Amor Carente
Tuas mãos
Tuas mãos
toque proibido
tocando o meu ser mais insano
toque leve que me afaga
apalpando os meus medos
reentrantes
Quero ter
tuas mãos
entre as minhas curvas
encaminho-me para deixar-te
me segurar por inteira
ah!
tuas mãos
doce toque perigoso
es segura
confiável
as quais me deixa louca
fonte desejável
do inevitável
do meu querer, permitir
tuas mãos nas minhas
sinuosidades
loucura
quero mais
vem para perto do meu
escuso
toca-me
com ternura e firmeza
delicadeza
sem pressa.
Quero tuas mãos
sempre perto
beija-las
tocá-las
deixá-las percorrer
pelas minhas dores
sem cura!
Dependo delas
Para reinventar-me, curar-me.
Dependência
para sentir o toque
que me acalma
quero cuidar delas
me faz viver
meu regalo
grata por todos os prazeres
que me ofereceste
sede
abro os olhos
anestesiada
procuro tua boca
como um caçador
procura por sua presa
aponto de sussurra
em alto e bom som
gemidos aos ouvidos.
ah!
Tuas mãos
Vivi pra senti-las.
Têm gente que mente que sente,
Têm gente que finge que não sente, com medo do vêm pela frente.
Mas o amor nasce espontâneamente,
não adianta querer contê-lo, e nem forçá-lo.
Não adianta fugir do que sente, que ele te desmente.
O verdadeiro amor não exige nada em troca, nem reciprocidade se quer.
O amor não é só sentimento, é preciso ação, como *a fé que sem obras é morta.
É como semente que frutifica no tempo certo. Como oásis no deserto.
* O amor é paciente, o amor é bondoso. Não inveja, não se vangloria, não se orgulha.
Não maltrata, não procura seus interesses, não se ira facilmente, não guarda rancor.
Mas por aí tem gente chamando qualquer coisa de amor: Projeção, carência, paixão, vaidade, tesão, medo da solidão.
Mas o verdadeiro amor têm um sinal, ele vêm de quem se ama. Porque é preciso pertencê-lo para dar. E se eu me amar a ponto de transbordar, então saberei presentar.
* Ref. 1 Cor 13; Tg 2.