Amor e Memória
O coração esfria... a saudade aquece... e tudo que eu posso fazer é amaldiçoar minha memória fotográfica...
Nossa história
guardo na memória.
Começou num momento tão pequeno...
Insignificante.
Tudo foi cambiado.
O acaso... amor destransformado.
O amor jurado olvidado.
Quem nos roubou a esperança?
Um bater de asas de borboleta...
Um tsunami gigante.
Por você
Eu troco a lembrança
De quem sou
Pra que lembre quem és
Serei apagada da sua memória
Para que tenhas memórias suas
Por você
Deixarei de existir
Para que possa novamente sorrir
Minha memória ruim me ajuda as vezes. Graças a isso consigo te tirar da cabeça por umas 2 horas por dia.
Eu vou ficar velho um dia e minha memória vai definhar junto com o meu corpo.
Quando eu tiver 82 anos e morar só no asilo de idosos vou sentir medo por está te esquesendo, o velho vai correr na casa de cópias com a única foto que você enviou para ele(aquela triste sem sorriso) mas os atendentes vão avisá-lo que aquela foto já está muito velha, "não tem como se tirar uma cópia dessa velharia de papel vovô".
Então mais dia menos dia ele vai chorar pela última vez olhando sua foto manchada de tempo, dessa vez ele não vai tomar cuidado para que as lágrimas não caiam na foto, ele vai se permitir chorar como se chora em um velório.
Quando a debilitada memória o deixar o trair, ele em fim vai ter paz correto? Aí é que todos se enganam. O verdadeiro amor não está na cabeça, ele se encontra no peito. durante décadas aquele amor enraizou como um Jequitibá milenar enraíza, a tristeza do amor não correspondido deixou as raízes afiadas como facas, e quando a memória falhar e deixar o probre velho na mão, elas vão entrar em ação.
O coitado vai chorar o choro mais doido, vai ficar dias sem comer, vai ficar noites e mais noites em claro, e o pior, o pobre idoso nem vai saber o porque de tanta dor, o porque de seus olhos despejarem tantas lágrimas sem aviso, a qualquer hora do dia ou da noite.
O coitado vai aprender sem saber que o verdadeiro amor não fica nas lembranças, e sim no peito, quando não é correspondido ele machuca,ele dilacera, e que o verdadeiro amor nunca envelhece.
Com 82 anos eu não vou lembrar, mas ainda vou te amar.
“Sol, não quero mais vê-lo,
Que minha última memória
Seja a de uma noite fria e chuvosa,
Onde amarguei a fio cada minuto.”
O COLAR DE MADEIRA
Encontrei um colarzinho
Com uma letra entalhada na madeira
A memória me levou ao passado
Antes mesmo que eu pudesse respirar
Outra vez eu tinha 17 anos
A menina cheia de sonhos
Com tantos planos
Mas sem sabedoria ou maturidade para poder realizar
Um sorriso tomou conta do meu rosto
O "Para sempre e mais um dia"
De alguma forma parecia ainda estar lá
Eu sabia que longos anos haviam passado
Mas aquela parte da minha alma
Tinha permanecido no mesmo lugar
Eu me lembrei de ter um jeito doce
E também de como as vezes
Eu parecia ser outro alguém
Respirei como que num suspiro engasgado
Um arrependimento sincero veio em meu peito
Senti a dor da culpa e do remorso
Por ter ferido quem na vida tanto me quis bem
Apertei aquele pedacinho de madeira entre os dedos
E onde havia um sorriso
Brotou uma lágrima no lugar
É triste não poder voltar no tempo
E cada um dos erros cometidos
De alguma forma poder consertar
É duro quando o tempo faz a gente refletir sobre tudo
E num solavanco faz nossa realidade desmoronar
A gente se dá conta da fragilidade das nossas histórias
E de como um vacilo faz tudo que a gente planeja
De pouquinho em pouquinho se acabar.
Sentei no chão com um nó na garganta
Meu coração pareceu parar por um instante
E eu me dei conta de quem me tornei
Posso ter aprendido lições importantes
Hoje sou meu reflexo mais admirável
Mas o preço dos erros cometidos foi caro
Custou-me o amor de quem na vida mais eu amei.
Desprendido, isso que eu penso sobre transformar algo ruim em apenas uma memória. Minhas preocupações não são mais as mesmas, estão seladas numa sepultura que resiste à anos sozinha perante a rejeição, a mentira e os julgamentos. Solidão incompleta, humanos abstratos, pessoas que pensam semear vento em uma tempestade para conquistarem o que mais precisam. Companhia. Um vulto de ar seco que se desfaz perante o último grito de ajuda. Todos partem e todos quebram, essa é a triste realidade. Acostume-se com isso, obter conforto com o aborrecimento, com o que se foi, tornou-se pálido ou virou pó em meio ao nada. É a vida me dizendo para prosseguir, sem ter motivos para recuar. Existe fé suficiente para sair do poço da ilusão escalando até o último degrau de agonia. Até mesmo as pancadas diárias da vida sentem a força com que batem, e apanham. Palavras possuem atitudes, mas quem disse que toda atitude dura para sempre? É o engano, o deplorável, o lado ridículo que todos tentam ocultar. Atitudes também são carregadas pelo vento num passe de mágica, simples assim. Nunca acreditei em mágica, aliás, nunca gostei de nada que faça meus olhos brilharem e depois desapareça sem entendimento algum.
Não é engraçado como as memórias que você mais ama antes de uma separação, se tornam nos seus piores inimigos depois? Os pensamentos que você adorava lembrar, as memórias que você gostava de ver de cada ângulo possível - de repente é muito mais seguro guardá-las numa caixa, longe da luz do dia e jogar fora a chave. Não é um ato de amargura. É um ato de auto-preservação.
SIGA EM FRENTE
(Poema canção)
Ando perdido pelo caminho
Apenas na memória os dias, as horas!
Sem parente, sem vizinho
Vagando pela praça da história
Sem afago, sem carinho...
Sigo em frente, vou sozinho!
A cidade não vai a lugar nenhum
Você é apenas mais um
Desapareça no tempo, no espaço
Aconselhou um velho de vários saberes
São apenas crianças, não mulheres
Vendendo seus corpos seus sabores
Está no diário dos tabloides...
Cada vez mais sujo, cada vez mais mortes!
Sigo em frente...
Siga em frente vá sozinho,
Vasculhe outra rua, outra saída
As cartas já foram traçadas
Os viciados estão por todos os lados
Vigiados por olhares ocultos
Pela tristeza dos abandonados!
Os homens enlouquecem por dinheiro
Enchendo sacas, cofres, mealheiros
Meus heróis e bandas mudaram de nome
Ficam propagando a miséria
Na barriga dos que passam fome!
Está no diário dos tabloides...
Cada vez mais sujo, cada vez mais mortes!
Memórias
Silêncio absoluto, não posso lhe falar,
Mordaças invisíveis da racionalidade.
Não serei apagado da sua memória,
Suas lembranças gritam por mim.
Mãe
Das minhas memórias quando criança
O seu sorriso é que me faz lembrar,
Que seu tempo em mim há de ficar
De amor, emoção, de Deus, em graça.
Não sou de brindar lembranças, partidas...
Sinto falta do colo que você me deu,
Da fé que me fez rezar, tirando o ateu
Entre muitos opostos, curando feridas.
Se mãe é o berço da esperança
Mais sorte eu tenho por ser da santa,
Que age por amor, sem nada pedir.
E, além do louvor, pela fé que se tem,
Sabe ser mãe, como um anjo que vem...
Livra-me dos perigos, ó mãe, sem medir!
Me lembre quando eu acordar
Eu preciso lembrar de você
Esse escuro me mata a memória
Desse inferno que é esquecer
Sempre disse achar em ti ternura ,
Inocência,
Vaidade não há !
Mas oque acontece comigo
Qualidades não posso achar
Na verdade eu sei que tem qualidades
Mas o rancor não me permitir enxergar
Lembranças embaralham minha memória
Da vingança que me faz tentar
Tentar impedir o carinho
Tentar esquecer o amor
Tentar magoar a história
Tão linda ,descrita na dor
Me lembro bem ao fundo
A descoberta da nossa paixão
Nossas brigas , nossa vida
Parece sem solução
Só queria lembrar
Da nossa felicidade
No mundo, oculto
Solidão ,
Minha busca relata a razão
Me perdoe meus sentimentos
Me perdoe a insegurança
Mas esse é meu momento
Meu momento de lembrança
Me lembre quando acordar
Eu preciso lembra de você
Me diz quando tenho que lhe trazer flores
Me diz quando estou te magoando
Não permita que eu lhe traga dor
Me lembre o seu sorriso
Me chame na nossa música
Me fale palaavras de amor
Me cause calor
Me diga oque te faz feliz
Não permiTa incerteza
Me abrace na fraqueza
Não ria pelo meus erros
Mas lembre deles sorrindo!
Feche minha ferida
Esqueça das magoas
Passado fere a alma
Do fundo oculto e atribulado
Não chore se eu for embora
Leve como imaturidade
Me deseje sorte
Pois vou morrer de saudade
Lá na frente vou me lembra de tudo
Da nossa história
Me perdoa a cegueira
Me perdoa a vingança
Me perdoa a presteza
Um dia vou lembra o amor que achava que havia esquecido
Será tarde?
Me lembre quando acordar
Eu preciso lembra de você
Deixe um bilhete embaixo da minha porta
Dizendo quem é você
Deixe nossas lembranças
Orgulho todo mundo tem
Mas me faça esquecer os meus
Preciso lembra da minha história
Preciso esquecer meu problema
Preciso deixar minha arrogância
Preciso calar minha ignorância
Preciso amar
O armago peso da culpa me atormenta
O amargo peso da luta me sufoca
A dor mata minha alegria
Querendo fugir, ir embora
As vezes te machuco atoa
Parece tão difícil dizer
Me perdoa?
Todo passado é uma recriação distorcida pela memória. E a memória é traiçoeira. Por isso o presente é a dádiva maior, que é real.