Amor e Morte
Sinto uma dor forte de não ter meu amor, os anjos o levaram, e só ganhei desamor; choro por ti, vejo todas as almas ao céu subir, eu aqui na terra a infligir, pois meu apego foi sucumbir.
Se sofrimento é passageiro, divindade me dê a paz e me leve por inteiro, sou corrosivo com o tempo, ando ao vento por este sentimento, sem o meu amor eu caminho ao relento.
Da morte tenebrosa quero virar uma estrela, ir ao teu encontro e degenerar toda tristeza, voando ao céu segurando tua mão, e depois de um beijo você arrebataria a minha escuridão.
SOU UM LOBO
Sou como um lobo solitário
Que precisa de amor
Nas noites de lua cheia
Que grita de saudade
Como se não houvesse
Noite nem dia
Ouve-se o vento,a gemer de paixão
O orvalho da noite
Que refresca o teu corpo quente
Nesta noite de luar e só tu para amar
Do outro lado da montanha
Os uivos são o choro do Lobo solitário
Olá Você
Olá, meu amor
Por que você voltou?
Não que eu não te queira por perto
Mas é que depois que se foi fiquei mais esperto
Ainda não deixei de te amar
Mas será que você já me esqueceu?
Acho que não
Já que voltou pra perto d'eu
Outra pessoa que nos reaproximou
Tenho de me lembrar de agradecer
Ela trouxe de volta a luz da minha vida;
Fiquei novamente perto de você.
Eu estava com saudades
Desse teu sorriso que me faz sorrir
Não acho que conseguirei parar de te amar
Mas talvez quando eu partir
e minha voz se calou na sua e meu corpo encontrou o teu, não são núpcias serenando o amor ou um namoro tirando a sorte, são lágrimas de dor embelezando a morte.
Aquele que odeia des-existe. Desiste de ser, pois existe para não viver, e sem amor resta-lhe apenas des-existência. E nesse estado há apenas a morte como cenário para a vida.
►Os Olhos De Miranda
Estou aqui de novo
Não se preocupe, não falarei de amor
Estou aqui de novo para falar sobre dor
Agora não sei o que fazer para ela ir embora
Não sei o que fazer agora
Meus versos que outrora me cabiam bem,
Hoje me fazem chorar como ninguém
Não irei parar de escrever, mas estou perdido
Eu te amei tanto quanto o tamanho de Santos
Tantas palavras avulsas eu formei,
Mas agora elas me machucam, meus abutres
Hoje eu chorei, ontem já não sei
A lua já não escuta mais os meus uivos,
De um lobo apaixonado, estou em pedaços.
Escrevo para você, pena que não irá ler
Sinto muita saudade de você
Ontem escrevi, hoje estou aqui,
Mais uma vez, para falar sobre ti
As lembranças que antes eram alegres,
Hoje são difíceis de aguentar
A vida segue, minha dor me persegue
O mundo só perdeu uma pessoa, uma sombra
Eu perdi minha dama, minha anja
Sinto você quando escuto aquelas músicas,
Sinto você quando escuto aqueles sambas
Tudo o que eu queria era voltar no tempo,
E torná-la imortal, eu te amo.
Me desculpe, não consegui evitar
Eu sinto falta de te amar
Quando casamos você me prometeu,
Que você seria minha e eu somente teu
Mas estou sozinho aqui, sobre os lençóis
Onde você está? Para onde foi? Estou só
O que devo fazer sem sentir aquele seu perfume?
O que devo fazer com minha vida? Me ajude
Por que não me levou? Por que me abandonou?
Me apaixonei pelos seus olhos
Me entreguei, e nos tornamos sócios
Meu amor eu te dei,
E você retribuiu, nossos filhos,
Hoje são adultos, os criamos bem, eu sei
Estão prontos para o mundo lá fora,
Eu só quero revê-la, minha Aurora
Você está me vendo? Veja minhas mãos
Estão velhas, não são mais macias, estão gélidas
Meu coração mal bate, mas bate por você
Ainda te amo, como quando nos encontramos
Se lembra de como éramos jovens?
Ah, nossa mocidade, nossas brincadeiras, a felicidade
Sinto que logo te verei, minha linda princesa
Não se preocupe, nossos filhos possuem uma bela vida
Me espere de braços abertos, pois eu estarei serelepe
Meus noventa anos foram dedicados a família,
Mereço rever minha querida, logo estarei aí em cima.
QUE ME MATE
Que me mate este amor clandestino
Que me mate a dor dos gemidos
Que me me mate esta fome sentida
Que me mate a dor da navalha
Que me mate os silêncios sentidos
Que me mate o fel da tua boca
Que me mate as pedras frias da rua
Que me mate a tua indiferença
Que me mate o canto dos pássaros
Que me mate a falta de coragem
Que me mate esta cobardia na alma
Que me mate este destino de morte
Que me mate a cruz pesada que carrego
Que me mate esta chuva que molha o rosto.
“Tento aceitar a vida como ela é, com amor e transgressões, mas não perdoou e não entendo a maior violação de viver, a morte de quem amo”.
Amor incondicional a um filho transcende qualquer sentimento caracterizado como humano, o simples fato de pensar na perda é inaceitável.
Hoje não escrevo sobre nada,
nem amor,
nem paixão, muito menos
mulheres.
Ainda que não escrevo hoje,
escrevi ontem
e provavelmente escreverei,
amanhã.
Se ele chegar.
Sempre chega,
de algum modo ou de outro
ele virá.
Talvez não pra mim,
mas pra você
que estás a ler,
meu poema de hoje.
Rosemberg e Elise
Almas sinceras aglomeram amor,
Até que dois se tornem um.
Almas sinceras jogam conversa fora,
Descobrem os sonhos e amam.
Almas sinceras formam núcleos,
De amor.
Um instante, um descuido...
A morte sem pedir licença,
Chega extirpando o amor,
Numa amputação traumática.
Anos de união são desconfigurados,
Deixando o coração a pulsar solitário.
Um instante, um descuido,,,
Falta um pedaço físico,
Que o coração teima em amar eternamente.
O que que fazer com este amor?
Que o coração e os sonhos
Tentam reter no tempo.
De Elise para Rosemberg
Livro Montanha de Rosas I
Morrer não é o fim...
Morrer é retornar, recomeço, é voltar a fonte de amor!
Morremos novos velhos ricos pobres
Morremos amando odiando, com fé com esperança ou morremos odiando, o jeito que a morte vem não importa, ela é apenas o condutor para nosso caminho de luz.
O amor pode ser conquistado com palavras de carinho e por belas atitudes . Mas ele morre por faltas dessas mesmas palavras e atitudes.