Amo Crianças e Coisas de Criança
Há momentos na vida da gente, que a gente se pergunta por que é que as coisas são assim. São nesses momentos, que paramos para refletir sobre o real sentido das coisas... descobrindo assim as certezas e as INcertezas da vida que a gente vem carregando desde de sempre. O interessante disso tudo, é que não é apenas questão de rever os principios, mas é questão de rever a sí mesmo, em quem você se tornou em como você interage com as pessoas, se perguntar por que as coisas são assim não adianta em nada se você não demonstra pra você mesmo o seu brilho, a sua força, a sua garra, o seu carisma, o seu alto astral, o seu vigor, sua juventude.
Não basta apenas mostrar para você mesmo, você deve agarrar isso com tudo, e provar pra todo mundo do que você é capaz e COMO você se dispõe a encarar seu medos e seus tropeços de cabeça erguida, de peito aberto, sem medo, sem preceitos, sem esquecer de quem você realmente é de que como você realmente gostaria de ser.
É com esse pensamento que você abre as portas de você mesmo para que o seu verdadeiro EU mostre a todos quem está por dentro e abrindo essa porta, também, é que você consegue trazer para dentro, interagir com o exterior, absorver as coisas. Nessas horas, temos que ficar atentos e criar um filtro para drenar tudo de ruim e absorvermos somente o bom, o agradável, o doce.
Se você consegue acordar todos os dias, com o brilho nos olhos, disposto a enfrentar seus medos, e dar um tapa nos inimigos, você consegue obter de você mesmo e dos outros tudo aquilo que você sonha, tudo aquilo que você quer. É a capacidade de nos apaixonarmos todos os dias é que nos faz criar asas e alçar vôo rumo a lugares mais distantes, mais bonitos. O fogo inocente dos olhos de uma criança, o brilho curioso, é o que devemos ter para conseguirmos sonhar, viver, sorrir e crescer.
E para finalizar, uma citação, essa é para todos vocês, então decore:
"Amanhã será tomorrow" - Falcão
As coisas mais simples da vida são as mais extraordinárias, e só os sábios conseguem vê-las.
Nota: Trecho adaptado do livro "O Alquimista", de Paulo Coelho.
Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples.
Que a importância de uma coisa não se mede com fita métrica nem com balanças nem barômetros etc. Que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós.
As pessoas podem ser dividas em três grupos:
Os que fazem as coisas acontecerem;
Os que olham as coisas acontecendo;
e os que ficam se perguntando o que foi que aconteceu.
Nosso caráter é aquilo que fazemos quando achamos que ninguém está olhando.
Nunca deixe de ter dúvidas. Quando elas param de existir é porque você parou em sua caminhada.
Guardai contigo apenas as coisas boas
Não te atenha a guardar contigo as coisas ruins, por que é como o homem que guarda em seu terreno o lixo e coisas podres: sempre se sentirá mal, e lhe ocorrerão doenças, e quem o ver dirá: aquele homem sóguarda coisas podres, e outros dirão ainda que ele é porco, é sujo, é doente e é fedido por que guarda coisas ruins, e assim todos se afastarão dele.
Tu, portanto, cuidarás em guardar contigo apenas as coisas boas, como aquele que acolhe flores em seu terreno, e assim sempre se sentirá bem, gozará de boa saúde, e quem o ver dirá que tu és bom, que és puro, e que tudo em ti exala bom perfume e bons sentimentos por que guardas coisas boas, e serão muitos os que terão prazer em se aproximar de ti, por que tua morada será como um majestoso jardim, e tua vida será sempre repleta de flores.
Quem deserta das coisas materiais mostra boa vontade – mas não prova verdadeira compreensão. Por que foge? Por que deserta? Porque se sente fraco e receia cair; mas o temor é escravizante. Plenamente liberto e livre é somente o homem que, depois de se consolidar definitivamente no mundo espiritual, volta ao mundo material sem se materializar; o seu reino não é daqui, mas ele ainda trabalha aqui, como se fosse o mais profano dos profanos. Somente um homem plenamente espiritual pode admitir aparências de materialidade sem desmentir a sua espiritualidade. De um homem que nada espera do mundo, tudo pode o mundo esperar.
O Contrário do Amor
O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.
Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.
Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bungee-jumping, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.
Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha. Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens, poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso. Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel.
Nota: Trecho adaptado e adulterado do poema de Veronica Shoffstall. Poema escrito por Veronica Shoffstall em seu livro de formatura, sendo conhecido como "Comes the Dawn" ou "After a While". A versão original foi registrada em 1971. Aparece erroneamente atribuído a William Shakespeare.
...MaisVERBO SER
Que vai ser quando crescer? vivem perguntando em redor. Que é ser? É ter um corpo, um jeito, um nome? Tenho os três. E sou? Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito? Ou a gente só principia a ser quando cresce? É terrível, ser? Dói? É bom? É triste? Ser: pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas? Repito: ser, ser, ser. Er. R. Que vou ser quando crescer? Sou obrigado a? Posso escolher? Não dá para entender. Não vou ser. Não quero ser. Vou crescer assim mesmo. Sem ser. Esquecer.
Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é passível de fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada.
Soneto do Amor Total
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo amor prestante
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim, muito e amiúde
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
EU TE AMO
Ah, se já perdemos a noção da hora
Se juntos já jogamos tudo fora
Me conta agora como hei de partir
Se, ao te conhecer, dei pra sonhar, fiz tantos desvarios
Rompi com o mundo, queimei meus navios
Me diz pra onde é que inda posso ir
Se nós, nas travessuras das noites eternas
Já confundimos tanto as nossas pernas
Diz com que pernas eu devo seguir
Se entornaste a nossa sorte pelo chão
Se na bagunça do teu coração
Meu sangue errou de veia e se perdeu
Como, se na desordem do armário embutido
Meu paletó enlaça o teu vestido
E o meu sapato inda pisa no teu
Como, se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios inda estão nas minhas mãos
Me explica com que cara eu vou sair
Não, acho que estás só fazendo de conta
Te dei meus olhos pra tomares conta
Agora conta como hei de partir