Amor de Tia

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Romantismo

Quem tivesse um amor, nesta noite de lua,
para pensar um belo pensamento
e pousá-lo no vento!...
Quem tivesse um amor - longe, certo e impossível -
para se ver chorando, e gostar de chorar,
e adormecer de lágrimas e luar!
Quem tivesse um amor, e, entre o mar e as estrelas,
partisse por nuvens, dormente e acordado,
levitando apenas, pelo amor levado...
Quem tivesse um amor, sem dúvida nem mácula,
sem antes nem depois: verdade e alegoria...
Ah! Quem tivesse... (Mas quem tem? Quem teria?)

Tu és uma deusa grega, tipo Afrodite, deusa do amor sem limite, tens em suas curvas todo poder para que aos homens tu seduza, tipo Medusa, da beleza tu abusa, quem te admira com certeza se lambuza.

O que me faz perder o sono não é a insônia propriamente dita, mas sim a falta de amor e respeito entre os seres humanos.

Um amor proibido
Que de todos escondemos
É só a gente que sente
E por este amor sofremos

Se sou esquecido,
devo esquecer também.
Pois o amor é como um espelho:
tem que ter reflexo.

Pablo Neruda

Nota: Autoria não confirmada.

Mais do que amor, do que dinheiro, do que fama, dê-me a verdade.

Henry David Thoreau
Walden ou A vida nos bosques (1854).

O amor pode te dar asas, mas são as amizades que normalmente te seguram quando você está prestes a cair.

Quando o medo não evita, o amor acontece.

E, no fim, o amor que você recebe é igual ao amor que você dá.

Paul McCartney

Nota: Trecho da música The End, da banda The Beatles, com composição de John Lennon e Paul McCartney.

Às vezes perder o equilíbrio por amor faz parte de uma vida equilibrada.

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências…
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adimiro, adoro, os amo, embora não declare.

Paulo Sant'Ana

Nota: Trecho de texto escrito pelo jornalista brasileiro Paulo Sant'Ana. Algumas fontes também o atribuem, de forma errônea, a Vinicius de Moraes.

...Mais

Não chores por uma desilusão amorosa, porque se você se iludiu não foi um amor verdadeiro.

Não deixe que o orgulho seja maior que o amor, que a dúvida o faça perder, que os sentimentos permaneçam em silêncio. Ouse arriscar!

Vilões nunca rompem porque são persistentes, até no amor.

Você me ensinou o que é o amor.
Não choro, porque você me ensinou a sorrir.
Não sofro, porque você me ensinou a amar.
Não morro, porque você me ensinou a viver.
Mas se algum dia você deixar de existir,
eu choro, sofro e até morro.
porque a única coisa que você não me
ensinou, foi viver sem você.

Bom dia, meu amor. Hoje o Sol está tão radiante! É que o brilho do seu olhar reflete tua imagem nas nuvens, e as nuvens refletem a tua boca em meus lábios. Belo dia para dizer que te amo, simplesmente pelo fato de você existir.

O que fazer das sobras do amor?
O que fazer das lembranças do cheiro, da voz, do toque, dos olhos, das cócegas, dos risos, das viagens, das imagens?
O que fazer das lembranças do abraço, das mãos, do carinho sutil, do carinho voraz, do banho, do café à mesa, dos filmes vistos, criticados, admirados, inacabados?
O que fazer da música escolhida, do beijo prolongado, roubado, do amor no carro, na sala, no quarto?
O que fazer quando o telefone toca e do outro lado não se ouve mais a mesma voz?
O que fazer das mensagens gravadas, das cartas escritas, dos sentimentos impressos, dos presentes guardados?
Mas o que fazer também das ofensas do amor?
O que fazer das lembranças dos gritos, das afrontas, dos olhos marejados, decepcionados, das palavras cortantes, do filme repetido, dos sonhos ruídos, da sensação do desconhecido?
O que fazer com a sensação de culpa, fracasso, impotência, incoerência?
O que fazer dos sentimentos revirados, transformados, do ódio repentino, do amor estilhaçado, quebrado, tantas vezes remendado?
O que fazer da ausência que se sente? Ausência de paz, ausência da ausência, ausência de si mesmo?
O que fazer?
Talvez o tempo se encarregue de apagar as lembranças, de mudar o cenário, de reinventar o passado...Por hoje, não sei o que fazer com tudo isso...

Lucas: “William Shakespeare escreveu: ‘Amor não é amor que se altera quando encontra alteração. Ou uma marca rígida, que aparece numa tempestade e nunca se abala. Amor não se transforma de hora em hora mas surge mesmo à beira da morte

O amor é a vida acontecendo no momento: sem passado, sem futuro, presente puro, eternidade numa bolha de sabão...

O amor da minha vida eu encontrei, tem nome, é de carne e osso, e me ama também. Agora falta encontrar alguém com quem possa me relacionar. É que o homem da minha vida não cabe em mim e eu não caibo nele. Não basta que a gente se queira há muitos anos. Não basta nossos namoros longos, os rompimentos e a teimosia de desejar mais daquilo que não há de ser. Não presta que ele me visite pra acabar com as saudades e fuja correndo de pernas bambas e um bumbo no peito. Não importa que eu esqueça meu nome depois, nem que me perca num oco, ou que os sentimentos corram de ambos os lados, intensos e desarvorados. Não basta que haja amor para se viver um amor. Eu e ele somos as cruzadas da idade média, o Osama e o Tio Sam, o preto e o branco da apartheid, o falcão e o lobo, o Feitiço de Áquila. Seus mistérios me perturbam e minha clareza o ofusca. Tenho fascínio pelo plutão que ele habita, e ele vive intrigado por minha vênus, mas quando eu falo vem, ele entende vai. Enquanto ele avista o mar eu olho pra montanha. Quando um se sente em paz o outro quer a guerra. É preciso me traduzir a cada centímetro do caminho enquanto ele explica que eu também não entendi nada. Discordamos sobre o tempo, o tamanho das ondas, a cor da cadeira. O desacerto é de lascar, e não há cama que resista a tantas reconciliações - um dia a cama cai.

Esta semana fui ver a Ópera do Malandro em cartaz no Rio de Janeiro. Se o Chico Buarque nunca mais tivesse feito outra coisa na vida, ainda assim teria de ser imortalizado pelas alturas em que transita sua poesia nesta obra. Como ando as voltas com assuntos de amor, prestei atenção na cafetina Vitória que, do alto de sua experiência, ensinava: O amor jamais foi um sonho, o amor, eu bem sei, já provei, é um veneno medonho. É por isso que se há de entender que o amor não é ócio, e compreender que o amor não é um vício, o amor é sacrifício, o amor é sacerdócio.

Mais adiante Terezinha, a heroína quase ingênua, sofria:

Oh pedaço de mim, oh metade arrancada de mim, leva o vulto teu, que a saudade é o revés de um parto, a saudade é arrumar o quarto do filho que já morreu. Leva o que há de ti, que a saudade dói latejada, é assim como uma fisgada no membro que já perdi.

Naquela noite, inspirada pelo Chico, voltei pra casa decidida - não quero mais o amor da minha vida ocupando o lugar de amor da minha vida. Venho portanto, pedir a ele publicamente, que libere a vaga. É com você mesmo que estou falando, você aí, que se instalou feito um posseiro dentro do meu coração, faça o favor de desinstalar-se. Xô. Há de haver um homem bom, me esperando em alguma esquina desse mundo. Um homem que aprecie o meu carinho, goste do meu jeito, fale a minha língua, e queira cuidar de mim. As qualidades podem até variar, mas aos interessados, se houver, vou avisando; existem defeitos que considero indispensáveis.

Meu amor tem de ter uns certos ciúmes, e reclamar quando eu precisar viajar pra longe. Pode se meter com minha roupa, com corte do cabelo, e achar que sou distraída e não sei dirigir. Quando ficar surpreso de eu ter chegado até aqui sem ele, afirmarei sem ironia, que foi mesmo por milagre. Este homem deve querer nosso lar impecável, com flores no jarro, e é imperativo que faça tromba quando não estiver assim. Ele irá me buscar no trabalho e levará direto pra casa, nada de madrugadas na rua! Desejo enfim que meu amor me reprima um pouco, e que me tolha as liberdades - esse vôo alucinante e sem rumo, anda me dando um cansaço danado.