Amizades Antigas
Apesar de bonitas e modernas,
Estas máquinas fotográficas atuais
Não me agradam.
As antigas me fotografavam bem mais jovem.
Fico idealizando metáforas antigas
Para uma antítese nova
E em busca do voo perdido, eu nasço na perda da palavra.
Fico mostrando dentes à toa
Para um sorriso que nunca ecoa
E em busca da liberdade, eu nasço imperfeito na madrugada.
Paixões antigas são boas apenas para lembranças, as cicatrizes já não incomodam mas temos que ter cuidado com novas!
Daqui pra Frente
Me desprendo de amarras antigas em busca de uma vida um pouco mais feliz. Arrisco sem receio e tento não levar em conta os pensamentos dos outros.
Pautei meus passos sempre nas pegadas de outros e apartir de agora quero deixar as minhas próprias na areia...
Toda as historias tem um fim
Ate mesmo aquele reencontro vivido no tempo das antigas.
Aquela menina que se entendia provando do verdadeiro amor
Que jamais pensaria que ia houver uma ocorrência de modo tão inocente
Passados tempo corriqueiros, com muito afastamento
Veio a se encontrar com amor que já em sua mente viraria lenda.
Ao passo que sentou-se ao seu lado o coração de forma estranha se comportou
Inesperadamente, com agilidade do saber de quem amava
Sem jeito de fala ou ate mesmo interpreta aquela sensação
Não reclamaras, olhava no olho e sentia a firmeza das raízes da flor
Por mais frágeis que sejam tem uma beleza infinita na sua inocência
Horas ao lado da pessoa mais amada que foi escondida na escuridão do anoitecer
Foi então os minutos que duraram horas,
A aproximação se envolvendo em ritmos iguais
Concentração para não fala ou deixa de lembra ao menos as palavras corretas
Que de forma inconseqüente, se embaralha na mente
O calor do seu abraço vem aquecer a alma congelada
No momento esperado certo da corrida sem sabe se e certo
Que se entrelaça o desejo de encostar a sua boca a outra
Calafrio no corpo, consciente perdido
Pause no mundo...
Ao passo que isso acontecia,
De repente veio duas meninas belas pulando sobre a cama
Que assim dizia
-Mãe!Mãe...acabo de chegar um telegrama.
Abrindo o telegrama veio a ler
- ainda esta gravado em minha mente, todos os momentos quando nosso amor era inocente
passo o tempo e estou aqui, após anos de tratamento, meu amor não teve cura.
Ainda tive tempo de escreve ao menos para na hora da partida você vim a lembra das minhas palavras
Te amo.
O homem dessa historia foi vitima de um acidente.
No hospital sem muito tempo para viver
Veio escrever uma carta
Lembrando da amada que jamais deixo de te ama ...
Pois não vives em vão corra atrás das vontades não se arrependa não tenha medo
Apenas deseja ...
Somos, de fato, feitos das estrelas. Nossos átomos foram forjados no interior de estrelas antigas que terminaram suas vidas em paroxismos espetaculares de explosões de supernovas que dispersaram esses átomos no espaço, onde se fundiram em novos sistemas solares com planetas, vida e seres sencientes capazes de tal conhecimento sublime e sabedoria moral.
Ilha
Na rebentação em fúria
Lembranças antigas despertam
Em ciclones e tormentas.
Maré alta, noite inteira
Clama ventos, que a norte chegam
Bramindo desassossegos
Protestos por Selena ausente,
Em édredons, escondida
Eu e a ilha, somos um só
Fustigados num inferno
Em tempestades de inverno
Estrondos retumbantes
De memórias que chagam mentes
Na calada dos silêncios
Até que Selena apareça
Para que o vento se acalme
E, enfim, eu adormeça.
Eu e a ilha, somos um só!
Em noites de lua cheia costumo observar o céu e me perguntar aquelas questões antigas, que ainda hoje intrigam a humanidade. De onde viemos? Para onde vamos? Estamos sozinhos?
Você
Sempre penso em você
Sinto saudade
Adoro seu jeito de falar
Sua voz e suas gírias antigas
Você gosta de contar histórias
As conta bem, se expressa bem
Tem olhos expressivos
Eles mostram bem o que sente
Gosto quando você me olha e me toca
Seu olhar transborda sentimentos
Seu toque me aquece
Você e eu, nós
Somos calor, desejo, vontade
Saudade.
VENDO
1. dores antigas
2. quase mortes
3. falsas epifanias
4. medo de escuro
5. medo do fim do amor
6. sorte no jogo
7. sustos
8. panturrilhas inchadas
9. ressacas
10. azias
11. unhas quebradas
12. cacos
Olho para as fotos
Escuto as músicas antigas
E parece que tudo se complica
Os dias passaram
E não é mais igual
Foi perdido os momentos
Em meio ao tempo
Tudo se tornou lembranças
E perdi aquela velha esperança
De poder viver
Sem a melancolia na minha vida
Coleção de pensamentos
Alguns colecionam fichas
Moedas de outros países
Moedas antigas de sua própria pátria
Antes eu pensava colecionar livros
Porém eu os leio
Passou anos e não colecionei foi nada
Até onde recordo é assim
Passa tempo em tempo e continuo migrando
Todos os meus pensamentos são tão vivos que parece traçar o caminho das fábulas angustiantes
Nem tudo é lixo e muito menos trevo de quatro folhas
Sorte só pra quem brinca de azar
Eu com minha sanidade
Brinco de pensar
Pensar que além túmulo não temos nada deste lugar
Não teremos mesmo
E onde iremos colocar a vida vivida?
Obituário.
A nova geração está sempre querendo ultrapassar seu tempo com ideias antigas enquanto não são capazes de formularem suas próprias opiniões.
Avançamos quando deixamos tudo para trás, mesmo as ideias antigas.
O cajueiro
O cajueiro já devia ser velho quando nasci. Ele vive nas mais antigas recordações de minha infância: belo, imenso, no alto do morro, atrás de casa. Agora vem uma carta dizendo que ele caiu.
Eu me lembro do outro cajueiro que era menor, e morreu há muito mais tempo. Eu me lembro dos pés de pinha, do cajá-manga, da grande touceira de espadas-de-são-jorge (que nós chamávamos simplesmente “tala”) e da alta saboneteira que era nossa alegria e a cobiça de toda a meninada do bairro porque fornecia centenas de bolas pretas para o jogo de gude. Lembro-me da tamareira, e de tantos arbustos e folhagens coloridas, lembro-me da parreira que cobria o caramanchão, e dos canteiros de flores humildes, “beijos”, violetas. Tudo sumira; mas o grande pé de fruta-pão ao lado de casa e o imenso cajueiro lá no alto eram como árvores sagradas protegendo a família. Cada menino que ia crescendo ia aprendendo o jeito de seu tronco, a cica de seu fruto, o lugar melhor para apoiar o pé e subir pelo cajueiro acima, ver de lá o telhado das casas do outro lado e os morros além, sentir o leve balanceio na brisa da tarde.
No último verão ainda o vi; estava como sempre carregado de frutos amarelos, trêmulo de sanhaços. Chovera; mas assim mesmo fiz questão de que Carybé subisse o morro para vê-lo de perto, como quem apresenta a um amigo de outras terras um parente muito querido.
A carta de minha irmã mais moça diz que ele caiu numa tarde de ventania, num fragor tremendo pela ribanceira; e caiu meio de lado, como se não quisesse quebrar o telhado de nossa velha casa. Diz que passou o dia abatida, pensando em nossa mãe, em nosso pai, em nossos irmãos que já morreram. Diz que seus filhos pequenos se assustaram; mas depois foram brincar nos galhos tombados.
Foi agora, em setembro. Estava carregado de flores.
Revirando as mensagens antigas percebo que perdi a minha menina, a garota perfeita, o pior é que eu nem percebi.
Eu sou do tipo de pessoa que do nada vem aquelas músicas antigas na cabeça e você quer escuta o dia inteiro a mesma música tipo casinha de sapê - Jorge Aragão
A vida se repete em cansativas lembranças, lembranças que de tão antigas, ja se apresentão em preto e branco. Morenos cada dia um pouco. Eu hoje so quero esquecer, esquecer o motivo da minha ilusão, Quero esquecer o que eu queria, quero apenas encontrar resposta para minhas eternas interrogações . Daqui a pouco talvez eu esqueça, talvez algum dia eu esqueça, Quem sabe uma amnésia aconteça. A lua, me expreita pela janela e me fala baixinho . Deite a cabeça em seu travesseiro, não leve para seus sonhos duvidas. Pois amar ainda é o melhor da vida . Boa noite.