Amor e Desilusão
Fechei os meus olhos, contei até cinco,
E ela havia sumido,
Eu não deveria ter fechado os meus olhos,
De que eu tinha medo?
Às vezes, a felicidade vem ao nosso encontro,
E nós, por puro medo de sermos felizes, a ignoramos. Não feche seus olhos.
Se um amigo não é capaz de compreender o seu silêncio, o seu momento de recolhimento, suas escolhas dos dias difíceis...
Se você tem sempre que estar se explicando, se doando, tomando cuidado para tal pessoa não se magoar...
Se a outra parte te destaca apenas quando você 'perde', e quase nunca quando você ganha...
Esse laço se torna exaustivo a tal ponto que; desmotivados, naturalmente começamos a deixar essa amizade se dissolver. Se evaporar.
Igualmente vale no Amor.
E talvez, inclusive, seja a mão do Destino.
ARRÍTMICO (soneto)
Amar você foi coisa de espaço
A sofrência é mais que uma dor
Foi tão bom ser teu, o teu laço
Trançado ao teu querer, amor!
Aqui num silêncio, falta pedaço
Pouco me resta do que foi, calor
Também falta! Falta o compasso
Abraços, afagos teus, aquela flor!
E aqui neste poetar derramado
A morte é menos que a saudade
E pelos olhos o pesar é vazado...
E ao ver o teu cheiro na solidão
Então, vejo que sou só metade
E arrítmico o matuto coração...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/07/2020, 14’35” – Triângulo Mineiro
Pobre coração
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Pobre coração, qual sombra vagando em profunda escuridão...
Impelido por amor não correspondido,
Miserável indivíduo desiludido,
Por profunda depressão abatido,
Engolido por um mar de solidão;
Remetido a insano desejo de apaziguar tamanha dor
numa taça de veneno indolor...
Miserável criatura, pobre coração sem amor.
SONETO SEM VOLTA
Vai-se mais um talvez pra outra parada
Vai-se um, outro, enfim decaídas cenas
Que dói no peito, na solidão, e apenas
A teimosia para essa pesada derrocada
Cá na quimera, quando a dura nortada
Bafeja, os devaneios em alças plenas
Ruflam a alma em emoções pequenas
No ocaso do horizonte atiçando cilada
Também dos silêncios onde abotoam
Os suspiros, um a um, não perdoam
E choram, lágrimas pelos olhos vais
Na perfídia imatura, ilusões escoltam
Os sonhos, que sempre ao amor voltam
Mas que ao poético não voltam mais...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
Outubro de 2020, 20’20’ – Triângulo Mineiro
"Toda noite
Vi entrar em meus olhos
As suas janelas d'alma
Pra encher as minhas de água
E roubar as cortinas..."
Profundos Sentimentos Da Superficialidade
Estou cansada de sofrer pela a incompreensão quando se refere ao relacionamento entre os seres humanos, em si muitas vezes eu sinto um pouco de nojo pelo modo que alguns agem, pois por mais simples que as pessoas tentam ser são complexas por sua natureza que muitas vezes não sabem o quer, nem o que dizem e se esquecem com uma facilidade absurda, pensam que as pessoas não possuem sentimentos como elas.
Um dia, somos a pessoa mais especial da face da terra, somos simpáticas, possuímos as melhores qualidades que uma pessoa pode ter, ganhamos tantos elogios e usam de palavras, gestos e artimanhas para conquistar nosso coração, a nossa confiança até ficarmos apaixonados, mas de repente se afastam de nós sem um motivo aparente fazendo com que o silêncio machuque o nosso coração profundamente fazendo nascer um sentimento de revolta como o que eu fiz de errado ou o que tem de errado comigo fazendo com que me sinta culpada pelo o fim da relação, irrigando uma imaginação fértil tentando achar os porquês por estar completamente inconformada com a situação.
Quem tentou conquistar meu coração não teve a real intenção de me amar, apenas foi uma pessoa superficial nas palavras, nunca valeu à pena e a tua tentativa foi em vão por alguns instantes você, conseguiu com que eu me sentisse a pior pessoa do mundo, porém você me fortaleceu, pois eu tenho dó de você e se hoje está solitário não por acaso ninguém merece viver de migalhas de amor e de respeito de uma pessoa de não é grande coisa como você, pois pelas as suas reais atitudes você é simplório demais para ser amado de verdade.
"Eu vi a paisagem e não resisti, à beira do abismo eu gelei.
Refleti por um momento e por um eterno segundo, eu hesitei.
Não resisti, nas suas lembranças me lancei.
Lembrei-me de quando cada palavra sua, fazia-me dos seus sonhos, o rei.
Nem sobre as nuvens eu me senti tão perto do céu, como nas vezes em que te amei.
Vislumbrei a vastidão, me encantei com a beleza das coisas que o Deus fez.
Mas só vi perfeição na beleza do mundo, uma única vez.
Quando fitei os seus olhos e ali mesmo me apaixonei.
Ali, logo ali, eu não deveria, eu sei.
Mas nas lembranças, nos sonhos de contigo, uma vida, me lancei.
Eu era feliz, eu sei.
Mas na beleza do oceano, existe o seu eu profundo e aí existem perigos, eu sei.
O coração parvo, encantado, louco, enganado, não quis me ouvir, mas eu avisei.
Que seu amor era passageiro, como às nuvens aos meus pés, que a pouco narrei.
Ali em cima, eu vi o mundo, eu vi você, quem sabe Deus? Talvez.
Lembrei-me do seu olhar e como naquele dia, não resisti, eu gelei..." - EDSON, Wikney
Quando o furacão da paixão e do coração partido o tira do solo você nunca mais volta ao lugar que estava antes. Acostume-se com o novo ambiente
Eu olhei pra você
E me pareceu como uma fruta maravilhosa e suculenta
Mas na primeira mordida pude ver
Que era podre.
Sou como uma rosa a quem arrancaste as pétalas e deixaste os espinhos
Entre nos ja não ha dialgo nem troca de carinhos
So berros e discussoes e é disso que eu estou farto
Deprimido , fico fechado no meu quarto
A relembrar os nossos bons momentos, confesso cai uma lágrima
Como eramos felizes e nos tornamos uma lástima
Tento seguir mas nao me sais do pensamento
Palavras sao como folhas , voam com o vento
Se era amor não resultou, se nao era sinto-me enganado
Porque para dizer coisas que nao sinto prefiro ficar calado
Percebi que com o tempo as coisas foram mudando... De jeito, de lugar, donos, pensamentos e até mesmo o coração, que feliz ou infelizmente, foi mudando o modo de bater ou por quem acelerar, com a certeza de que todo o amor que eu tinha já não existe mais!
SOFRENTE CANÇÃO
O tempo amarelou meu verso apaixonado
Porém, não afastou aquela ilusão sonante
Deixou o instante imaculado e no passado
De modo nostálgica a saudade sussurrante
E, cá, eu, pelas bandas desde meu cerrado
Com sensação no peito e emoção gigante
Tão distante, me vejo, num suspiro calado
Com uma faiscante aflição, tão devorante!
Que pena! Tudo parecia não ser engano
Teu olhar tinha o sonido dum suave piano
Trazendo aquele sossego para o coração...
Mas a poesia que aparentava mais sentido
Na privação o meu desejo tornou-se diluído
Em dor, em solidão e uma sofrente canção!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
17 de agosto, 2022, 16’58” – Araguari, MG
Todos os dias acordo sem saber o que realmente eu e ele somos...não aguento mais sentir esta angústia que a cada dia me consume mais, não entendo o porquê das coisas terem tomado este rumo, provavelmente a culpa é minha de ser a única a ver algo em nele de bom enquanto todos que me rodeiam tentam me avisar, mas eu sou burra e não consigo parar de sentir este amor inocente por ele, não percebo porque ele age dessa forma comigo, de uma forma que faz parecer que não significo nada enquanto eu tento fazer tudo por ele, fazer isto dar certo...embora seja difícil sei que tenho de partir com o meu coração sair desta situação tóxica, para puder sair à rua e respirar o ar fresco daquela manhã de verão, preciso de o esquecer, de apagar os momentos que me fazem querer continuar com isto...não posso dar 80 quando me dão 8 certo?? seria completamente estúpido...Às vezes mesmo gostando de alguém sabemos que aquela pessoa não é para nós que se estivermos com ela nunca mais vamos sair daquele buraco negro onde caímos...mas hoje sou eu que decido e sei que que vou conseguir daquele buraco porque vi uma luz, a luz da saída e sair de lá em direção à luz só depende de nós...não precisamos de ninguém para nos fazer feliz, temos que saber viver na ausência da pessoa que gostamos, pode não ser fácil, mas o que é fácil nesta vida??
A Lâmina de Petélia
do tal orfismo real
ao lado do meu cipreste
que, alvo, me transpariza
e faz-se Manancial
do qual não bebo, sou puro,
nem sei fazer sacanagem
sem ter temor e vergonha
de ver do lado do muro
o escuro vão da blindagem...
Vendi barata a canção
queria comprar maria
e o crápula me dizia:
teu nome vai ficar lá.
Bebi da Fonte que, fresca,
até me deu novo alento
e mesmo assim me matou
de tanto horror e tormento
bem mais que antigos dragões,
dos quais meu ser se entocou.
Não eram bons guardiões
pra mim rebento da Terra
e desse céu que me encerra
a mente, assaz, estrelada
a boca tão ressequida,
a vida quase sem brida
e sede maior que a vida
a toa, a troco de nada...
Morreram junto a memória
e os niños del candelária...
Ah, belas colegas de trabalho! Nunca tive problemas com isso até tudo mudar com olhares provocadores vindos de uma delas. No início nada demais mas aquilo de alguma forma me afetou e com o tempo a coisa foi aumentando até se tornar uma enorme armadilha. Naquela altura nada mais importava. Só pensava nela!
Tomado por sonhos, ilusões e irracionalidade arrisquei tudo e me abri. “Desculpe mas sou muito feliz no meu casamento!”, disparou de volta com impressionante frieza.
Mal comecei a recolher os cacos veio outro choque ainda pior: percebê-la se atirando nos braços de um funcionário bonitão recém-chegado. E como nada é tão ruim que não possa piorar, por alguma obscura razão ela parecia fazer questão de expor a relação extraconjugal pelos corredores da empresa de forma sutil e dissimulada. Com isso era obrigado a assistir passivamente aquele circo dos horrores como o último dos homens.
No entanto, paralelamente me acontecia o imponderável. Uma das vagas de estágio da empresa foi ocupada por uma jovem de cair o queixo. Alvoroço entre a moçada! E para surpresa minha não demorei a notar olhares desta vez vindos dela. Da nova estagiária! “Ah, não! Não vou cair nessa novamente!”. Decretei a mim mesmo.
No dia a dia procurava manter uma relação cordial de trabalho com ela. E os olhares persistiam. Não tínhamos muito contato. No início parecia gostar e se divertir com nossas poucas conversas. Com o tempo os olhares se intensificaram. Passaram a trazer aflição e dor. Mas nunca passou disso. Mesmo tentado nada fiz. Não depois da dura lição que aprendi. Ela, por sua vez, se manteve resignada.
Assim, o tempo passou, o período de estágio terminou e ela se foi enquanto eu recolhia os últimos cacos da situação anterior de onde, curiosamente, os olhares provocadores jamais cessaram.
Eis que tempos depois me deparo com o perfil da antiga estagiária numa Rede Social. Linda como nunca publicava fotos de tirar o fôlego. E lá topei com antigas postagens que me deixaram perplexo! Narravam coração partido, sofrimento, luta e superação do mais difícil momento de sua vida em suas próprias palavras. Postagens feitas logo após o término do estágio onde deixavam claro o orgulho na superação de uma situação tão difícil.
No entanto, o tempo passa e tudo fica para trás.
Hoje, da primeira trago na alma uma cicatriz disforme. Daquelas onde a pele se torna insensível além de um certo amargor na boca.
Da segunda guardo com toda a ternura a lembrança.
Além disso, carrego ainda sentimentos difusos difíceis de processar.
É duro admitir que não sou a fortaleza que pensava ser.
Me envergonho por fraquejar e entregar meu coração a quem nunca o quis e me entristece não poder entregar a quem tanto o desejava.
Mas o que mais me dói foi perceber que meu casamento não é tão sólido quanto imaginava. Que minha mulher, até então o grande amor de minha vida talvez não tenha mais a porção de meu coração que lhe cabe.
No entanto, penso que nossas vidas e sentimentos se entrelaçaram para aprendizado mútuo. Por isso sinto que devo me curvar e aprender com ambas as situações.
A primeira me ensinou pela dor, a segunda pelo amor. Uma me escancarou fragilidades, me ensinou a não cultivar ilusões e a não desviar de meus propósitos. Outra me mostrou o caminho da superação, força, caráter e hombridade
Duas mulheres tão diferentes!
Aaaah! Já ia achando que eu ia viver uma linda história de amor com a belíssima estagiária? Digamos que se eu fosse uns 15 anos mais novo e descompromissado certamente a convidava para sair
Agora não estou me sentindo bem.
Estou chorando, desesperadamente.
Sinto que meus sonhos sumiram e não sei para onde vou, ao mesmo tempo, consigo escolher o que quero ou não para a minha Vida. Mas não me sinto bem, não mesmo. Queria que essa dor passasse, juro que já tentei, mas é só ver a foto dele que eu desmorono-me. Posso estar em um dia feliz e legal, mas se eu ver a foto, desmorono-me. Aos prantos, vou pensando em mil coisas, o que mais tenho é medo, de não chegar aonde eu queria, até porque , nem lembro mais aonde queria chegar. Quero perdoar a mim mesma, por aceitar coisas que eu não deveria... deixar me passar em branco, agora sou transparente, parece que ninguém me vê. Não quero esse sentimento, essa tormenta, não sei quando vai passar, mas tenho fé em Deus, pois só ele pode me guiar. Queria ser forte, estou me aproximando de mulheres que considero forte, pois sei que elas não vão agir com pena e serão verdadeiras. Nesse momento, eu preciso da verdade, quero provar a mim mesma que eu posso me cuidar e ir além, mas antes de tudo, eu só quero me sentir feliz de novo. Sabe? Comigo mesma, sem me doer... só isso que eu quero... somente. Quero me sentir em paz de novo. Estou lutando contra todas as forças do mau, pois eu quero viver a promessa que Deus tem para mim. Não sei o que é, mas sei que ele tem. Só ele é quem vai me salvar. Estou triste , pensei que não estava, mas estou.
Mal, muito mal.
😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭😭