Amizade Professor
Pária
Pobre professor
persiste por pronunciar
palavras pelo prazer
para pessoas precárias,
presumidas, pretensiosas,
perdidos pela profissão
por preço pequeno
peleja por pouco,
pelo pregão,
prega pelas primeiras
páginas para pôr-do-sol,
pretendendo pular
percalços prisioneiros
para pôr prelúdio
pelas próximas pessoas,
perto permeia pressuroso
permitindo pegadas
persistentes provocadas
pelos pormenores,
piratas perseguidos
pelas pessoas pretensiosas.
Professor pária!
Pária para as pessoas
perseguirem pelo
pretenso poder.
Preceptor, petrifica preceitos.
Pária putrefeito!
Putrefato pária!
autor: Professor Luiz Antônio Damasceno
Aprendi a cantar sem professor, com a graça de deus eu sou completo.
Você vem me chamar de analfabeto, exibindo o diploma de doutor,
No congresso que eu for competidor, vou ganhar de você de dez a zero,
Seu doutor eu vou ser muito sincero, se eu deixar de cantar não sou feliz,
Ser poeta eu sou porque deus quis, ser doutor não sou porque não quero...
Ao meu querido professor...
Eu confesso – Poucas são as pessoas que gostam de mim – pois não sei fingir.
Tenho uma alma revolucionária, ao extremo, e me provocam agonia e pesar tantas manifestações desumanas e miseráveis.
Ultimamente tenho pensado a respeito disso e cheguei a algumas conclusões.
Antes de tudo, devo ponderar sobre a facilidade e destreza que certas pessoas encontram em serem mesquinhas, pobres de espírito, baixas moralmente e desfavorecidas em intelecto. E isto não é marca de classes menos abastadas; pelo contrário, vejo cada vez mais pessoas que se dizem “endinheiradas” cometerem barbaridades contra as condutas da boa educação.
Exatamente isto, talvez mesmo por se taxarem “endinheiradas”. Possuem apenas dinheiro, folhas ao vento, mas sem nenhum valor espiritual, sem qualquer civilidade social ou condições normais e saudáveis de raciocínio .
E, realmente pensando sobre isso, sentindo-me envolvida por um mundo caótico e sem freios de cidadania, me surpreendi com a existência, bem nítida, de pessoas raríssimas, que diante de tanta falta de educação, indignidade e lixos humanos, conseguem se fazer “luzes” aos olhos alheios. Conheço poucas pessoas assim, mas tenho orgulho de suas existências presentes e coexistentes à minha vida.
Uma dessas pessoas? O meu professor de literatura. Seu nome pode ser dito, sem receios: Osmar Oliva.
Não estou escrevendo sobre o assunto para alçar elogios de ordem prosaica ao nobre docente. Quero apenas, diante de tantas desfavoráveis experiências humanas, citar apenas uma das poucas que pode ser digna de louvor.
Bem... O professor e doutor Osmar Oliva é alguém que se atém a comentários pertinentes à sua disciplina, ao conhecimento científico de sua área e também de outras, e nunca à comentários extraclasse. Respeita nossos horários de início e término de aulas, mesmo que alguns necessitem sair mais cedo para conseguir condução, o que ele entende perfeitamente.
Mas o que me chama mais atenção nele é a maneira de ser humilde e voraz, simultaneamente, em seus discursos. É humilde ao apontar nossas falhas de maneira coesa e ética, é voraz em nunca atingir um desafeto com más palavras, antes com boas palavras aos que à ele parecem pertinentes. É exatamente isso que me encanta em sua fala.
O professor derrota verbalmente, com uma oralidade magnífica, os tons alheios de arrogância e desumanidade. Ele declara, de um modo não-verbal, olhos de superioridade à ignorância que persuade os mesquinhos, e parece conseguir vê-la ao longe, como algo que não quer atingir nunca, pois sabe que estas banalidades pertencem apenas aos tôlos.
Então, eu utilizo agora um grande clichê: “Quero ser como ele, quando eu crescer.”
Quero que minha alma atenha-se acima das coisas mundanas, momentâneas e que coexista na delicadeza da nobre linguagem humana. Desejo mais afetos que inimigos e quando não puder tê-los nessa ordem, desejo o silêncio, somente. O meu e o alheio.
Que eu esteja, sempre, acima das coisas e das pessoas pequenas. Que eu apenas sinta que passaram por mim, como o vento, por mais que o vento seja dotado de uma positividade enigmática. Apenas peço a Deus que me dê forças e coragem para não responder aos medíocres, que ocupam suas vidas e suas podres almas de tanta sordidez e futilidades, da vida alheia, da inveja ao mérito dos justos.
E por isso também que estou escrevendo. Por que parece tão fácil responder com grosserias à pessoas baixas e tão difícil assumir a nobreza de caráter de apenas uma, quando a encontramos em nossas vidas?
Escrevo para dizer ao professor Osmar e às raras pessoas como ele que sinto orgulho de conhecê-los, de tê-los tão próximos, para que talvez eu consiga absorver e aprender coisas boas. Escrevo para que estas poucas pessoas possam ter a certeza de uma admiração verdadeira e saudável, porque são dotados de atitudes saudáveis e justas.
Escrevo para não perder meu tempo com pessoas ou coisas fúteis. Prefiro preencher minhas horas com palavras afetuosas e puras.
Neste semestre, essencialmente, entre tantas decepções e desprazeres, pude conhecer uma pessoa maravilhosa, que com certeza ofuscou e apagou muitas tristezas, muitas lágrimas, não só minhas, mas de muitos colegas... Com a sutileza de suas considerações, com sua evocação e admiração machadiana, com seus apontamentos sobre a sedução da escrita, com sua postura lúcida e perfeita, com a aura do professor realista e espontâneo. Passei a amar a literatura, passei a ler Machado de Assis. Quero ter como exemplo pessoas excelentes e íntegras!_________________________________
Ser professor é uma profissão maravilhosamente gratificante, porque depois de cinco anos de muito "aprendizado" temos direito à idílica ociosidade.
PROFESSOR
Louvado seja Nosso Deus
Pela sua paciência aquática;
Capaz de contornar as revoltas
E amolecer os corações.
Que bom! Você existe!
É nosso(a) colega e educador(a).
Como a chuva revitalizante,
Entusiasma os “fracos” e “tímidos”.
Obrigado por ser
A companhia saudável
Que os pais buscam
Para suscitar a sabedoria.
Parabéns pelo seu dia,
Parabéns pela sua alegria,
Por ser um exemplo
De que vale apena viver.
(Autor: Mário Joaquim Batista)
As Sete Saúdes do Professor
“...O verão há de vir/Mas virá só para os pacientes/Que aguardam num grande silêncio corajoso/Como se diante deles estivesse a eternidade.../”
Rainer Maria Rilke
Para o Poeta Paulo Benedicto Pinheiro(In Memoriam)
O professor, mais do que ninguém, a cada ano letivo, incorpora a sua nova e preciosa cota de recursos humanos, cada vez mais fragilizados pelas múltiplas falências (Deus, família, sociedade, consumo). Mesmo ganhando muito menos do que deveria (tem de ser inteligente para passar num concurso público difícil e algo bobo para aceitar o que o estado neoliberal paga), praticamente vive dançando no fio da navalha do seu encargo e entorno sociocultural com carências múltiplas também (escola pública camuflada em seu proposital sucateamento; classe média falida pelas resultantes do último amoral e inumano plano econômico). Por isso, tem de estar cada vez mais afinado com as chamadas Sete Saúdes. Como profissional de alto gabarito que sempre precisa ser e mostrar que é — afinal, todo mundo teve um maravilhoso professor na vida — e, sem dúvida alguma, como ser humano desta safra contemporânea, mas, acima de tudo, com respeito profissional próprio, o professor tem de estar antenado, se reciclando sempre, e ainda cuidar do corpo para a mente estar com amplitude ativa e a aula ser gostosa dentro do processo de ensino–aprendizagem, já que quem sairá ganhando será a clientela escolar carente, sempre fito precípuo da educação como um todo.
01. Saúde Físico-mentalO professor tem de andar rotineiramente e com prazer; fazer exercícios orientados e caminhadas sadias; relaxar da correria rotineira, cotidiana; viajar sempre que possível; passear aproveitando a caminhada; talvez fazer ioga; procurar alimentar-se bem e dormir tranqüilo; fazer terapias, se preciso for, para segurar o árduo batente do trabalho pesado em duas ou mais escolas, tentando sobreviver e permanecer ético para sonhar com um humanismo de resultados, sob o enfoque de uma visão plural-comunitária que lhe deve ser inerente, peculiar.
02. Saúde FamiliarO professor tem de ter um estabelecimento residencial muito além de um simples endereço residencial com número ou código de área, uma casa gostosa para chamar de sua, um pacífico lar, doce lar, pois o hábitat de um ser humano é quase a sua pele vivencial mesmo. Procurando morar razoavelmente bem, em espaço tranqüilo, o professor terá o seu refúgio para cismar e pensar com a devida serenidade para, assim, sempre no aconchego do lar, repor as energias em seu espaço todo próprio para ser referencial.
03. Saúde FinanceiraO professor tem de saber gastar, poupar, economizar, pesquisar preços, sacar abusos midiáticos na área consumista, evitar gastos desnecessários, mas, ainda assim, ter a consciência de que o ofício é uma espécie de missão. Procurar, na medida do possível, fazer o que gosta nesse campo de trabalho, pois, na verdade, nunca vai ganhar bem como deveria e precisa. Então, não pode entrar nessa de consumo desenfreado, apesar de precisar ter uma vida minimamente digna, que o exemplifique como a importante figura histórico-social que tem sido desde os primórdios dos pedagogos da Grécia antiga.
04. Saúde SocialO professor é um ser social (Kant), como é também um animal político (Sócrates). Portanto, deve saber mais do que ninguém cultivar amigos de qualidade — que são ótimos seres humanos, principalmente —, freqüentar um clube para espairecer, ter um convívio sociofamiliar de qualidade, ser participativo socialmente, falando também fora da sala de aula e da unidade escolar, comprar causas pela paz e convivência harmoniosa e bancar mudanças ético-humanitárias, como o ser cidadão que é, com uma visão de justiça que o qualifique e represente bem.
05. Saúde IntelectualO professor pensa, logo, é docente, logo, existe e, por esse afazer, multiplica a informação, reproduz a ciência, pesquisa a dúvida, domina a técnica salutar, é politizado porque vota bem e certo, precisa ler jornal todo dia, ler ótimos livros — a melhor pedagogia é o exemplo —, fazer cursos o tempo todo, ficar atualizado e atuante, ir ao cinema, curtir novidades, ouvir uma boa música que o nutra, montar exposições de afazeres peculiares, assistir a palestras de novas metodologias e técnicas instrumentais para a docência contemporânea, demonstrar que é um profissional acima da média e que, por isso, pode exigir muito no seu foro de debate representativo, com boa dialética e conhecimento da causa que abraçou com méritos e perspectivas.
06. Saúde EspiritualSim, o homem tem razão, mas tem alma; logo, é um ente espiritual. Imagine-se então um professor, que é educador, mestre, referencial de qualquer meio. Precisa cuidar da alma, não necessariamente só pelo viés de uma igreja — “ama a teu próximo como a ti mesmo”, diz a filosofia dos evangelhos —, mas ter a consciência tranqüila e a fé em Deus, a sensação do dever cumprido, de ter dado o melhor de si, de ter feito o seu melhor, de ter sabido lidar com os seus alunos com tantas seqüelas sociofamiliares, de não precisar ser cobrado para ser completo e idôneo, fazer ações comunitárias, fundar ONGs que pensem em responsabilidades cidadãs entre riquezas injustas, lucros impunes, propriedades, roubos; afinal, como dizia Saint-Exupéry, o essencial, que às vezes é invisível aos olhos, se vê bem com o coração...
07. Saúde ProfissionalE, por fim, o professor tem de estar afinado com a cultura, as artes em geral e, principalmente, com as áreas de sua matéria-conteúdo. Estar sempre alerta e reflexivo, estudar sempre — como em qualquer profissão —, buscando se especializar em múltiplas didáticas; programar aulas variadas, gostosas — o aluno tem direito a isso; trocar idéias com colegas de mister, sendo representativo de seu meio, com uma releitura toda própria das “aprendências” e dos letramentos, como instrumentos de evolução, como profissionais de carreira que querem deixar sua marca, deixar seu lastro, fazer o melhor sempre. Afinal, alunos são mensagens de amor que mandamos para o futuro, e somos partes essenciais do verbo “ensinar-aprendendo”.Professor, caia na real. Respire, não pire. Relaxe, não ache (chega de “achismos”). Medite, não dite. Abrace, não force. Você é o mais importante átomo do todo que é o Universo. Se aceitou essa obrigação, não se desgaste nem brigue, obrigue-se. Odeie o ódio. Refaça o fácil. Não reclame, ame. Faça de sua vida uma tábua de esmeraldas. Afinal, somos todos anchietas nessa seara de formadores de opinião, de questionadores de políticas ímprobas do poder público, mas devemos também dar os nossos exemplos de vida e sermos fiéis aos nossos sábios propósitos, com amor e com saúde, muito além de uma solidão incendiária, mas sempre como grãos de mostarda dentro do coração dos alunos, que são templos de nossa sagração existencial de vida humana.O sucesso de todo grande profissional realizado é porque teve um ótimo professor lado a lado...
Saúde, professor!
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Silas Correa Leite – Itararé-SP – Teórico da Educação, Jornalista Comunitário, Coordenador de Pesquisas em Culturas Juvenis pela FAPESP-USP, Conselheiro em Direitos Humanos (SP), Prêmio Ligia Fagundes Telles Para Professor Escritor, autor de Campo de Trigo Com Corvos, Contos, Finalista do Prêmio Telecom, Portugal, livro à venda no site www.livrariacultura.com.br – Bleogue: www.portas-lapsos.zip.net
(Um dos dez mais do UOL em 2008) – Site: www.itarare.com.br/silas.htm
E-mail para contatos: poesilas@terra.com.br
Existem duas vidas, uma que vivemos das quais a realidade é o professor e a outra sonhamos viver, e que nem sempre acabamos de vive-la.
A noite, o professor da longevidade das horas, da paz e da calma, mas os seus piores alunos são aqueles que almejam antecipadamente as mudanças.
Se um professor te abrir uma porta, faça-me o favor, só entre se houver o real interesse de aprender.
Ler é um ato social. Hoje sou professor e meu ofício é ler. Leio tudo, leio de tudo. Chitãozinho e Xororó dizem: Nascemos para cantar.
Eu digo: Nasci para estudar. Estudo todos os dias. Quando preparo uma aula estou estudando. Quando dou uma aula estou estudando. Quando corrijo uma prova, estou estudando. E o melhor de tudo. Sou pago para isto.
Sou um profissional das letras e posso dizer com muita fundamentação que ler é um ato social. Há poucas semanas recomendei na sala de aula que os alunos lessem a obra de Agatha Christie "O caso dos dez negrinhos". Qual não foi minha surpresa quando uma aluna retornou no dia seguinte e disse. Professor, estou lendo o livro e gostei muito.
Através da leitura interagimos e modificamos a sociedade. É muito importante tentar fazer uma seleção de boas obras. Porém o leitor é quem julgará se o livro é bom ou ruim. Você pode até não gostar de Paulo Coelho mas ele é o escritor brasileiro mais vendido no mundo. Isto significa que muita gente gosta dos livros deles.
"Não indique livro ruim para seu aluno. Pode ser a sua primeira e última leitura."
Antes de oferecer clássicos para o seu aluno, ofereça livros populares que despertem o amor pela leitura. Ler é um exercício. Para nos tornarmos bons leitores precisamos ler sempre. Após adquirir o hábito da leitura, poderemos começar a estabelecer critérios próprios e nos encaminharmos para a leitura dos clássicos.
Prof. Nilo Vieira - 2015
Falar de Jesus não faz uma pessoa salva assim como um professor que ensina o beabá a um futuro médico .. não o faz médico.
#FlaviaLeticia
A ficha técnica de alguns estudantes só cai quando o professor deixar a sua ficha abandonada no chão.
O tempo é o melhor professor para um aprendiz que se priva das coisas verdadeiras, para se aprofundar em uma ilusão