente implosão,
Da ruína que está se tornando teu coração.
Adentrando uma terra deserta,
Colmada de vingança e ódio sem perdão.
Mas o alívio final será meu,
E enquanto paga teus pecados, o inferno será teu.
O mesmo inferno que me prometeu, cômico, não?!
Não tens amigos,
Não tens família,
O lado bom da armadilha é que tu próprio se prendeu,
Perdeu-se em meio aos detalhes.
E por minha pura tirania, admito, doeu um pouco
Mas por fim, não sou eu quem está a ficar louco.
Não sou eu quem está sem pão,
Sem amor ou perdão
Não sou eu quem está abandonado,
E pela simbólica escuridão,
entrego-te esse recado:
Pense em teu pecado.
Não tente manter-me perto,
Fiquei melhor com tua pior escolha
E agora viva nesta bolha
Como um mero condenado.
O mal está em tudo,
Infiltrado nas melhores relações,
Nas piores proposições,
E até no maior amor do mundo.
Lava esse rosto,
Mostre-me o que tanto tentou esconder,
Há tanta lágrima espalhada
Chega a dar desgosto.
Acordou de cara marcada,
A noite deve ter sido mal encarada.
A bebida vai virar sangue,
Hoje teu anjo da guarda desde de gangue,
A escuridão tomou conta
A tentação venceu-te de ponta a ponta.
Teu sorriso agora ausente comprova,
Vamos para a santa inquisição,
Perguntas feitas e não respondidas,
Vidas interrompidas,
Malditas,
Sem perdão...
Como a tua traição.
Thaylla Ferreira Cavalcante (relicário de vocábulos vazios.)
Passamos a vida inteira buscando ter algo melhor, quando realmente conseguimos, já estamos mortos. Não que não seja importante lutar pelo que quer, mas também é importante saber valorizar o que tem.
Paramos horas a fio com o pensamento naqueles que se foram, em tudo que foi antes e acabou, no balanço do que nos resta de vida. Rápido, bem mais rápido do que supúnhamos, Melhor fora se o tempo que vivemos fosse gasto em amor. Mas, ai de nós, quando essa ideia nos chega já não resta em nós calor que alimente um amor. Deixamo-nos viver, muitas vezes com entusiasmo, para começar algo de novo. Mornos, não soubemos aproveitar a chama da juventude, ou então a desperdiçamos.
Iridescência
O que é a vida se não um enigma
Um jogo de esgrima sem vencedor
O que é a vida se a gente não finda
De uma vez por todas o que começou
O que representa esta grande impotência
Da loucura desvairada
Que teu pai te proporcionou
E em qual esquina esteve marcada
Esta promessa que tu nunca concretizou
Nesta eloquência desvairada
Encontrei meu salvador
Entreguei a ti, tudo que de mim sobrou,
Não que fosse muito, sei, sou quase nada
Mas se nada sou, eis-me aqui entregue
Torcendo pra não ser tomada,
Ainda assim, cá estou, abandonada,
Desejando-te da alma à epiderme.
Porque sim, tenho mil amigos
Uma estante repleta de livros e Cd’s
Sim, tenho mil e um escritos,
Mas só um poema é sobre você
E este tem-me sido um companheiro incansável,
Na batalha das decepções que o presente da vida veio a ser
Desde então colmei-me de difíceis escolhas e percebi
Nada mais será bom o bastante sem a dádiva de te ter.
Nada sou perto de tua iridescência admirável.
Conheço uma única pessoa
Capaz de emanar todas as cores mesmo sem permitir
Tens sido excepcional ao ponto de me refletir.
Pois sei, é preciso arriscar pra se libertar,
Prometo estar aqui enquanto decidires ficar.
P.S: Fica!
Thaylla Ferreira Cavalcante
►Beijos Fantasmas
Junto a minha tia eu fui a capela, por que ela queria
Talvez fora o destino, mas de longe vi uma menina
Linda, a pele branca como as nuvens do dia
Estava distante, estava sozinha
Eu fiquei fascinado pela sua beleza
Deixei minha companhia e parti,
Ao encontro da pequena sereia
Ela me disse que morava nas redondezas
Perguntei se não tinha medo do cemitério,
Ela respondeu dizendo que era bobeira,
Muitos de seus parentes descansavam lá
Quando percebi, o tempo havia passado,
Eu acabei por ficar enfeitiçado pelo seu charme
Minha tia já estava terminando,
E por aquela garota eu estava me apaixonando
Ao término, perguntei se poderia vê-la novamente
Eu conhecia aquela rua, e em concordar, fui embora contente.
No dia seguinte, lá estava ela, no mesmo lugar
Comecei a pensar que ela talvez gostasse mesmo de rezar
Eu não iria critica-la, cada vez mais eu estava a me maravilhar
Conversávamos sobre tudo, sobre as flores, sobre o mundo
Me lembro que ela me perguntou uma vez,
Se eu sabia quantos túmulos havia depois do muro
Eu não fazia ideia, ainda disse que sentia muito.
Nossos encontros se tornaram diários
Meus professores da escola se espantavam,
Com a rapidez que eu entregava os trabalhos
Apenas para subir aquela rua de pedra,
E me encontrar com a linda donzela.
Depois de algum tempo, sobre o olhar da Lua,
Nossos lábios finalmente se encontraram
Me senti como se pudesse iluminar aquela noite escura
Eu a segurava em meus braços,
Sentia toda a sua ternura,
E tentava aquecê-la, pois era fria a sua pele
Os beijos seguintes foram leves, mas nada breves
E estavam carregados com sentimentos esbeltos
Eu queria que aquele momento fosse eterno,
Mas para sempre ele estará vivo, escrito neste caderno.
Ao nascer do dia seguinte, não a vi
A capela ainda permanecia, mas ela não estava mais ali
Eu voltei nos dias futuros,
Meu coração começará a ficar inseguro, sentia sua falta,
E eu sempre chorava quando voltava para casa
Eu sentia uma grande saudade
Ela havia criado em mim uma fragilidade.
Alguns meses depois fui, junto a minha tia, ao cemitério
Era o aniversário de minha vó
Eu estava um pouco imerso, com pensamentos no deserto
Enquanto nos retirávamos, eu notei, lá de longe,
Um senhor de idade, ajoelhado, diante de um túmulo belo
Ao nos aproximar,
Indaguei aos meus olhos se eles estavam cegos
Não aguentei e simplesmente despenquei
Aquela a quem me beijará, jaz a mais de uma década naquele túmulo
O meu amor fora ou não real? Eu ainda era puro?
O tempo me obrigou a superar
Às vezes eu acordava e me lembrava
E com ela eu sonhava, nunca consegui acreditar
Até que a velhice veio me falar,
Que meu tempo haveria de chegar.
Me apaixonei por outra pessoa,
E junto a ela, tive uma vida duradoura
Nossos filhos deram, aos filhos, os nossos nomes
Eu sempre amei minha esposa,
Mas nunca quis esquecer daquela minha juventude,
Da garota especial, de quando estávamos juntos
Nunca se foi da lembrança seu beijo, apesar de tudo
Sessenta anos se apoiaram em meus ombros
E, lá no fundo, continuei amando ela, talvez esperando,
O dia em que eu fosse encontra-la, assim como antes.
Eu voltei a ser aquele mesmo rapaz,
Quando Deus finalmente me deu a eterna paz,
Fui descansar no fim da rua de pedras
Quando abri meus olhos, eu vi ela
Permanecia a mesma, e eu perdi uns setenta anos
Éramos novamente dois jovens se abraçando.
Ela esticou sua mão para mim, e partimos
Pelas ruas caminhávamos sorrindo
Me despedi pela última vez de minha esposa e filhos,
E subi, em direção aos céus, com aquela mesma garota,
Que conheci na capela, e que hoje comigo voa.
Ave Maria
Quando tu vai,
a saudade chega e aperta,
mais do que aperta em saber que tu tá longe.
Quando tu vai,
meu coração se fecha
Até que chamo,
Mas ele nem responde.
E pra abrandar teu sumiço,
Rezo pro meu padrinho padre Ciço,
Pra afastar essa tua falta.
E quando tu chega,
faço dos teus braços, meus,
Do teu abraço,
o meu deus,
A ele entrego minha devoção.
Nessa vida de nordestina bruta,
Nem Maria Bonita atura,
Tem dias em que sou o cão.
E ainda assim tu me aguenta,
Foguenta.
Aproveita e fermenta essa nossa paixão.
Porque no teu carinho me vejo inteira,
Da tua vida eu sou prisioneira,
A quem interessar digo,
Não me alforrei não!
E se for castigo,
Tu têm sido meu pecado e minha perdição.
Mas me prenda em teus braços
Que eu digo ao delegado,
Seu doutor,
Não quero libertação!
Thaylla Ferreira Cavalcante