Amo porque te Amo Poema William Shakespeare
Rasgam-se as nuvens no céu estrelado,
invade-se a vontade de gritar,
o Sol mantém-se ao longe... calado,
ouvindo o som do belo luar.
A fada desperta do sono encantado,
com a sua harpa de sonho a tocar,
o sol dormindo... sonha deleitado,
vislumbrando ao longe um novo acordar
Surge então um novo céu... a nevar
de noite e durante a madrugada,
O sol mantém-se coberto a sonhar
com estrelas e com a sua amada...
Ouve-se ao longe um galo a cantar,
adivinha-se o nascer de um novo dia,
A lua vai-se embora a chorar,
mas o Sol... desperta com alegria.
A lua adormece por fim.
Mas o Sol nada leva a mal,
pois ama a Lua tanto assim,
que voltará a encontrá-la num sonho de Natal.
Nesta época festiva,
Deseja-se a todos os povos...
Um Carnaval cheio de Páscoas...
E um Natal cheio de Anos Novos....
Que as renas do Pai Natal,
Surjam nos céus a Voar,
Tilintando alegremente...
Com o Rudolph a piscar!
Que o Pai Natal e os duendes,
Façam raves a bombar...
E não se baralhem nas botas...
Na altura de ofertar!....
Que o presépio de Natal,
Tenha estrelas sorridentes,
Ovelhinhas e pastores...
E Reis Magos bué contentes!
Que tudo surja em sorrisos,
Com muita paz e carinho...
E que o coelho da Páscoa,
Se esmere no sapatinho!
Que se tenha nesta quadra,
Muito amor e alegria...
Rabanadas e filhoses
Arroz doce e aletria!
Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo?
Amo o público, mas não o admiro. Como indivíduos, sim. Mas, como multidão, não passa de um monstro sem cabeça.
Eu não sou homem que recuse elogios. Amo-os; eles fazem bem à alma e até ao corpo. As melhores digestões da minha vida são as dos jantares em que sou brindado.
Amamos as nossas mães quase sem o saber e só nos damos conta da profundidade das raízes desse amor no momento da derradeira separação.
Amo-te como se amam certas coisas obscuras, secretamente, entre a sombra e a alma.
Nota: Trecho de "Soneto XVII"
Se amo alguns livros são aqueles em que sinto que o seu autor, que pode ter morrido séculos antes de eu ter sido engendrado, se dirigia a mim, a mim pessoal e concretamente, a mim em confidência.
A igualdade é a escravatura. É por isso que amo a arte. Aí, pelo menos, tudo é liberdade neste mundo de ficções.
O talento desenvolve-se no amor que pomos no que fazemos. Talvez até a essência da arte seja o amor pelo que se faz, o amor pelo próprio trabalho.
Motivo
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
Eu estou pensando em você hoje porque é Natal, e eu lhe desejo felicidade.
E amanhã, porque será o dia seguinte ao Natal,
Eu ainda lhe desejarei felicidade.
Eu posso não ser capaz de lhe falar sobre isto diariamente,
Porque eu posso estar ausente, ou nós podemos estar muito ocupados.
Mas isso não faz diferença.
Meus pensamentos e meus desejos estarão com você da mesma forma.
Qualquer alegria ou sucesso que você tenha, me fará feliz. Me iluminará por todo ano.
Eu desejo a você o Espírito do Natal.
Dez Chamamentos ao Amigo
Se te pareço noturna e imperfeita
Olha-me de novo. Porque esta noite
Olhei-me a mim, como se tu me olhasses.
E era como se a água
desejasse.
Escapar de sua casa que é o rio
E deslizando apenas, nem tocar a margem.
Te olhei. E há um tempo.
Entendo que sou terra. Há tanto tempo
Espero
Que o teu corpo de água mais fraterno
Se estenda sobre o meu. Pastor e nauta
Olha-me de novo. Com menos altivez.
E mais atento.
Pensar em Deus é desobedecer a Deus,
Porque Deus quis que o não conhecêssemos,
Por isso se nos não mostrou...
Nota: Trecho de "O Guardador de Rebanhos", do livro "Poemas de Alberto Caeiro", de Fernando Pessoa (heterônimo Alberto Caeiro).
...MaisOs poetas místicos são filósofos doentes,
E os filósofos são homens doidos.
Porque os poetas místicos dizem que as flores sentem
E dizem que as pedras têm alma
E que os rios têm êxtases ao luar.
Mas as flores, se sentissem, não eram flores,
Eram gente;
E se as pedras tivessem alma, eram coisas vivas, não eram pedras;
E se os rios tivessem êxtases ao luar,
Os rios seriam homens doentes.
Ela disse assim (A teus pés)
Ela disse assim
É porque é
É porque é
Não há desespero em vão
Se ela quer voar
É porque tem assas
É porque tem asas
Não não não
Quando a gente voa
Distante e só
Tão distante e só
O sol não vem e a luz que cai
Nunca mais voltou
Nunca mais voltou
Não não não
Esse poema é dedicado a uma grande amiga, a qual eu amo muito, e que há alguns anos vem passando por uns perengues, mais que logo eu sei que vai ter fim.
Loucura lacrada (?)
Inesperada visita,
Mas uma vez a loucura acaba de chegar
E instalasse em mim.
Mas uma vez vou abrir e remexer
Todas as caixas
Que tanto tento lacrar
De forma definitiva.
Em dias e momentos assim
“cato” todas elas, as abro e me
Embriago de lembranças
Junto a esse surto
Existem fotografias,
Bilhetes, cartas, declarações,
Velas para (te / nos) celebrar
Incensos para purificar o ar
Que insiste em ficar denso com o peso das recordações,
Insistentemente a chuva da minha alma
Começa a cair (deixando o meu céu fechado e branco)
E eu, sento incredulamente há espera de um milagre,
Onde mostre que o Reino da Imaginação é real.
Besteira minha,
Outra vez faço uma varredura (vasculho) em meus desejos
A espera de um final para os sonhos
Mas, tem instantes que minha amnésia manifesta-se
E a saudade aproveita para mostrar suas garras
E me trazer você ...
Ai, mergulho no vácuo criado pela ilusão
E alimentado por esses instantes
De ausência de sensatez
Que hora por outra me acomete.
Me perco completamente,
Entre o sonho, o desejo, as lembranças e
Os infinitos motivos e razões pra não te querer
De repente,
Um lampejo, um reflexo,
Um raio incandescente de razão
Se mostra e aos poucos
Vou recobrando a consciência
E o nexo (sentido) das coisas
Novamente percebo que
Preciso encontrar tempo e uma forma eficaz
De aprender a te esquecer ou
Ao menos te querer menos
E após esse lampejo de realidade
Junto todos os recortes e “cacarecos”
E novamente os guardo em minhas caixas de recordações.
_ onde vou continuar a procura de uma forma definitiva de lacre, onde não dê mais chances para a loucura fazer a festa.