Amor de Nora

O amor é o esforço do homem para se contentar com uma única mulher.

No ciúme, há mais amor-próprio do que amor.

O talento desenvolve-se no amor que pomos no que fazemos. Talvez até a essência da arte seja o amor pelo que se faz, o amor pelo próprio trabalho.

No amor, quem se cura primeiro é quem fica mais bem curado.

Nada há de mais sujo do que o amor-próprio.

A felicidade é no amor um estado anormal.

Em duas ocasiões as mulheres não sabem o que dizer: no início e no fim de um amor.

À força de falarmos de amor, apaixonamo-nos.

É apenas por falta de amor que, muitas vezes, julgamos ter encontrado a paz.

Viver sem amor significa realmente não viver.

Não é o gênio, nem a glória, nem o amor que medem a elevação da alma: é a bondade.

O amor é estarmos sempre preocupados com o outro.

Pouco saber exalta o nosso amor-próprio, muito saber humilha-o.

O amor é um sentimento tirânico e zeloso, que somente se satisfaz quando a pessoa amada lhe sacrifica todos os seus gostos e todas as suas paixões. Nada se faz, se não se faz tudo.

Quando se ouve um homem falar de seu amor por seu país, podem saber que ele espera ser pago por isto.

Amámos e amámos tanto tempo quanto pudemos até que o nosso amor se consumiu nos dois; o nosso casamento morreu quando o prazer se foi; foi o prazer que fez um juramento.

Aqueles que falam das alegrias do amor, por certo, nunca amaram. Amar um ser é senti-lo necessário, portanto, sentirmo-nos nós próprios numa incessante precariedade.

O amor. Claro, o amor. Fogo e chamas por um ano, cinzas por trinta. Ele bem sabia o que era o amor.

O amor, para durar, reclama incerteza.

O adultério é a curiosidade do amor e dos prazeres ilícitos.