Amor de Filho para Mãe Falecida
Eu sonho, que um dia meus filhos vivam num mundo onde não sejam julgados pelo dinheiro, nem pelo diploma, nem pela cor da pele, mas simplesmente pelo valor do caráter.
Uma das virtudes do homem é procurar estar sempre de bem com a vida. A alegria de viver faz muito bem ao corpo e a alma.
Se temos algum sentimento que não devemos passar pra ninguém é a tristeza.
O que devemos passar para as pessoas é a alegria. Assim seremos todos melhores, mais felizes, e mais alegres.
Nossa maior luta, começa a partir do momento que paramos de viver só como humanos e começamos a agir como mente e espirito também.
Caminhe com o bem, ao lado da pessoa boa. Nunca caminhe com o mau, ao lado da pessoa boa, pois estará influênciando-a.
As pessoas destroem você, um pouco por vez,uma de cada vez, até não restar nada.
Destroem teus sentimemtos, teu lado romântico, teu lado bom, teu lado sensível, teu lado humano.
E quando você se dar por conta, você não é o mesmo. Você estar frio, estar calculista, estar menos atencioso, você não sabe mais como amar e como acreditar em alguém. Porquê alguém acabou com isso em você, um por vez, cada um pouco. Quando nos tornamos uma arma, a pior arma do mundo que é ser humano mais não ter mais humanidade, chamamos isso de lição de vida, de aprendizado. Aprendemos,somos mais uma arma fria pra ferir e ensinar o próximo.
Eu homem, menino alma.
Nasci, talvez que por engano,
em uma tal cidade grande,
feita de concreto armado,
cheia de caras e portas fechadas,
mas, meu nascer mesmo, é no campo,
no mato,no torrão do interior.
Nunca vou esquecer,
como é bom, o prazer,
de subir na goiabeira,
pra comer fruto no pé,
ir até os galhos mais altos,
pra namoradinha assustar,
e na hora de descer ?
e pra tremedeira esconder ?
pra vergonhar não passar...
...vou descendo acanhado,
pra baixo todo santo ajuda!
penso eu, atrapalhado, penso também na mamãe,
junto com os carões, que de certo vou levar,
se caio daqui, e não morro,
minha mãe me mata,
e mesmo que não me mate,
triste será meu castigo,
não vou poder ir a praça,
ver televisão com meus amigos.
Balançar muito e bem alto,
numa rede armada,
no caibro do nosso alpendre,
ouvindo minha mãe, afirmar perguntando,
``vai cair daí ô inteligente!.´´
Coisas assim,
só se vivem no sertão,
o cheiro da terra molhada,
olhar da janela a passarada,
a chuva forte chegando, depois,
brincar nas poças de lama,
assim que chuva se foi.
Também não posso esquecer,
dos banhos de rio, cedinho,
antes de ir pra escola,
ficava feliz quando via,
Tânia, minha melhor amiga,
mulher grande,
mas com alma de menina,
vinha logo assuntar,
com uma voizinha mansa, dizia,
pra eu sempre lavar, as zunha e zurêia,
senão chegando em casa
podia, se preparar, pra entrar na ``peia.´´
Acho muito respeitoso,
um filho aos pais dizer,
bença pai,
bença mãinha,
tá aqui, acesa a lamparina no chão ,
pertinho da santa Maria,
enquanto a mãe de joelhos,
pedindo à todos os santos,
rogando à Deus por seu filho,
nunca cair em tentação.
Tenho respeito e amor,
tudo que Deus criou,
do pouco que tenho,
ao pouco que sou,
do pequeno ao maior,
mas me custa muito aceitar,
deixar minha alma lá,
no meu amado interior.
Colares Filho.
Nobreza na barraca da feira -
Quero viajar para Itália ,
dizem que tenho primos por lá,
fazer parte daquela massa,
tão consumida, e desejada,
mas dinheiro, eu não tenho,
e aqui, choveu, bem pouquinho,
nesta terra onde nasci,
minha mãe, sempre dizia,
que se eu, não fosse vistoso,
ficaria sempre exposto,
sem ninguém gostar de mim,
mas, como diz o Lulu,
Eu não nasci, pra perder!,
e me atrevo até dizer,
que vou sumir, daqui,
não vou pensar besteira,
nem acusar ninguém,
até o final não fico,
não vou virar tostão!,
quem vocês pensam que são?
me deixando aqui na beira,
jogado no chão da feira,
não sou arrogante não!
só lhe peço, mais atenção,
sou um tomate nobre,
não querendo lhe apressar,
mas, já que a feira acabou,
me mande pra doação,
vou encher a barriga,
de uma criança faminta,
que nada tem pra comer,
como lhe disse, senhora,
sou um tomate nobre,
me mande pro prato do pobre,
mas nunca pra um lixão,
onde os porcos me devoram,
com tanta gente lá fora,
passando precisão.