Amizade de Mãe
E ser pai e ser mãe – na manhã – na tarde e a noite. E ser pai e ser mãe – no amor e na direção da vida. E ser pai e ser mãe – como benção do céu – qual fogaréu tingido em mel daquele carrossel de estrelas.
Moreira Gomes 31
A casa habitada de carinho e de mãe. A casa rodeada de plantas e de mãe. A casa cheia de sol e lua e de mãe. A casa deteriorada pelo tempo e de mãe. A casa do fim de um ciclo e ausência de mãe.
Minha filha deixe sua mãe dormir!!!
Talvez a hora que ela acordar seja tarde,
quem dorme demais vive sempre atrasado ou perdendo o rumo da vida.
Ontem minha mãe ainda dormia.
Seu cérebro, essa maquina extraordinária que por seis décadas a manteve ativa, amorosa e a fez grande mãe, fantastica mulher, a pôs para dormir para se reconfigurar.
Nesse momento em que digito essas palavras, um frenesí de atividades se desenrola em seu cérebro.
Sinapses passam a acontecer em novas conexões de neuronios.
O caminho antes utilizado para que ela falasse, se movimentasse, se mantivesse ativa, esta sendo redescoberto.
Enquanto isso minha mãe descansa.
Temporariamente, é bem verdade, pois apesar de todo esse turbilhão de disparos elétricos, o cérebro de minha mãe sabe que, para sua dona, o descanso se dá no TRABALHO.
Hoje continuamos na expectativa do seu DESPERTAR.
O homem tem feito todo o possível para ajudar nessa reconfiguração cerebral, mas uma mão maior e mais poderosa está atuando.
Toda a Familia esta na expectativa do momento em que minha mãe ira acordar.
Amigos estão orando e ate anonimos estão nesse momento torcendo para ver a minha mãe de pé.
E isso VAI ACONTECER.
HOJE é o dia de seu despertar.
Para Deus o tempo nao há, A eternidade se dobra e se guarda como um pequeno grão de areia na sua poderosa e redentora mão.
Para Deus, o hoje ja aconteceu e nesse hoje minha mãe ja despertou.
Portanto so nos resta CONFIAR e aguardar pelo Seu tempo.
Por isso, volto a dizer: hoje minha mãe VAI despertar...
E se nao for hoje, amanhã, o hoje SERÁ!
Meu 35 anos não foi nada fácil de família pobre,uma mãe com 3 filhos de um outro relacionamento muito conturbado, não tive muita atenção da parte dela sempre jogada pelos cantos... Hoje sou uma pessoa triste tive muito problema na minha mocidade baixa auto estima, obesidade, timidez e para completar um amor platônico tudo de ruim para uma adolescente foi muito difícil essa época...depois perdi meu pai a melhor parte da minha vida era quando eu tinha ele vivo ( me sentia protegida) e ele se foi.
Mas ergui a cabeça e comecei a lutar fiz faculdade tive bom emprego eu tinha um sonho de ter meu próprio lar, conheci meu esposo um homem maravilhoso... tivemos uma filha linda que é alegria da minha vida e razão do meu viver ela em tudo o que faço está em primeiro lugar.
Arca
O pai diz para entrarmos em casa. A mãe reconhece o pedido justo no meio das gerações. O papa papa sete pares imundos. A aventura não passa de uma longa espera.
MÃE É COMO UM RAIO DE SOL QUE SEMPRE ILUMINA O OLHAR DE CADA CRIANÇA E O SEU SORRISO É COMO AS ESTRELAS QUE BRILHAM NO CÉU
"Já fui uma boa pessoa" uma filha que toda mãe quer ter , notas ótimas na escola e uma educação de dar inveja, e as únicas coisas que ganhei com isso foram "Amigos efêmeros e amores não correspondidos "...
"Já fui uma pessoa normal" Nem boa e nem ruim , e as únicas coisas que ganhei com isso foram "Amigos efêmeros e amores não correspondidos"...
"Já fui uma pessoa má" fiz coisas que nenhuma pessoa boa ou normal faria, e as únicas coisas que ganhei com isso foram "Amigos efêmeros e amores.".. amores correspondidos, porém, efêmeros...
"Hoje já não tenho a menor ideia do que estou fazendo nesse mundo"
Por muito tempo me perguntei "Vale a pena viver?". Hoje sei a resposta...
EU SEI COMO É NÃO TER ALGUÉM PRA SE DESPEDIR ...
Mãe, a + bela criatura q Deus criou, qem me fez ser o q hj sou, a + completa analogia do senhor, a + pura prova q existe o amor
A tua mãe me olhando como se fosse tu. Teu rosto no meu rosto. Eu sinto em mim todas as marcas da tua face. Tua boca se abrindo é o meu sorriso querendo surgir. Os teus olhos chorando são as minhas vontades que tu também sentiu.
Estar perto não é físico.
Os famosos e os duendes da morte
Todos Morreram
Todos morreram antes de meu nascimento. E minha mãe (Matilde Benevides Meirelles) se foi quando eu tinha apenas três anos. Fui criada por minha avó materna, Jacinta Garcia Benevides, nascida nos Açores, Ilha de São Miguel.
Ser mãe é curtir cada momento, cada oportunidade de estar sempre na presença de quem faz sua vida mais feliz.
Confesso: nunca gostei das covinhas
do meu rosto...Passei a amá-las,
no dia em que minha mãe
disse que eram os dedinhos de DEUS
me abençoando!
Comete um erro gravíssimo a mãe que se apega ao filho como uma Rafflésia. Possui a flor mais linda e imensa, mas penetra profundamente nas raízes de seus filhos, sufocando-os e tirando deles o simples direito de ter direitos. É a mãe maravilhosa que cuida, que dá a vida e que se hospeda eternamente.
Feliz da mãe que se faz desnecessária com o tempo.
SANGUE NA CRUZ
– EU NÃO CONHEÇO NINGUÉM COM esse apelido, mãe. Foi só um sonho, ou um pesadelo. Não era nada com que deva se preocupar. Eu nem me lembro do sonho.
A tentativa de justificar seus gritos falhou. Suzane não era tão ingênua para crer que não havia nada de errado no comportamento da filha; não depois do último sábado.
Os princípios fundamentais da convivência lhe diziam que, para uma pessoa mudar sua personalidade sem nenhuma justificativa aceitável, seria necessário um motivo bastante condizente com a situação em questão.
Quanto a Morgana, ela não podia tirar conclusões para si. Ela conhecia perfeitamente a filha.
– Morgana, por favor, me conte o que está acontecendo. Impossível não ser nada! Quem esteve aqui com você na minha ausência? Sua cama está na sala de estar!
Suzane havia conectado-os-cortes dos acontecimentos recentes. Sua filha abusava de um comportamento estranho desde a tarde de seu sumiço. Era sexta-feira e toda a semana fora desconcertante naquela casa. Caminhando com a lógica, para que a cama de Morgana estivesse na sala de estar, seria necessário desmonta-la e monta-la novamente; a casa era ampla e o quarto de Morgana ficava no fim do corredor. Elas não possuíam nenhuma ferramenta. Portanto, para que a mudança acontecesse alguém deveria dar o empurrão necessário.
O que aconteceu aqui? Por que minha filha está tão estranha? Será que falhei em sua educação? Sim. Eu devo ter falhado em algo. A culpa é toda minha!
O mar estava estranhamente calmo. O clima estava agradável. O fluxo de pessoas aumentava àquela hora da tarde. Perseguidor, sempre usando preto, caminhava tranquilamente.
Deniel Sanders, o Perseguidor, seguia para uma reunião de trabalho. Mais adiante, na orla da Praia da Costa, no que podemos chamar de restaurante chique, Carlos Margon estava a sua espera.
Cinco minutos seguiram até a mesa 10 do Opallazi Gourmet.
– Boa tarde, Sr. Margon!
O cumprimento de Deniel foi acompanhado de um belo sorriso relações-públicas; intencional à conquista de uma melhor posição do diálogo que estava por vir.
E viria.
– Sente-se.
Margon era um homem autoritário. Um metro e meio de altura, olhos verdes e orelhas grandes. Era feio. Usava um terno chumbo com uma calça preta, uma camisa também preta em gola V. Assim como Deniel, era careca.
– Pois não, Sr. Margon.
– Conte-me o que aconteceu desde o último sábado.
– Eu tenho observado a garota, Sr. Margon.
Sr. Margon suspirou profundamente e, antes de responder, fechou os olhos.
Por que este puto não vai direto ao que interessa? Otário!
– E...?
– A menina mora em um bairro simples no município de Cariacica, é alegre e gosta bastante de músic...
– Quero saber se a pestinha abriu o bico.
– Não, Sr. Margon. O nosso Nome da delegacia contatou-me dizendo que a mãe de Morgana Sorans, Suzane Sorans, prestou queixa do sequestro e exigiu uma investigação para o caso. Marcus Brass, que estava com ele na delegacia, rapidamente seguiu até a casa de Suzane para fazer algumas perguntas à menina e vistoriar a residência. Ela respondeu a todas as perguntas sem nenhuma dificuldade aparente. Mentiu sobre o sumiço e disse não recordar das feridas.
– Cachorra!
Carlos Margon pensou por um minuto antes de disferir uma retórica.
– O que se passa na cabeça dela?
– Suponho que ela tenha gostado da experiência, Sr. Margon – disse com um quê de eu-sou-o-tal. – A menina não reclamou à dor e não sentiu o corte.
Era verdade. Ele recordava perfeitamente. A experiência não havia sido marcante somente para ela. Ele não conseguia esquecer a maciez daquela pele. Ainda ouvia os gemidos calorosos de Morgana. Ainda sentia aquele sabor maravilhoso. Jamais se esqueceria dos momentos em que Morgana olhara profundamente em seus olhos. Aquele olhar penetrante que o estudava e ao mesmo tempo lhe pedia algo ainda mais intenso.
Como se estivesse cegamente apaixonado pela sensualidade da garota de dezesseis anos, ele ainda desejava mais daquele corpo. Sentia prazer em seus pensamentos. Adorava rever em seus pensamentos a imagem dela amarrada e amordaçar, ouvir o estalar do chicote, os gritos abafados, a pele estremecendo.
– No ritual, quem estava com você?
– O próprio Marcus Brass. Ele estava na gaveta e realizou o corte com precisão.
A cama em que Morgana estava amarrada era uma fabricação exclusiva da CASTIDADE usada somente em rituais da seita. Era revestida em aço inoxidável e possuía uma espécie de gaveta, onde um membro aguardava o momento da execução de sua função.
– Qual a quantidade aproximada de sangue recolhido?
Para que o ritual obtivesse sucesso, era necessário que recolhessem um dedo de sangue da vítima.
– Cerca de dois dedos, Sr. Margon.
Excelente!
– Deniel, Marcus notou algo na casa que para nós é familiar?
– Sim, Sr. Margon. A casa possui um crucifixo para cada cômodo, mas no quarto da menina, o crucifixo de sua cama estava invertido.
– Ótimo trabalho! Agora se retire.
Carlos Margon estava sorrindo como se acabasse de descobrir a sensação de estar contente.
Normalmente era um homem sério, de poucos amigos. Impaciente e controlador.
Que maravilha!
Suzane Sorans era uma mulher apegada às suas crenças. Não frequentava regularmente as missas, mas seguindo conselhos do Padre José Paulo Spinnotza, rezava em cada uma dos crucifixos dos cômodos de sua casa. Nos móveis, algumas miniaturas da santa de sua devoção. Ela limpava a cada um destes objetos sagrados com um zelo invejável. Mas, especialmente nesta semana, ao limpar as cruzes, elas estavam invertidas. Essas imagens a estavam assombrando quando retornou de seu devaneio.
– Morgana, como sua cama veio parar aqui?
Cabisbaixa, Morgana ergueu lentamente o olhar.
– Sozinha.
Um mísero sorriso surgiu no canto esquerdo dos lábios de Morgana.
– Quando?
Morgana estalou o pescoço e os dedos.
Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze.
– Esta noite.
Ela levantou a cabeça enquanto tentava esconder o sorriso.
– Mamãe, olhe – apontou com o dedo indicador para o corpo de Cristo no crucifixo que estava na parede do corredor.
Ao olhar, o corpo do Salvador estourou em mil pedaços.
Morgana gargalhou.
Assustada, Suzane virou-se para o crucifixo na cama da filha enquanto fazia uma prece.
– Pai nosso que estais n...
Estava invertida.
O som dos estalos repetiu-se em sua consciência.
Um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze.
Ela estendeu a mão para colocar o crucifixo na posição correta e ao toca-la, seus dedos umedeceram com um líquido vermelho.
Era sangue.
A mãe ignora o filho. O pai não estar mais presente, a família só liga para um futuro perfeito, ignorando-o também. Agora ele está sozinho? seu melhor amigo está preso, suas notas abaixaram, tudo conspira para seu fracasso.
— menos ele