Amizade e Saudade
Tenho que conviver com a solidão pois essa é a coisa mais certa a fazer. Não quero me perder na emoção e é assim que quero continuar a viver.
*Lírico Soneto*
Tum...
Tum tum...
Tum tum...
Assim se faz a mais bela das melodias que um dia eu pude escutar.
O som que vem de dentro do peito, do sublime soneto que me postes a criar.
Quando jovem me criei, por alguém me apaixonei ao primeiro olhar.
Por fim me casei, meus filhos criei sem ao teu lado estar.
Pois por mais bela que seja a vida, tão injusta e corrosiva seu coração ela fez parar.
Até hoje me lembro, o quão calmo se tornou o tempo quando ele pouco a pouco parou de pulsar.
Me debrucei sobre teu peito, afim de ouvir pela última vez este soneto que agora nas estrelas eis de brilhar.
Não sei como, mas de alguma forma você consegue ser exatamente tudo que eu preciso. Esse teu jeito todo de ser que parece ser tão meu, feito pra mim. Tudo em você me salta os olhos, me encanta, me deixa bobo. Você é a certeza de que ainda posso olhar a felicidade nos olhos. Eu até posso sentir o gostinho do futuro, doce como o teu beijo e perfeito como teu abraço.
- Eu amo arte.
- Sério? E qual a sua pintura favorita?
- Os seus olhos. Eles me transmitem uma paz que nenhum pôr do sol consegue expressar.
Estranho, não é? Você conhece pessoas novas, elas se tornam importantes pra você, e quando você percebe elas já são antigas na sua vida. A vida te junta às pessoas, e consquentemente você se apega. Mas de repente, a mesma coisa que te juntou às pessoas, decide te separar delas. Vai contra a sua vontade, contra os seus desejos, mas você não pode fazer nada, a não ser aceitar e sentir falta de tudo."
Se fosse questão de escolha a minha seria sempre estar ao seu lado...
Mas verdade , você Tem todo o direito de ir em frente e ser feliz, mesmo assim obrigado por transformar a minha medíocre existência, no melhor momento que eu já vivi em toda a minha vida
Ouvi você dizer que me ama nao tem preço, saber que se tornou recíproco tudo o que eu sentia por você foi maravilhoso...
Mas já sei que mais uma vez terei que caminhar sozinho no caminho aonde fui lançado...
Sonhar sozinho, acreditar sozinho, esperar sozinho, chorar sozinho, acho que já acostumei e nao te culpo por nada, voce fez a sua parte...
Por mais que eu sinta dor ainda tenho convicção do que quero, e acredito que esse sentimento foi Deus que colocou aqui dentro de mim e nunca será passageiro...
Eu te amo, e pra sempre vou te amar...
Memória da Casa (Fernando de Oliveira e Walmir Palma)
Não está no portão
a memória da casa,
nem está no porão,
onde tudo se guarda.
Se talvez no jardim
mora alguma lembrança,
erram doces ausências:
borboletas, crianças.
A memória da casa
jaz além da estrutura,
das paredes caiadas,
assoalho, nervuras.
Vejo outrora na alcova
afogada em cortinas
o rubor de uma rosa
e uma linda menina.
Onde foi essa alcova,
em que tempo se deu,
como entrou nessa história,
em que vão se perdeu?
Essa casa são muitas,
uma só todas elas;
o morar é a casa
com varandas, janelas.
As memórias são tantas,
tantos são os lugares
onde pousam lembranças
nesse lar, nesses lares...
A morte para muitos significa o fim de tudo. Mas, para os que perdem a quem tanto se ama, é apenas o começo de um amor incondicional, de uma saudade incontrolável, de uma alegria nas lembranças do passado, uma esperança de reencontro. Amor sem medida, um amor além da vida.
Me desculpa, mas de alguma forma eu achei que precisava te dar uma explicação, eu fui embora da sua vida e você já deve ter percebido (espero que sim). Escrevi para te dizer que o amor que um dia eu senti, fez as malas, pegou uma carona até a estação e entrou no primeiro ônibus que viu pela frente, sem sequer ler o destino. O amor foi embora, eu meio que mandei ele ir, a gente brigava sempre e a convivência já não estava fácil, mas não posso mentir que me doeu, eu até sai na porta, o vi pegar uma carona e desaparecer no horizonte. É isso. O amor acabou. No dia em que ele foi embora, eu acordei mais cedo, troquei as cortinas e os tapetes, pra disfarçar todo o estrago que ele tinha feito, coloquei uma musica calma para tocar, comecei a ler um ou dois livros, adotei um cachorrinho abandonado, voltei a ver desenhos e tomar sorvete. No dia em que ele foi embora, nem doeu tanto, a vida não estava fácil junto dele, eu cantava mais sozinho que cantor solo uma musica pra dois, as brigas eram inevitáveis, a gente sempre quebrava muita coisa e num dia desses eu acabei por me quebrar também, mais ele se foi e agora canto sozinho e sem plateia, em cacos espalhados pelo chão do quarto. No dia em que ele foi embora, agradeci a Deus pela paz, alguns minutos depois culpei o senhor por tanta solidão, era ruim com ele e é pior sem ele agora, decidi guardar as fotos numa caixa em cima do guarda-roupa e quis me guardar junto delas naquela caixa para ver se voltava naquele tempo, o amor foi embora e levou tudo o que tinha, levou parte de mim também. Sempre sobra comida, com ele aprendi a cozinhar pra dois e agora sobra arroz, feijão, beijos, abraços e lagrimas. No dia em que ele foi embora, fiquei sem saber o que fazer, o tempo não passava ou quem sabe o dia dobrou de tempo, e mesmo sabendo toda a dor que ele causava eu o quis de volta, os socos na boca do estomago e os nós na garganta e os cortes na alma nem doíam tanto, dói mais essa solidão que ficou depois que ele foi embora, a TV perdeu a imagem e o som, a agenda de contatos estava cheia de nomes e vazia de corações amigos, a internet caiu e ar ficou emperrado no mínimo ou talvez fosse toda a minha frieza se manifestando. No dia em que ele foi embora, eu aprendi a dor de desejar que não fosse mais do que um pesadelo, pobrezinho, amarrou uma trouxinha nas costas e seguiu sem olhar pra trás, talvez quisesse evitar meus olhos cheios de água que pediam perdão, minha boca num sorriso forçado que por dentro era ilusão, minhas pernas bambas que me impediam de dar um passo sequer para mudar alguma coisa, o amor não olhou pra trás, ainda bem, ele tinha o dom de me ver por dentro e naquele momento eu era ruína, poesia sem rima, canção sem som, eu era fim e ele era a continuação, a minha reticencias que foi embora e me deixou em ponto final. No dia em que ele foi embora, todo o tesouro do mundo seria dado em troca para que ele voltasse, mais eu não tenho muito, só umas moedas no bolso e muito vazio no coração, o mais triste de tudo talvez seja isso, o amor foi embora e não deixou lembranças. Alguém, não me lembro quem, disse que o viu embarcar em um ônibus diferente, daqueles que não levam gente e não tem destino final. Se um dia você o ver, perambulando por ai, me faça um favor. Diga que o quero de volta, porque o amor foi embora mais eu ainda o amo muito.
E ele sempre diz que sua nova namorada o trata melhor e o valoriza mas, só que ele não entendeu que do jeito que eu o amava, ninguém mas irá amar…
Lembranças são como passaportes que nos permitem viajar na máquina do tempo para reencontrar pessoas e reviver momentos. Na bagagem, levamos a mesma saudade.
Hoje seria seu aniversário, um dia que você amava e esperava ansioso sempre. Dia de comemorações com os amigos, de violão e risadas. Eu ainda lembro do último, perfeitamente! No sítio, rodeado de pessoas que te adoravam, muita música. Lembro da camiseta vermelha que te dei, de te chamar no quarto, entregar o presente e duas cartinhas, uma minha e outra em nome do meu irmão, escrita por minha mãe. Ambas inconscientemente com tom de despedida, de agradecimento, com pedidos para aproveitarmos mais tempos juntos. Te vi chorar, pela primeira vez. Um abraço profundo... gostoso... Queria poder te abraçar assim hoje, dizer parabéns, desejar muitos e muitos anos de vida ao meu lado. É triste não podermos comemorar mais um ano de vida, mas não deixa de ser um dia especial, não só pelas lembranças, mas também porque foi o dia em que nasceu o meu anjo. Te amo, pai! O dia 09/11 será eternamente o seu dia!
Desculpa se te magoei, desculpa se me magoei, mas me desculpe principalmente por não me arrepender de nada. Não me arrependo dos sorrisos que me roubou, das confusões mentais que me causou, das confissões que a ti fiz, dos ciúmes que nunca te confessei, das brigas terminadas em beijos, das brigas terminadas em lágrimas.
Me perdoe por não querer voltar no tempo e concertar, me perdoe se não mudaria uma vírgula. Me perdoe se eu tinha mais dúvidas que respostas. Me perdoe por sem querer me apaixonar. Na verdade, quer saber? Não, não me perdoe por nada. Não perdoe os beijos que eu te dei, não perdoe as palavras a ti atiradas, não me perdoe pelas músicas compartilhadas, não perdoe as conversas terminadas no ritmo do nosso sono, não perdoe os nossos momentos a frente do mar trocando sorrisos, não perdoe nossos olhares confidentes e jamais me perdoe por aparecer, por sumir, por simplesmente me fazer presente. Não perdoe as críticas que a ti fiz. Não, não perdoe, pois não me arrependo. Tudo que fiz estava sã, tudo que demonstrei estava ciente das consequências, tudo que falei estava perfeitamente concentrada em teus olhos para proferir todas as palavras que saíram de minha boca, todos os beijos que te dei foram perfeitamente doces e acompanhados do consenso, então, porque me arrepender dos 5 segundos mais duradouros dessa nossa história?
Sim, eu tenho medo quando você fica chateada.
Sim, eu tenho medo quando você não está ao meu lado.
Sim, eu tenho medo quando você vai embora.
Mas, felizmente me sinto seguro e confortável quando esta comigo.
Já memorizei o seu corpo todo
Pro caso da gente não se ver de novo
Doa a quem doer, essa é a verdade
Entre nós dois não cabe saudade
No estado decadente que eu tô
A tristeza decora essa casa
Eu sei que ninguém morre de amor
Mas cachaça e saudade mata