Amor e Desprezo
METAMORFOSE
Saber dizer,
Desprezar sofrer,
Loucuras puras,
Amor tanto;
Compreender é vida...
Voz erguida,
Paixão encanto,
Lua alvura,
Desejo amar;
Sem ser vão, viver...
Qual sol amor;
Cantar fulgor
E, (igual), enternecer...
O amor é o que há de mais importante no mundo. analisar o mundo, explicar e desprezar o mundo, isto são tarefas para os grandes pensadores.
A mim interessa exclusivamente que eu seja capaz de amar o mundo, jamais despreza-lo. Quero contemplar o mundo, a mim mesmo e a todas as criaturas, com amor, admiração e reverência.
Indiferença
O desprezo não é uma relação de afeto. O amor e o ódio é que fazem parte de um mesmo sentimento. Desentendimentos causam a mudança de um para outro facilmente, basta a falta de comunicação - não adianta falar muito, mas o necessário. Uma das fases do amadurecimento, da passagem da adolescência para a vida adulta, constitui saber ser indiferente.
Tem que deixar como estar. Olhar e não ver, ouvir e não escutar. Deixar pra lá. Desprezar.
E esse é o meu amor em vão, sem motivos desprezíveis, é apenas solto como o vento, em sensações ilícitas de cada toque ou de cada palavra não dita, é uma magoa perdida naquela decepção onde os encaixes de cada presença se tornou ausente pela consciência de cada valor não dado a tal sentimento. E ele é assim, divido entre meios termos, ele é sensível, um pote de mel, grudento, cheio de ciúmes. É um frasco de sonhos utópicos procurando uma realidade estável por onde tudo um dia vai passar, como tudo passa.
Paciência
Um dia...
Lhe pedi amor, você me deu desprezo
Lhe pedi um beijo, você se calou
Lhe pedi um abraço, você foi embora
Lhe pedi alegria, você me deixou tristezas
Lhe pedi paz, você me atormentou
Lhe pedi pra ir, você me mandou voltar
Lhe pedi você, você me deixou saudades
Então me calei e nada pedi, fiquei a esperar...
Quando menos percebi, você voltou, querendo me amar.
A paciência é a maior virtude dos grandes homens e inteligentes mulheres.
Amor alucinado
Sutilmente taciturno
Encolhido pelo medo
Gritava socorro!
Mas todos desprezavam seu desespero
Engraçado ele não era um animal!
Ele era igual a mim, a você, a nós, a todos!
Mas sua própria espécie o ignorava
Ele era tratado como um “nada”
Ele pelas ruas vadiava
Procurando pelos cantos
Alguém que lhe aceitava
E ele achou no caos
A droga, sua amada!
Quando não a tinha em suas mãos
Enlouquecia...
Sem ela, ele dizia: eu morreria!
Por ela, ele roubou
Por ela, ele matou
Pela sua “amada” ele morreu
Seu coração pela droga nunca mais bateu...
Pálidos azuis.
Não me retornes mais ao amargo passado,
Quando me desprezastes em amor, na mais perversa traição da confiança,
Numa repetição circular como em globos de morte,
Que me fez permanecer pelo equilíbrio da velocidade.
Em ruídos silenciosos do acelerar de um coração doído.
Permaneço ainda no adeus, de todas as doçuras e belos azuis,
Que se derreteram por tuas indelicadas e cruéis indiferenças.
Nada há que perdoar de tudo que foi apenas um engano.
Ainda me restam os pálidos azuis e as doces lembranças,
Em lágrimas congeladas, a espera de uma nova descoberta.
Recolho os versos dos poemas que ainda te tinham,
Como defesa e medo de novas entregas e desafios.
Quero apenas a conquista de ser agora o conquistado,
Em delicadezas e carinhos, com doces beijos num sempre azul.
Simples assim.
Jaak Bosmans-30-03-09
A certeza da vitória
Do desprezo da tia,
Do descaso da familia,
Do ódio do pai,
Do amor da prima,
Da incansável luta...
Da disputa
por um lugar ao sol
contra tudo
e todos
apesar
de duvidar
da certeza da fé
da virada
do abismo
do egoísmo
da inveja
da incerteza
do caminho
perdido
achado
sucumbido
desiludido
e assim
e mesmo assim
seguir em frente
mesmo com tanta gente
contra
do incondicional amor da mãe
que partiu
sem saber
que aqui
a filha
queria
e
sabia
que um dia
estaria aqui para contar esta estória.
E com todas as boas memórias
sorrir
e gritar para o mundo:
EU VENCI
em meio as lutas
as portas na cara dos amigos mais queridos
a dor da solidão
de tanta desunião
de gente amarga
e fria
que apenas queria...
vê-la
no chão.
Ele aceitava tudo: o desprezo, a culpa, a comida fria...
Mas quando Ela falou em amor, estupefato ele saiu e nunca mais voltou.
Amor Descartável
Como você pôde me desprezar assim
Depois de tudo aquilo
Que eu fiz por ti?
Eram dias tão bonitos,
Tão claros de sol,
Eu te entreguei o meu amor
Mas você nem ligou.
Te amar demais
Esse é o meu defeito
Mas tudo bem
Nesse mundo ninguém é perfeito!
Agora eu sei
Que tudo aquilo que vivemos
Não é mais nada
E nem poderia ser de outro jeito.
Como você pôde
Me desprezar assim
Depois de tudo aquilo
Que eu fiz por ti?
Você olhava nos meus olhos
E dizia que me amava,
Mas na verdade era mentira
Você só me enganava!
Esse amor descartável
Que se usa e joga fora
Não é coisa minha
Mas é minha essa história.
Será que se for sem mim você viverá no limite de um amor intenso?
Ou ficará despreza do costume que seu coração necessita e viverá sua liberdade?
O Pior sentimento que se pode ter na vida ,não é o amor não correspondido,o ódio,o desprezo. O pior é não ter nenhum sentimento
Carta de amor
Nada teu invoca tédio, desprezo ou insensibilidade.
Será que meu amor, este, sim, invoca devaneio ou sensibilidade demais?
À tona esse sentimento nutre-se de emoções, à flor da pele, agarrando-me de maneira tão absurda que custo a acreditar que nele estejam contidas incertezas ou divagações.
A pele é parte permanente dos sentidos, aliás, daquele que nos torna vulneráveis a todas as emoções imediatas.
Tão irremediavelmente instantâneas que caímos na armadilha de tê-las como certas, verdadeiras, implacáveis.
Não, não estou perdida.
Tenho, certamente, discernimento que me permite separar a loucura da realidade.
Tu és pele, espírito e entusiasmo.
Apesar de não acreditares, tais sentimentos, tão jovens, têm tanta responsabilidade!
Nem sempre a vida nos mostra o óbvio.
Esconde cruelmente os elementos necessários à libertação da alma que, solitária, agora tem nova alegria de viver.
Não me baste apenas.
Outrossim, faça-me bastar-te.
Depositando em mim sua vontade de sorrir, surpreender e alcançar objetivos tão reais quanto meu amor por ti.
Não tenho porque esconder meus anseios mais profundos.
Eles evaporam feito orvalho, sobem aos céus e lá encontram aliados à minha vontade.
Unem-se, por osmose, ao vento com poder de levar-te toda a pulsação de minha alma.
A definição disso tudo está encoberta. Temo não poder revelá-la.
Mesmo que quisesse.
Sua forma é invisível a olhos incrédulos.
Apenas se olhares com suscetibilidade poderás, quem sabe, notar a riqueza de sentidos e suas infindáveis variações.
Não tentes se estiveres duro.
Conseguirás destruir toda a magia.
De fato, quem destruirás será a beleza refletida em teu olhar
Quando percebo tua alma apossando-se dos meus olhos.
Faça-me feliz, de maneira que não possa enxergar o mundo frio que nos cerca, ou pelo menos, desprezá-lo por alguns instantes.
A felicidade que me proporcionas é tão intensa que temo tê-la como alucinação.
Mas, se assim fosse, não seria felicidade e sim delírios de quem está à beira de súbita morte.
E morte não é vida... É silêncio.
E ele não consegue apoderar-se, definitivamente, de meus desejos.
Quero gritar aos quatro ventos o quanto me fazes viva.
Morte seria válida se estivesse, sob condição sine qua non, atrelada à vida que sinto estando ao teu lado.