Amor de Primavera
Primavera!
Estação das flores que brotam no coração do Poeta. E este, destas flores se enfeita desde a hora que levanta até a hora que deita.
É também na primavera que uma alma em flor se faz refeita, enchendo-se de luz e amor.
Adriribeiro/@adri.poesias
Um sentimento avassalador é como um jardim em plena primavera. Cada batida é um florescer, uma nova cor que se revela e uma fragrância doce que permeia o ar. Quando alguém se apaixona, o mundo parece se transformar; as cores ficam mais vivas, os sons mais melodiosos e até o ar parece mais leve.
Esse estado de alma não conhece barreiras. Ele é corajoso, disposto a enfrentar qualquer tempestade, pois sabe que, ao final, haverá um arco-íris de emoções esperando. Ele se entrega de corpo e alma, sem reservas, porque acredita no poder transformador do amor.
A paixão traz um brilho novo ao olhar e um sorriso constante aos lábios. Cada encontro é aguardado com ansiedade, e cada despedida deixa um vazio que só o reencontro pode preencher. O apaixonado vive intensamente, aproveitando cada segundo como se fosse o último, saboreando cada momento compartilhado, cada palavra sussurrada.
Na serenidade da noite, quando o mundo parece se aquietar, o apaixonado se perde em sonhos, revivendo cada detalhe do toque amado, da voz querida. O peito bate forte, ora acelerado, ora suave, ao ritmo das lembranças e das expectativas.
Esse sentimento é, acima de tudo, esperançoso. Acredita no amor e na possibilidade de um futuro juntos, não importa quão incerto possa parecer. Encontra força nas pequenas coisas, nas promessas sussurradas ao pé do ouvido, nos gestos silenciosos de carinho.
A paixão é um mistério belo e complexo, capaz de suportar dores imensas, mas também de experimentar uma felicidade avassaladora. Em sua essência, ser apaixonado é a expressão mais pura e intensa do ser humano, um testemunho da capacidade infinita de amar e ser amado.
[Estações]
Lá estava eu perdido,
No fim da primavera,
Começo do verão,
Com a mente em prantos,
Internamente inseguro,
Mas me veio ela,
Com um lindo sorriso.
No outono já me encontrei,
E já estava apaixonado por ela,
Uma mulher tão bela,
E que apenas ela,
Vazia minha mente se acalmar,
E decidi ama-la.
E no inverno já decidido que é ela,
O calor dos nossos corpos,
Faz parecer que ainda estou no verão,
Meu coração já é seu,
E eu já sabia que você foi,
A melhor escolha da minha vida.
Na primavera,
Aonde as flores florescem,
Seus cabelos lindos como lírios,
Sua boca doce como morango,
E sabia que em você,
Tinha encontrado tudo que queria,
E que já mais a perderia.
Amar em Deus é crescer em silêncio, assim como flores na primavera, as pétalas um dia irão perecer, mas antes serão um lindo jardim a inebriar com vigor todos os caminhos e virtudes que para sempre ficarão e onde meu coração escolher habitar
Primavera.
Reviro as bordas de cadeias
Inclusas nas inércias mortalhas
Retiro braços, auréolas, surfadas na mente.
Decente
Incapaz, se desfaz em ira no legado inerte
Redundando ondas celestiais azuis
Normais
Aliás, são nuvens dispersas.
Nos porões das sacras profanas idéias
Será um grito,
Ou apenas um mito?
Que motivam ainda que mero acaso
O descaso da serpente
Inocente, morta por flores carnívoras.
Que devoram.
Silencioso manjar
Alvo de nossa rebeldia, outro dia falece.
Enobrece anciões forjados
No lume da reticência mal contada
De uma vida jogada na vala
História de tirar o gosto
Era agosto
Mas se bem me lembro
Suas cores, pleno setembro...
PECADO
“” Não sei se me acuso ou defendo
Mas não quero esconder dos teus olhos
A primavera que pretendo
Olhos que o coração ensinou a gostar
A querer intensamente, a amar.
Não busco ser o definitivo pra vc.
Mas ouso ser só seu
O que cabe em sua vida
Nesses versos que a ti componho.
O meu pecado foi te encontrar
Numa manhã ensolarada de outono
Onde a vida que nasce de um desejo
De você hoje, ser meu maior sonho...””
Reminiscências
Lá fora tudo mudou, só a calçada em suaves manhãs de primavera, ainda amanhece coberta de pétalas de rosa vermelha. Vermelho cor da paixão, do sangue que impulsiona as batidas do meu coração, dando vida a esse amor latente, alimentando lembranças, que como fantasmas invadem minhas madrugadas insones. Lembranças que chegam com a lua cheia, quando o cheiro de jasmim se mistura ao cheiro do seu corpo, invadindo o quarteirão inteiro, transportando-me para um passado que ainda mantenho vivo e revisitado na memória. Um passado tão vivo, tão presente que ainda sinto o calor das suas mãos nas minhas, me convidando pra dançar contigo nossa música favorita, nessas noites de lua cheia. Quando o dia amanhece coloco nos lábios aquele sorriso tão cheio da vida que não vivemos e fecho as portas do coração para não macular minha saudade, nem profanar o templo sagrado do nosso amor.
(Edna Frigato)
Da minha primavera deixa que eu cuido. Não chegue perto se for para murchar minhas flores. Gosto do que me acrescenta, dos bons perfumes, das rosas cheias de vida. Se for para não ser assim, não chegue perto, não me visite, não lembre de mim..
Você prometeu não me abandonar em nenhuma primavera, ser meu amante em todo verão. Prometeu se esfriássemos no outono, aqueceríamos no inverno.
E la vamos nós, mais uma primavera sendo amantes como o prometido e cumprindo o que agora de fato é proibido.
Paixão não é pra sempre? nem seus cabelos pretos, nem seus dentes, nem uma primavera, nem o pôr do sol, nem mesmo o sol, nada nesse universo é pra sempre, então deixe-me com minha paixão.
Você fez as flores da primavera dentro de mim desabrocharem esta noite. Os seus brilhantes olhos me encantaram a cada segundo em que você olhava para os cantos, tocando o seu violão. E da sua boca, saia a mais perfeita melodia... Do jeito mais lindo, suave e mágico.
E lá vamos nós, mais uma primavera, sendo amantes como prometido e cumprindo o que agora de fato é proibido.
Há um grande vão, odeio isso, o receio e a timidez me consome, é primavera e a mim só resta o silêncio.
E a primavera me puxou pelo braço...e a noite me pegou sorrindo. Tão belo feito o dia, tão lindo quanto o mar...são ventos, flores e poesias. Me entrego, me dou...sem medidas, sem hora, sem caso certo faço amor.
Outras Estações
Quando o inverno roubar toda a primavera de seus traços
E o outono varrer todas as alegrias do verão
Sentaremos juntos ás margens do rio da babilônia e choraremos e salmodiaremos o fim das Estações
Com minha Lira cantarei acompanhado por anjos tristonhos em jardins de mármore Negro
Debaixo de uma tempestade de flores mortas
Levar-te-ei até a fonte onde beberemos da água do esquecimento
Depois descansaremos aos pés de carvalhos mais velhos que a morte
Sonharemos com outras estações sobre as quais o mundo nunca ouviu falar
E morreremos juntos sobre um altar de vitrais declamando juras eternas sem medo ou dor
Enquanto uma chuva negra desaba sobre ás cúpulas góticas da catedral do amor.