Amor de Vó
Alucinações.
Vivendo em um mundo que nao é meu...
Sonhando com esse amor que é tão seu...
Querendo seu tudo...
Tendo seu nada...
Amando o escuro..
saudade desvairada...
Olhando pra dentro...
Tentando te ver...
Ousando ler pensamentos...
violando você...
Imprimindo minha angustia...
Tentando deletar sua imagem...
Sorrindo pra não chorar...
Fingindo não importar...
Dizendo coisas sem sentido...
sentido? o que significa mesmo isso?
Tentando ignorar sua ausência...
Mas convivendo com a eterna presença dessa ausência...
desejando por não ter...
Ter pra não perder...
Perder o que se eu nem tenho?
Alucinaçoes...isso nem eu mesmo entendo...
A manutenção do amor exige um cuidado maior. Qualquer palerma se apaixona, mas é preciso paciência para fazer perdurar uma paixão. O esforço de fazer continuar no tempo coisas que se julgam boas — sejam amores ou tradições, monumentos ou amizades — é o que distingue os seres humanos.
Percebo hoje a razão por que Auden disse que qualquer casamento duradouro é mais apaixonante do que a mais acesa das paixões. Guardar é um trabalho custoso. As coisas têm uma tendência horrível para morrer. Salvá-las desse destino é a coisa mais bonita que se pode fazer. Haverá verbo mais bonito do que 'salvaguardar'? É fácil uma pessoa bater com a porta, zangar-se e ir embora. O que é difícil é ficar.
Era uma vez uma pequena garota que nunca tinha conhecido o amor até um garoto quebrar o seu coração.
AMOR DE ALMAS
Amo-te, de um amor voluntário e abstrato
Gratuitamente, sem prisões ou pressões
Amo-te agora, sem disfarces, sem vaidade
Um amor puro, calmo e paciente
Amo-te, constantemen-te em fascínio
Deste amor sorrindo e chorando
Amo-te nas coisas simples da vida
Contemplando a sua beleza feito arte
Amo-te com toda liberdade de amar-te
Desejando, alcançar-te na alma que é luz
Amo-te feito um faminto em busca de alimento
Feito um enforcado em busca do ar para viver
Amo-te como quem sabe que vai morrer
E não há outra concepção, a não ser amar
Amo-te porquê admiro a sua fé forte
Porquê amar é a resposta de tudo que existe
Amo-te porquê sei que os anjos
Vestem-se de sorrisos, ao assistir quem ama
Amo-te acima de minha ignorância estupida
E mesmo não sendo perfeito, amo-te
Amo-te perdoando-te na insensatez
Enchergando suas qualidades de mulher
Amo-te fingindo que amar é um vicio
Viciamos em tantas coisas, porquê não no amor
Amo-te sem esperar que me ame junto
Amo-te simplesmente, pelo exercício de amar.
E te amar, e te amar, porquê o amor é eterno
E na eternidade, ama-se ainda mais as almas.
Acorda menina! O amor não é um sonho. Nem a vida um mundo encantado, com príncipes e princesas. É dia de ser feliz! Vai sem medo, nem receio, somente deixa acontecer.
O amor está nas lojas. Tem de todas as cores, modelos, utilidades e preços... Preços ótimos! Amor a partir de “um e noventa e nove”, para quem não pode fazer declarações mais caras; amor de cem reais, duzentos, mil, até milhões... Já pensou, declarar um amor de milhões de reais? Talvez de dólares? É o natal que está vindo... À sua frente, chegam os ares que se refletem no ensaio de cada olhar, cada braço, cada voz... Pessoas mudam, ou sofrem mutações, para o desempenho da trégua natalina, que se estende até o trinta e um de dezembro. Chega o dia de amar o inimigo, para desamá-lo novamente no comecinho do próximo ano. Ano que já será velho no dia dois ou três. Data de perdoar os que nos ferem, porque passa logo, não custa nada ou quase nada, pois em menos de uma semana poderemos desperdoá-lo.
À nossa volta o apoio das lojas, que tornam o amor democrático. Pobres e ricos podem amar, no natal, pois existe amor para todos os bolsos. Há um sentimento forte no ar comprimido pelas axilas que se cumprimentam no silêncio ruidoso das compras. Das caixas registradoras. Até mesmo dos pregões que incentivam esse sentimento, balançando os artigos bregas ou de luxo que têm a tarefa de pescar sorrisos, palavras e reciprocidades em formas de outros presentes... Outras demonstrações embaladas por papéis coloridos e seladas por cartões que registram palavras previsíveis, criadas e impressas por quem não conhece os seus compradores... Mas as mensagens são universais. Servem para qualquer um, nessas datas. E aceitam complementos de quem quer enfeitar um pouco mais.
Nas marquises e viadutos, há os que não podem comprar o amor... Dar nem receber. Nem aquele mais baratinho. Também não podem comê-lo nas formas vistosas de pernis, farofas, rabanadas e outras guloseimas. Nem bebê-lo, nos vinhos e champanhes que se revezam em taças. Mesmo assim, feliz natal para todos! Para quem pode ou não, afinal, o natal é um grande teatro! É o espetáculo fabuloso que demonstra o ser humano em sua inexistência ideal, íntima, projetada no inconsciente relutante! Na fraqueza universal de criaturas que disputam espaço em um mundo cada vez mais concorrido! Essa disputa se acirra no natal, quando o amor é medido pelo dar e receber, excluindo os que não podem entrar nessa democracia para a qual não nasceram os indigentes, porque esses perderam há muito tempo. Perderam pra mim e pra você, o que lhes era de direito.
Eu nunca exigi nada de você a não ser o amor. Só queria que me amasse. Mas você não me amou. Sabe? Ainda dói!
Nem todo frio no estômago é amor... pode ser a cerveja do final de semana. Você já deveria saber isso.
Meu único amor, nascido de meu único ódio! Cedo demais o vi, ignorando-lhe o nome, e tarde demais fiquei sabendo quem é
Apesar de todo amor, esperança e humildade, ainda assim tenho que concordar, a humanidade está perdida. Acenda o fósforo e jogue no mundo.
Eu te amo mais que ama a flor
eu te amo e como é forte e meu amor.
Eu te amo e sempre vai ser assim
eu te tenho e nunca vai ter fim