Amor Abrigo
DELÍRIO NOTURNO
Dorme, dorme o meu amor,
no silencioso abrigo do meu coração.
Nesta noite de afago eterno,
queria tanto estar nos sonhos dela.
Mas quem pode imaginar
O que ela sonha?
Se com um príncipe ou com um plebeu.
Enquanto ela dorme eu penso no que seria de mim
Longe dessa imensidão do mar que nos separa.
Se pudesse toca-la e afagar seu cabelo
Se mesmo em sonho
Eu pudesse revelar todo meu amor,
e o meu desvelo.
Mas há a noite e o meu delirar noturno.
Um mar e uma eternidade entre nós.
Inspirado na obra Noturnos de Chopin
Depois das palavras que ouvi,
Teu rosto mudou, se afastou de mim,
O amor que era fogo e abrigo,
Agora é silêncio, vazio e frio.
Vivo ao teu lado, mas me sinto só,
Cada palavra tua já não entendo,
O abismo entre nós é um golpe,
um soco no estômago.
Quem és tu, que já não reconheço?
Será que mudaste, ou fui eu que mudei?
Ou sempre foste assim, só eu que não via?
Esse estranhamento é uma ferida
que arde em meu peito.
E me pergunto se um dia ainda te acharei.
O amor de Deus é abrigo, é ânimo, é resposta, é tudo que precisamos — e Ele sabe exatamente onde tocar, quando calar e quando abraçar.
O mundo não é hospitaleiro, mas hóspede no leito de um hospital que precisa de amor, abrigo e saúde para se levantar.
Que esse amor tão doce e puro se sinta acolhido em minha alma, e como pássaro que procura abrigo, faça ninho no meu peito.
Eu te amo tornou-se tão pouco pra expressar esse
amor exacerbado que abrigo no peito por você,
que resolvi elevá-lo à milésima potência do que
sinto, para que pelo menos se aproxime um pouco
mais do que realmente eu queria te dizer.
No fluir dos tempos, onde o amor se tece,
Corações buscam abrigo, mas às vezes se desfazem.
Nesta era de conexões fugazes, onde tudo é breve,
Nosso medo é profundo, o temor de sermos traiçoeiros.
Olhos nos olhos, buscamos a verdade,
Em um mundo de ilusões e superficialidades.
Anseios de lealdade, mas cicatrizes do passado,
Nos fazem hesitar, receosos de sermos magoados.
Mas no cerne de nossas almas, há uma chama acesa,
Uma crença no poder do amor que não desvanece.
Apesar das incertezas, das dúvidas e do receio,
Ainda buscamos a conexão, o verdadeiro anseio.
Então ergamos nossos corações, rompamos as barreiras,
Vamos nos entregar, apesar das fronteiras.
Pois no olhar sincero, na entrega sem medida,
Encontramos a essência do amor, a verdadeira vida.
Raphael Denizart
Teu abraço é meu abrigo, teu "vai ficar tudo bem" é meu porto seguro. Teu cheiro é meu perfume, teu sorriso é minha estrela guia. Sou viciada em ti. Tu é minha droga. A droga que eu quero entrar em overdose.
Pai, nos Seus braços,
encontrei abrigo...
nesse jogo de perigo,
quero ser abdusido(a)...
Pode levar a minha mente,
a minha alma...
de oferenda,
eu lhe dou meu coração...
Eu não peço explicação,
me de agora as Suas mãos...
pra nas estrelas, passear e
junto a Ti, poder brincar.
Como Eu posso dizer não,
para esse pobre coração...
que só pensa em amar,
em amar, em amar...
-Segure em Meus braços agora,
pra te levantar!
-No Seu abraço, perco o medo,
crio asas pra voar...
Como uma Fenix,
das cinzas eu voltei,
pois em Ti, me encontrei.
Não vou mais desistir,
pois é por Ti, que renasci!
Sorria, sorria, meu filho,
pois é do teu sorriso,
que Meu amor sobrevive!
PAI (soneto)
Trago no coração sinais de abrigo
são sentimentos de protetor laço
num nó em lembranças e abraço
daquele que levo sempre comigo
É quem apoiou o passo no passo
no compasso fora do ter perigo
É o valente amigo até no castigo
que no cansaço expõe o regaço
Eis o lar, pai, que assim eu digo:
o provedor que nunca é escasso
num rude amor, sem ser oligo
O braço em um dilatado espaço
de colunas eretas que bendigo:
- numa saudade que não afaço.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
agosto de 2016
Cerrado goiano
Sei que há o sagrado
abençoado
protegido
que há abrigo
sustento
alfa definido
sei que existe amor
comprometimento
um pai lá no céu
mas e ela
a flor mais bela
aquela que dá a vida
que faz tudo ter sentido
que brilha
o ser divino
que todo masculino se rende
à essência
à mãe...