O que foi sempre o amor senão a mais dolorosa, a mais voluptuosa das mentiras?
O amor retorna sempre ao coração nobre / como o pássaro aos ramos da selva; / a natureza não fez o amor antes do coração nobre, / nem o coração nobre antes do amor.
A gente sabe que o amor existe graças aos crimes passionais que a imprensa regista diariamente.
Somente através do amor o homem se pode libertar de si mesmo.
Quem não sente qualquer amor, tem de aprender a lisonjear, senão não se arranja.
No amor, mais vale a caça do que a presa.
Não há baliza racional para as belas, nem para as horrorosas ilusões, quando o amor as inventa.
Há mulheres com quem fazemos amor, outras com quem falamos.
Mors Amor
Esse negro corcel, cujas passadas
Escuto em sonhos, quando a sombra desce,
E, passando a galope, me aparece
Da noite nas fantásticas estradas,
Donde vem ele? Que regiões sagradas
E terríveis cruzou, que assim parece
Tenebroso e sublime, e lhe estremece
Não sei que horror nas crinas agitadas?
Um cavaleiro de expressão potente,
Formidável, mas plácido, no porte,
Vestido de armadura reluzente,
Cavalga a fera estranha sem temor:
E o corcel negro diz: "Eu sou a morte!"
Responde o cavaleiro: "Eu sou o Amor!"
O amor agrada mais que o casamento, pelo mesmo motivo que os romances divertem mais que a História.
Um verdadeiro amor é segunda inocência.
O nosso amor-próprio é muitas vezes contrário aos nossos interesses.
O ódio não cessa com o ódio em tempo algum, o ódio cessa com o amor: esta é a lei eterna.
O amor deve considerar-se como um grande poema, cujo primeiro canto é o casamento.
O último amor que desampara o homem é o combinado com o orgulho.
A atenção e o amor condicionam-se reciprocamente.
O prazer do amor dura apenas um instante, os desgostos do amor duram toda a vida.
A aurora do amor é a quadra de devaneios e fantasias, em que a vida do coração principia e exerce sobre nós o seu mágico influxo.
O amor começa pelo amor; não se pode passar de uma forte amizade senão para um amor fraco.
O único e verdadeiro amor é aquele que se consagra à felicidade do objecto amado.
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