Amor de Nora
Eu tenho 99% de certeza que
La no fundo do
teu coração tu gosta de
Mim
1% é que querer acreditar que é mentir.
desque você se partio minha angústia so vem alimentandomeu fracção sem você todo dia eu acordo sem você por isso não sou feliz sem você
AMOR SÓ EXISTE UM
Por ele vivemos e morremos com ele.
Dois cometas de uma mesma estrela.
Deus cuida de nós...
POETA NILO DEYSON MONTEIRO
Há muitas coisas que costumava ser e já não sou. E há muitas coisas que nunca pensei que seria e surpreendentemente sou.
Ei
Você está aí?
Eu só queria te dizer o quanto você é importante em minha vida.
É, eu sei, você não se importa.
Mesmo assim, eu gostaria de te falar o quanto dói o que sinto por você.
Dói todo dia, dói a todo instante. Do momento que acordo, ao último respirar do dia.
Ei, eu me sinto tão sozinho sem você ao meu lado. E dia a dia eu posso perceber o quanto isso me machuca.
Ei, eu faço promessas vazias que não vou cumprir, dizendo que não vou te procurar. E todo dia, acabo te procurando.
E dói, saber que não vou te achar.
É, eu sei que você não se importa.
Não a nada mais triste de se pensar.
Uma história de amor, linda para se contar.
Só de pensar, que não me amas, já me falta ar, o dia vira noite .
Triste para meu coração que sem você tudo é solidão!
"Feliz o(a) filho(a) que alegra seus pais, será feliz eternamente!"
Em Êxodo 20:12, diz:
"Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o Senhor teu Deus te dá"
O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. O amor é sonho dos solteiros. Sexo é sonho dos casados.
Amor é prosa, sexo é poesia.
Nota: Título de uma crônica do autor, que depois intitulou um livro.
O amor impossível é o verdadeiro amor
Outro dia escrevi um artigo sobre o amor. Depois, escrevi outro sobre sexo.
Os dois artigos mexeram com a cabeça de pessoas que encontro na rua e que me agarram, dizendo: "Mas... afinal, o que é o amor?" E esperam, de olho muito aberto, uma resposta "profunda". Sei apenas que há um amor mais comum, do dia-a-dia, que é nosso velho conhecido, um amor datado, um amor que muda com as décadas, o amor prático que rege o "eu te amo" ou "não te amo". Eu, branco, classe média, brasileiro, já vi esse amor mudar muito. Quando eu era jovem, nos anos 60/70, o amor era um desejo romântico, um sonho político, contra o sistema, amor da liberdade, a busca de um "desregramento dos sentidos". Depois, nos anos 80/90 foi ficando um amor de consumo, um amor de mercado, uma progressiva apropriação indébita do "outro". O ritmo do tempo acelerou o amor, o dinheiro contabilizou o amor, matando seu mistério impalpável. Hoje, temos controle, sabemos por que "amamos", temos medo de nos perder no amor e fracassar na produção. A cultura americana está criando um "desencantamento" insuportável na vida social. O amor é a recusa desse desencanto. O amor quer o encantamento que os bichos têm, naturalmente.
Por isso, permitam-me hoje ser um falso "profundo" (tratar só de política me mata...) e falar de outro amor, mais metafísico, mais seminal, que transcende as décadas, as modas. Esse amor é como uma demanda da natureza ou, melhor, do nosso exílio da natureza. É um amor quase como um órgão físico que foi perdido. Como escreveu o Ferreira Gullar outro dia, num genial poema publicado sobre a cor azul, que explica indiretamente o que tento falar: o amor é algo "feito um lampejo que surgiu no mundo/ essa cor/ essa mancha/ que a mim chegou/ de detrás de dezenas de milhares de manhãs/ e noites estreladas/ como um puído aceno humano/ mancha azul que carrego comigo como carrego meus cabelos ou uma lesão oculta onde ninguém sabe".
Pois, senhores, esse amor existe dentro de nós como uma fome quase que "celular". Não nasce nem morre das "condições históricas"; é um amor que está entranhado no DNA, no fundo da matéria. É uma pulsão inevitável, quase uma "lesão oculta" dos seres expulsos da natureza. Nós somos o único bicho "de fora", estrangeiro. Os bichos têm esse amor, mas nem sabem.
(Estou sendo "filosófico", mas... tudo bem... não perguntaram?) Esse amor bate em nós como os frêmitos primordiais das células do corpo e como as fusões nucleares das galáxias; esse amor cria em nós a sensação do Ser, que só é perceptível nos breves instantes em que entramos em compasso com o universo. Nosso amor é uma reprodução ampliada da cópula entre o espermatozóide e óvulo se interpenetrando. Por obra do amor, saímos do ventre e queremos voltar, queremos uma "reintegração de posse" de nossa origem celular, indo até a dança primitiva das moléculas. Somos grandes células que querem se re-unir, separados pelo sexo, que as dividiu. ("Sexo" vem de "secare" em latim: separar, cortar.) O amor cria momentos em que temos a sensação de que a "máquina do mundo" ou a máquina da vida se explica, em que tudo parece parar num arrepio, como uma lembrança remota. Como disse Artaud, o louco, sobre a arte (ou o amor) : "A arte não é a imitação da vida. A vida é que é a imitação de algo transcendental com que a arte nos põe em contato." E a arte não é a linguagem do amor? E não falo aqui dos grandes momentos de paixão, dos grandes orgasmos, dos grande beijos - eles podem ser enganosos. Falo de brevíssimos instantes de felicidade sem motivo, de um mistério que subitamente parece revelado. Há, nesse amor, uma clara geometria entre o sentimento e a paisagem, como na poesia de Francis Ponge, quando o cabelo da amada se liga aos pinheiros da floresta ou quando o seu brilho ruivo se une com o sol entre os ramos das árvores ou entre as tranças da mulher amada e tudo parece decifrado. Mas, não se decifra nunca, como a poesia. Como disse alguém: a poesia é um desejo de retorno a uma língua primitiva. O amor também. Melhor dizendo: o amor é essa tentativa de atingir o impossível, se bem que o "impossível" é indesejado hoje em dia; só queremos o controlado, o lógico. O amor anda transgênico, geneticamente modificado, fast love.
Escrevi outro dia que "o amor vive da incompletude e esse vazio justifica a poesia da entrega. Ser impossível é sua grande beleza. Claro que o amor é também feito de egoísmos, de narcisismos mas, ainda assim, ele busca uma grandeza - mesmo no crime de amor há um terrível sonho de plenitude. Amar exige coragem e hoje somos todos covardes".
Mas, o fundo e inexplicável amor acontece quando você "cessa", por brevíssimos instantes. A possessividade cessa e, por segundos, ela fica compassiva. Deixamos o amado ser o que é e o outro é contemplado em sua total solidão. Vemos um gesto frágil, um cabelo molhado, um rosto dormindo, e isso desperta em nós uma espécie de "compaixão" pelo nosso desamparo.
Esperamos do amor essa sensação de eternidade. Queremos nos enganar e achar que haverá juventude para sempre, queremos que haja sentido para a vida, que o mistério da "falha" humana se revele, queremos esquecer, melhor, queremos "não-saber" que vamos morrer, como só os animais não sabem. O amor é uma ilusão sem a qual não podemos viver. Como os relâmpagos, o amor nos liga entre a Terra e o céu. Mas, como souberam os grandes poetas como Cabral e Donne, a plenitude do amor não nos faz virar "anjos", não. O amor não é da ordem do céu, do espírito. O amor é uma demanda da terra, é o profundo desejo de vivermos sem linguagem, sem fala, como os animais em sua paz absoluta. Queremos atingir esse "absoluto", que está na calma felicidade dos animais.
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras. Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida.
Nota: Trecho do texto "Sentir-se amado".
Amor é um livro, sexo é esporte
Sexo é escolha, amor é sorte
Amor é pensamento, teorema
Amor é novela, sexo é cinema
Sexo é imaginação, fantasia
Amor é prosa, sexo é poesia
O amor nos torna patéticos
Sexo é uma selva de epiléticos
Amor é cristão, sexo é pagão
Amor é latifúndio, sexo é invasão
Amor é divino, sexo é animal
Amor é bossa nova, sexo é carnaval
Amor é para sempre, sexo também
Sexo é do bom, amor é do bem...
Amor sem sexo, é amizade
Sexo sem amor, é vontade
Amor é um, sexo é dois
Sexo antes, amor depois
Sexo vem dos outros e vai embora
Amor vem de nós e demora
Amor é cristão sexo é pagão
Amor é latifúndio sexo é invasão
Amor é divino sexo é animal
Amor é bossa nova sexo é carnaval
Amor é isso, sexo é aquilo
E coisa e tal...
Era o amor que tentei te oferecer!
Não consigo me entender
Sei o que devo fazer
É certo tenho que te esquecer
Mas é só aparecer,
Que me entrego a você.
Mas assim não pode ser,
Entregar-me e não te ter.
Não consigo me compreender,
Sei que não posso exceder.
Vou lutar contra meu querer,
Na minha cabeça meter,
Que um fim é o que tenho que fazer,
Quando será que vou aprender?
Meu desejo era te manter,
E cada dia mais te conhecer.
Agora começo a perceber,
O que eu não queria ver,
E o que você não tinha coragem de dizer.
Nunca me amaste, era apenas o aquecer.
Sexo, cama, e tudo que quisesse manter,
Sabe que basta me tocar para me derreter.
Sei que teus desejos consigo atender,
Nosso amor tem início ao anoitecer
E perdura até o amanhecer.
Mas não posso me corromper,
Sem você tenho que sobreviver,
Seguir a vida e me conter,
As lágrimas irei beber,
A saudade desfalecer,
Seguir em frente, nada irá me deter.
Adeus quem me fez viver,
Momentos que irão permanecer,
Loucuras de prazer,
Amei-te mas a este amor irei vencer.
E um dia quando você me rever,
Verás que mais do que prazer era o amor que tentei te oferecer!
Meu negócio agora é sexo e amizade. Acho esse negócio de amor uma coisa muito chata.
Cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.
Sou contra a reserva de mercado. Tem mais é que abrir as portas para a Madonna abrir as pernas.
Eu sou um preguiçoso que trabalha muito.
A força da grana que ergue e destrói coisas belas.
Desde pequeno eu achava que seria célebre.
O tempo não pára e, no entanto, ele nunca envelhece.
É impressionante a força que as coisas parecem ter quando elas precisam acontecer.