Amizades Eternas
"Cartas de amor são eternas. Quando se ama com envolvimento e intensidade esse amor fica impregnado, toma conta dos pensamentos e do pulsar descompassado do coração. É um momento de total prazer registrar esse sentimento que pode ser num livro, num pedacinho de papel, na pele ou no céu - não importa. Cada palavra é uma confissão ; cada gesto uma declaração. Oferecer esse amor é uma dádiva e receber esse presente é um bálsamo de alegria e sedução". Luiza Gosuen
DORES
As dores não são eternas,
e as alegrias também não.
O amor não dura para sempre,
haverá, mesmo amando,
momentos de solidão.
Toda tempestade passa.
Mas não acredite
que o bom tempo será infinito,
outras virão.
Quando na consciência se escreve: "Santo ao Eterno", o Eterno escreve: "eternas Bênçãos”. (ler Êxodo 39)
ABISMO
A vida nunca foi fácil, longas caminhadas, grandes encontros e eternas despedidas.
Mas no fundo eu sabia aonde caminhar, e o que fazer
Só que agora olhando o mar, me perco nas ondas que vão e voltam tentando me encontrar
Mas elas não sabem uma resposta, e as lágrimas teimam em cair tocando na fria areia
Não me recordo o exato momento em que me perdi, ou em quem, por isso tem sido tão difícil me regatar.
Tentando achar aquela luz no fim do túnel, vou caindo mais e mais neste abismo sem fim
Sentindo-me sozinha em meio á multidão pessoas passam por mim e eu não consigo mais senti-las.
E agora? O que vai ser de mim?
Uma vez um sábio homem me disse: “Você nasceu sozinha e morrerá sozinha.” Mas como tem sido difícil aprender esta lição.
Sinto falta daqueles dias de coração aquecido e mente aberta
Onde tudo era possível e os sonhos tinham asas... (REFRÃO)
CRIANÇA LEMBRANÇA
Crianças...
Eternas e gratas lembranças
Em sonhos ainda balanças
Revivendo traquinagens, lambanças
Brincos, anéis e miçangas
Imagens, tanto pano pra mangas...
(Juares de Marcos Jardim)
As alegrias não são pré-constituídas ao passo que não são eternas, são mero status transitório da vida humana.
Quando perco o sono de madrugada,
as horas parecem (e)ternas...
Penso e repenso caminhos,
sinto que não estou só
porque Deus não dorme.
Existem pessoas que nos exigem TANTO...Por mais que ofereçamos, nunca parece suficiente. ETERNAS INSATISFEITAS. #Oremos por elas.
Te proponho a loucura
Digas que me propõe teus beijos
Te proponho noites eternas
Digas que me propõe teu sabor
Deslizarei entre tuas pernas
Te arrancarei gemidos ao cair da noite
Ao som de tambores africanos
Em meios as chamas, tu me chamas
Com olhar penetrante a me enebriar
Serei teu poeta
E você, minha mais bela poesia
Eternas horas no sertão
Um convite, uma aventura, Já era tardezinha quando cheguei à casa do Tio João e Tia Maria. Um Casebre daqueles dos contos de fada, a beira de uma Mata às margens de um Rio lindo e maravilhoso que nascia em meio ao Sertão. Fui recebido logo na Porteira pelas belezuras de meus tios, casal abençoado, um abraço tipo aquele que a gente nunca esquece, me afagaram com carinho. Logo na porta da sala pude sentir o cheirinho de comida de tia Maria, era frango caipira que estava na panela a cozinhar. Minha fome era de leão, afinal a viagem tinha sido longa, e eu não via a hora de sentar a mesa para deliciar aquele frango que exalava um cheiro delicioso no ar. Na sala da casa, muitos quadros, Santos e flores. Tia Maria me levou até o quarto onde eu iria pernoitar muito simples mais aconchegante, somente naquele momento pude perceber que na casa não havia luz, ao lado de minha cama estava uma lamparina a qual seria a minha luz. Seguido me mostrou o banheiro que ficava do lado de fora da casa na varanda. Peguei minha tralha e a Lamparina e fui tomar um banho para tirar a poeira do corpo; o frio era de lascar e o chuveiro estava uma delicia, feito com serpentina água quente em abundância.
Já Cheiroso e limpo, pontualmente as 18:00 horas, momento em que eu estava papeando com meu tio na sala, Tia Maria gritou lá da cozinha: João traz o sobrinho pra jantar. Visão deslumbrante sobre a mesa, um franguinho caipira a moda da roça, banhado em um caldo madeira acompanhado de um arroz soltinho e feijão, tudo feito na hora e no fogão de lenha. De lambuja acompanhava uma abobora verde refogada e umas batatinhas do tipo cosidas e depois fritas. Nunca comi tão bem na minha vida. Logo seguido aquele jantar maravilhoso, Tia Maria serviu um cafezinho bem quentinho, feito com café colhido e moído na roça.
Depois o Tio João pegou o seu banquinho de madeira e a lamparina, o levou junto ao fogão de lenha, me convidando a fazer o mesmo. Logo Tia Maria se posicionou ao lado do Tio João, e iniciamos um bate papo maravilhoso. La pro meio da conversa Tio João me perguntou se eu acreditava em assombração, “ vixi pensei comigo, isso não vai prestar”; mas enfim como tudo é aventura dei continuidade a conversa sugestionada pelo Tio João, e respondi que não acreditava. Foi a pior coisa que eu fiz naquelas 24 horas que visitava e convivi com meus tios sertanejos. Tio João que tinha mania de falar alto e em bom tom, como uma metralhadora começou a contar-me história de arrepiar o cabelo, e todas eram confirmadas por Tia Maria(Não é mesmo Maria, dizia ele sempre), que de vez em quando dava uma bela gargalhada ao perceber que eu me sentia amedrontado com as historias do tio João.
Tia Maria por volta das oito e meia da noite disse ao tio : João larga de bobagem já e tarde vamos dormir que o menino esta cansado, e amanha a labuta é brava. Nesse momento fiquei desesperado, dormir tão cedo, será que eu iria conseguir; minha mente estava atordoada de tantas histórias horripilantes, de lobisomens, de mula sem cabeça, de bruxas do mato, enfim eu estava literalmente “cagando nas calças” sob o domínio do medo devido as historias do Tio João. Mas fazer o que ficar sozinho na cozinha a luz de lamparina é que eu não iria, corri pro quarto antes que o tio e tia se deitassem, e me enrolei de uma maneira na coberta deixando apenas minha boca para fora para que eu pudesse respirar, lógico com a lamparina acessa. Mas de maneira alguma eu consegui dormi, e pela fresta do cobertor eu podia perceber a luz trêmula da lamparina, horas eternas que nunca passavam e o sono que não vinha, e isso me assustava cada vez mais. Minha imaginação só havia vagas paras as historias do Tio João, foi quando de repente a luz da lamparina como mágica , pimba apagou. Fiquei em ponto de gritar para que o Tio João ou a Tia Maria levantassem e ascendesse novamente a luz da lamparina do meu quarto. Mas pro tio e pra tia eu tinha fama de durão, resisti e fiquei ali me torturando, a hora nunca passava, foi quando começou o calor a tomar conta de mim embaixo daquelas cobertas, senti minha respiração ofegante, o ar já me faltava; mesmo assim eu resistia todo aquele sofrimento. O Tic TAC de um relógio ao longe, era a única coisa que eu ouvia, quando algo bateu na janela de meu quarto, nesse momento eu arranquei toda coberta da cabeça num susto, e num susto eu cobri novamente pois era somente escuridão, tudo que eu pude ver era um breu. O pânico tomou conta de mim, quando por volta da meia noite o galo cantou, e segundo o Tio João que na suas historias havia mencionado, que quando o galo cantasse meio fora de hora, ou seja por volta da meia noite era sinal de que os mortos estavam a perambular noite adentro. Foi a gota d”água , já todo molhado de tanto suar embaixo da coberta comecei a invocar todos os santos que eu conhecia, e as horas passavam lentamente e foi quando acabei por fim cochilando alguns minutos. E em meio a um pesadelo novamente estava eu acordado, em um quarto totalmente escuro e silencioso, desesperado para que o dia amanhecesse logo. Já pela madrugada adentro, quase morto de sono mas atormentado por pensamentos insanos, comecei a sentir uma enorme vontade de ir ao banheiro, e foi aumentando, aumentando; e eu lembrei que o banheiro da casa existia, mas estava do lado de fora na varanda. O que fazer agora pensei comigo, eu já não agüentava mais toda aquela situação, o desespero foi tomando conta de mim, a vontade de urinar era algo incontrolável, mas meu medo parecia maior; foi quando ouvi um rangido de porta, seguido passos que vinham em direção a cozinha e ao meu quarto. Em um gesto de puro heroismo dei um pulo e cai em pé ao lado da cama, foi quando vi uma luz passando pela porta de meu quarto, que alivio era o Tio João que estava indo ao banheiro. Eu sai em disparada atrás do Tio João, momento em que ele indagou: vai ao banheiro!, respondi prontamente sim, novamente ele indagou: se quiser pode ir na frente eu espero aqui, pegue a chave da cozinha que esta pendurada na porta e o banheiro e na varanda. É claro que ir sozinho La fora em meio a escuridão, a loira noiva morta viva que morreu na encruzilhada poderia estar me esperando, fui não, e com isso primeiro foi o Tio João que saiu com a lamparina na mão enquanto permaneci na cozinha, e ao ouvir o ranger da porta do banheiro se abrindo sai correndo pra fora e pulei dentro do banheiro, e o Tio João fez a cortesia em me aguardar com a lamparina na mão. Foi a mijada mais gostosa da minha vida.
Voltei pra cama mais conformado, ascendi a lamparina e ajeitei pra ela um lugarzinho especial para que não se apagasse novamente. Peguei no sono; sono que não demorou nada, foi quando escutei o Tio João conversando com Tia Maria, já estava na hora de levantar. Pensei comigo, mas que vida sem sossego leva essa gente. Permaneci na cama por mais algumas horas e acabei acordando com o cheiro de café, acompanhado de um aroma de bolão de milho. Não resisti e levantei-me, Tia Maria cumprimentou e disse: dormiu bem meu filho, respondi prontamente: como um anjo Tia Maria.
Tião já havia feito a ordenha do gado e estava na lavoura. Almocei , e voltei para a cidade. Com isso aprendi, que a vida simples da roça e um conto de fadas, de bruxas, um mundo de sonhos e de bons momentos. Viver essas fantasias me levou-me acreditar que até nos confins do sertão é preciso coragem e criatividade para sobreviver. Tio João e Tia Maria as coisas mais simples da vida são as mais extraordinárias, e só os sábios conseguem fazer com que a gente possa vê-las ou imaginá-las.
Nenê Policia...
Certas coisas a gente até perdoa, mas é impossível esquecer, deixam marcas eternas em nossos corações, e no fundo todos somos feitos disso: marcas. Marcas de bons momentos que passaram e não voltam mais, marcas de pessoas que nos magoaram, marcas de pessoas que entraram e saíram da nossa vida. Marcas de sonhos que não se realizaram, de objetivo que não se alcançaram e de promessas que não foram cumpridas. E são essas marcas que definem quem fomos, o que fizemos e deixamos de fazer e elas que definem se o que passou valeu a pena ou não. E são essas marcas que nos impedem de cometer erros passados ou que nos incentivam a cometê-los. A vida é feita de marcas, de momentos, de decisões. Então procure fazer suas decisões com o coração, porque tudo que é de coração vale a pena, e tudo que vale a pena faz bons momentos, deixa boas marcas e as melhores lembranças.
Todas as atitudes se tornam eternas, só que não estaremos mais aqui para vê-las acontecer, e nem para nos orgulharmos de ter vivido.