Amor e Memória
Não perca momentos por não querer gastar um pedido de perdão, um dia os momentos deixarão na memória o frescor das boas lembranças, já o não ao perdão só lhe trará saudades.
Você ter na memória momentos marcantes e ter certeza que viveu com pessoas inesquecíveis, e pode ter certeza que você faz parte desses momentos é uma pessoa especial, por isso sempre há uma parte da memória que revive o seu momento marcante.
"Queira me lembrar"
A memória dos esquecidos, quem dera que com memória boa pudesse esquecer de mim, de você de todos ou de nada, esquecer da dor e do amor, esquecer de quem sou? Esquecer que em seus olhos tem luz, esquecer quem me conduz na direção de meu próprio esquecimento... Já não sei quem sou.
No dia que parti, meu coração foi cortado ao meio, numa das metades ficaram as memórias.
A outra metade , a que continha as emoções e os sentimentos, morreu nesse dia.
-Michael Hayssus, A Morte Das Borboletas
Lancei ao mar todas as memórias de ti.
Para que as quero eu guardadas como preciosas pérolas se me permaneces no ventre.
O coração esfria... a saudade aquece... e tudo que eu posso fazer é amaldiçoar minha memória fotográfica...
Nossa história
guardo na memória.
Começou num momento tão pequeno...
Insignificante.
Tudo foi cambiado.
O acaso... amor destransformado.
O amor jurado olvidado.
Quem nos roubou a esperança?
Um bater de asas de borboleta...
Um tsunami gigante.
Por você
Eu troco a lembrança
De quem sou
Pra que lembre quem és
Serei apagada da sua memória
Para que tenhas memórias suas
Por você
Deixarei de existir
Para que possa novamente sorrir
Minha memória ruim me ajuda as vezes. Graças a isso consigo te tirar da cabeça por umas 2 horas por dia.
Eu vou ficar velho um dia e minha memória vai definhar junto com o meu corpo.
Quando eu tiver 82 anos e morar só no asilo de idosos vou sentir medo por está te esquesendo, o velho vai correr na casa de cópias com a única foto que você enviou para ele(aquela triste sem sorriso) mas os atendentes vão avisá-lo que aquela foto já está muito velha, "não tem como se tirar uma cópia dessa velharia de papel vovô".
Então mais dia menos dia ele vai chorar pela última vez olhando sua foto manchada de tempo, dessa vez ele não vai tomar cuidado para que as lágrimas não caiam na foto, ele vai se permitir chorar como se chora em um velório.
Quando a debilitada memória o deixar o trair, ele em fim vai ter paz correto? Aí é que todos se enganam. O verdadeiro amor não está na cabeça, ele se encontra no peito. durante décadas aquele amor enraizou como um Jequitibá milenar enraíza, a tristeza do amor não correspondido deixou as raízes afiadas como facas, e quando a memória falhar e deixar o probre velho na mão, elas vão entrar em ação.
O coitado vai chorar o choro mais doido, vai ficar dias sem comer, vai ficar noites e mais noites em claro, e o pior, o pobre idoso nem vai saber o porque de tanta dor, o porque de seus olhos despejarem tantas lágrimas sem aviso, a qualquer hora do dia ou da noite.
O coitado vai aprender sem saber que o verdadeiro amor não fica nas lembranças, e sim no peito, quando não é correspondido ele machuca,ele dilacera, e que o verdadeiro amor nunca envelhece.
Com 82 anos eu não vou lembrar, mas ainda vou te amar.
“Sol, não quero mais vê-lo,
Que minha última memória
Seja a de uma noite fria e chuvosa,
Onde amarguei a fio cada minuto.”
O COLAR DE MADEIRA
Encontrei um colarzinho
Com uma letra entalhada na madeira
A memória me levou ao passado
Antes mesmo que eu pudesse respirar
Outra vez eu tinha 17 anos
A menina cheia de sonhos
Com tantos planos
Mas sem sabedoria ou maturidade para poder realizar
Um sorriso tomou conta do meu rosto
O "Para sempre e mais um dia"
De alguma forma parecia ainda estar lá
Eu sabia que longos anos haviam passado
Mas aquela parte da minha alma
Tinha permanecido no mesmo lugar
Eu me lembrei de ter um jeito doce
E também de como as vezes
Eu parecia ser outro alguém
Respirei como que num suspiro engasgado
Um arrependimento sincero veio em meu peito
Senti a dor da culpa e do remorso
Por ter ferido quem na vida tanto me quis bem
Apertei aquele pedacinho de madeira entre os dedos
E onde havia um sorriso
Brotou uma lágrima no lugar
É triste não poder voltar no tempo
E cada um dos erros cometidos
De alguma forma poder consertar
É duro quando o tempo faz a gente refletir sobre tudo
E num solavanco faz nossa realidade desmoronar
A gente se dá conta da fragilidade das nossas histórias
E de como um vacilo faz tudo que a gente planeja
De pouquinho em pouquinho se acabar.
Sentei no chão com um nó na garganta
Meu coração pareceu parar por um instante
E eu me dei conta de quem me tornei
Posso ter aprendido lições importantes
Hoje sou meu reflexo mais admirável
Mas o preço dos erros cometidos foi caro
Custou-me o amor de quem na vida mais eu amei.
Desprendido, isso que eu penso sobre transformar algo ruim em apenas uma memória. Minhas preocupações não são mais as mesmas, estão seladas numa sepultura que resiste à anos sozinha perante a rejeição, a mentira e os julgamentos. Solidão incompleta, humanos abstratos, pessoas que pensam semear vento em uma tempestade para conquistarem o que mais precisam. Companhia. Um vulto de ar seco que se desfaz perante o último grito de ajuda. Todos partem e todos quebram, essa é a triste realidade. Acostume-se com isso, obter conforto com o aborrecimento, com o que se foi, tornou-se pálido ou virou pó em meio ao nada. É a vida me dizendo para prosseguir, sem ter motivos para recuar. Existe fé suficiente para sair do poço da ilusão escalando até o último degrau de agonia. Até mesmo as pancadas diárias da vida sentem a força com que batem, e apanham. Palavras possuem atitudes, mas quem disse que toda atitude dura para sempre? É o engano, o deplorável, o lado ridículo que todos tentam ocultar. Atitudes também são carregadas pelo vento num passe de mágica, simples assim. Nunca acreditei em mágica, aliás, nunca gostei de nada que faça meus olhos brilharem e depois desapareça sem entendimento algum.
Não é engraçado como as memórias que você mais ama antes de uma separação, se tornam nos seus piores inimigos depois? Os pensamentos que você adorava lembrar, as memórias que você gostava de ver de cada ângulo possível - de repente é muito mais seguro guardá-las numa caixa, longe da luz do dia e jogar fora a chave. Não é um ato de amargura. É um ato de auto-preservação.