Amor de Marido e Mulher
"Hoje eu tenho maturidade suficiente para avaliar o que vale ou não a pena. O que até ontem eu dava todo o meu tesouro e que hoje nem de graça eu quero. A vida é feita dessas mudanças e não adianta querer achar muita razão nisso. Não dá para colocar os sentimentos em um porta retrato na estante da sala ou emoldurar e pendurar na parede. Sentimento não é enfeite! Então se é para sentir, sinta até a última gota porque logo acaba. Passa, evapora, some da mesma forma que começou. E dói, arde, queima. A sensação é que a gente vai morrer . Tenho poucas certezas sobre a vida e uma delas é que tudo passa, tudo!"
Gurias, nós homens somos extremamente tapados. Não temos esse olhar detalhista de vocês, que conseguem perceber tudo ao seu redor. Então se querem algo com a gente, sejam um pouco mais agressivas.
Alma forra
Antes da delicada frieza
era devotado
também de atitudes arrojadas
com a deia em forma de mulher
que me arrebatou...
me fez, do mundo, declinado
um servo, aos seus pés, inclinado
de raios desembestados
que por fim surtou...
fui amante fiel endiabrado
de corpo, dessossegado
fui o louco mais apaixonado
e cativo do amor...
mas hoje sou barco imbicado
dali fui desacorrentado
co'as fenestras do ceticismo
que me alforriou...
Acho que não exite ninguém que foi julgado tantas vezes como eu. Não será meia hora de conversa, ou um currículo que irá definir suas qualidades e contribuições.
Permita-se conhecer mais às pessoas, de repente são grandes pessoas e você não sabe!
Você não se aceita, e acha que as pessoas não te aceitam.
Você não se acha bonita, e acha que as pessoas não te acham bonita.
Você não se ama, e acha que as pessoas não te amam.
Você precisa ouvir a voz de Deus.
Você precisa deixar Ele te curar.
Mulher, ninguém pode te mudar, deixa Ele trabalhar.
"... e que os filhos não são nossos são do mundo. E o mundo receberá deles o que lhes dermos agora, no desafio que é ser mãe, pai, homem e mulher...
Não há como um homem, que foi realmente livre, não sentir o pesar da perda da liberdade ao encontrar uma mulher com quem vislumbra passar o resto da sua vida.
Não perca essa menina
Que carrega nos lábios de flor
No peito ainda inocente
Que não descobriu o amor.
Nos olhos de estrela
Na voz que move o rio
No corpo do pecado que cobriu Adão
no verso que encobre a dor
que enfurece João, que existe
somente, na razão de existir.
e escrever essa canção.
Na entrega da mulher-menina
Que um dia foi trovão
Que descobriu sua sina
Nas profundezas da poesia de Homero
na sinceridade de Lineu.
Na luta pela vida que ensina:
Que o amor pode tudo curar
No sofrimento da menina
Que um dia vê seu amor ser entregue ao mar.
Na dor da perda de um filho
do homem que um dia foi só paixão.
No encontro com a deusa divina
Que mora no seu coração.
Nas profundezas das águas de Iemanjá
Nas escolhas que fazem chorar.
No som que só o vento traz
Num amor que não vai mais voltar.
Viver é bem mais
Que ser fêmea mulher
Viver é saber existir
Se encontrar com a essência do todo
É saber se apaixonar
Em cada mulher a também a menina
Em cada menina uma mulher
Se Deus quis assim a sua sina é levar
A beleza de amar por amar.
Eu esqueço o meu mundo pra cuidar do teu, me pego olhando os seus olhos, admirando cada parte do teu corpo e sabendo o quão maravilhoso é o amor, o seu sorriso iluminando a minha escura alma, dando sentido a vida que a muito tempo não tinha luz. Em cada passo teu, em cada movimento, pétalas de esperança caem me rodeando e me fazendo cair em teus braços. O receio de te encontrar novamente se abrange dentro de mim, a impossibilidade dilacera o meu peito, caindo no abismo cavado por mim mesmo.
Crueldade aos homens, pois quanto mais velho fica, mais terá que oferecer, se não, mais solitário ficará. Amor: só utopia.
SONETO DE ARVERS
Tradução de Guilherme de Almeida
Autor: Felix Arvers (1806/1850)
Tenho na alma um segredo e um mistério na vida:
um amor que nasceu, eterno, num momento.
É sem remédio a dor; trago-a, pois, escondida,
e aquela que a causou nem sabe o meu tormento.
Por ela hei de passar, sombra inapercebida,
sempre a seu lado, mas num triste isolamento.
E chegarei ao fim da existência esquecida,
sem nada ousar pedir e sem um só lamento.
E ela, que entanto Deus fez terna e complacente,
há de, por seu caminho, ir surda e indiferente
ao murmúrio de amor que sempre a seguirá.
A um austero dever piedosamente presa,
ela dirá, lendo estes versos, com certeza:
— "Que mulher será esta?" — E não compreenderá.