Amo Crianças e Coisas de Criança
“Não há um modelo a ser seguido para alcançar a felicidade. Existe a felicidade das crianças, que brincam esquecidas de si mesmas, ou dos apaixonados. Tudo isso é muito bonito. Mas, nesse sentido, realização não é felicidade. É estar em harmonia com a grandeza, mas também com o sofrimento e com a morte. Isso possibilita um reconhecimento profundo, dá peso e serenidade. É algo bem tranqüilo. É a felicidade como conquista. E não tem a ver com ficar esquecido. Tem a ver com a força interior.
Ser professor é, antes de tudo, gostar de gente. É se importar com a história de vida das crianças e olhar verdadeiramente nos olhos de cada uma delas.
Crianças amam simplesmente por amar, e ponto. É triste saber que os adultos não amam de forma pura ou quando não há algo para receber em troca.
A mim me salvaram as crianças. De tanto escrever para elas, simplifiquei-me.
São as crianças, que sem falar,
nos ensinam as razões para viver.
Elas não têm saberes a transmitir.
No entanto, elas sabem o essencial da vida.
Acredita-se que pensar positivo leva a uma vida mais feliz e saudável. Quando crianças, nos dizem para sorrirmos. Sermos alegres e mostrar um rosto feliz. Quando adultos, nos dizem para olhar pelo lado bom. Para fazermos limonada e vermos os copos como quase cheios. Às vezes, realidade pode tentar nos impedir de ficarmos alegres. Maridos falham. Namorados podem trair. Amigos podem te deixar na mão. É nesses momentos. Quando quer torná-los reais, largar os joguinhos e ser verdadeiro...
[...]
Pergunte às pessoas o que querem da vida, a resposta é simples... Ser Feliz. Talvez seja essa expectativa. Querer ser feliz que nos impede de sermos felizes. Talvez quanto mais tentamos ficar em estado de alegria mais confusos ficamos até não nos reconhecermos mais. Ao invés disso, continuamos sorrindo, tentando ser as pessoas felizes que queríamos ser. Até que cai a ficha, sempre esteve lá... Não em nossos sonhos e esperanças, mas no conhecido, o confortável, o familiar.
Há algo de infantil na idéia de que outra pessoa (pais no caso de crianças, Deus no caso de adultos) tem a responsabilidade de dar sentido e objetivo a sua vida.
Crianças adoráveis são consideradas propriedade da raça humana. Crianças malcriadas pertencem a suas mães.
A diversidade garante que crianças possam sonhar, sem colocar fronteiras ou barreiras para o futuro e os sonhos delas.
Ontem gastei todo o meu dinheiro e comprei um terreno em Marte. Eis a foto, cedida pela NASA, do meu pedaço de felicidade. Sem gente, sem bicho, sem planta, sem carro, sem computador. Eu e a imaginação vamos morar no vazio.
No infinito. Pretendo não manter mais contato com os tolos, nem com os que habitam minha mente em memórias de estúpidos convívios do passado. Adeus.
A decisão que estou tomando é consciente. Decidi na plenitude de meu livre-arbítrio. Sei que isso é duro, porque sendo assim, ninguém tem direito à culpa e a culpa é o alívio dos fracos.
Lamento, mas concordo com Camus que o suicídio é a única questão filosófica verdadeira. Meu desejo comanda meu destino e a morte é a única liberdade.
Significa que posso não ter muito conhecimento e/ou experiência, porém desconfio de como as coisas sucedem já que possuo imaginação. (Riobaldo - Grande Sertão: Veredas)