Amizade de Infância
Realmente não é mais aquela menina que beijei quando pequena, quando vi você novamente, me deu uma nostalgia, tão grande, estava cada vez mais linda, senti muito quando tive que ir embora, pensei nela nos últimos anos que passaram, ela sempre esteve lá, apenas nossos caminhos que nunca mais se cruzaram, a vida é um frenesi descompassado que uma hora ou outra acabamos nos esbarrando, e hoje aquela menina doce virou uma mulher e uma mulher linda diga-se de passagem, mais os olhos ainda eram os mesmo de antes, sei que os beijos dela ficaram guardados comigo na minha memoria de criança, mais nunca esquecerei ela.
Houve um tempo em que andamos por terras mágicas e mundos desconhecidos.
Houve um tempo que a imaginação era sem limites e transcendental.
Houve um tempo, onde não eram os laços sanguíneos que nos unia, e sim a essência e a familiaridade de nossas almas sonhadoras.
Houve o tempo dos amigos se tornarem irmãos. Dos dias virarem noites, das noites virarem meses e dos meses virarem anos de convívio e amizade.
Houve um tempo que a conversa corria solta em meio a boas risadas.
Houve um tempo que chorar era preciso, e apesar da perda de um avô mais que querido, a coragem para seguir em frente se fez necessária.
Houve o tempo de vermos as tardes com a Disney na sala ficarem para trás, da pedra do reino se tornar boba e infantil, das princesas não mais esperarem por seus príncipes para salvá-las na casinha de boneca da varanda, dos digimons encerrarem suas evoluções, do Godzilla parar de derrotar a mothra (mas sem deixar de ser o rei dos monstros, é claro), dos dinossauros, legos e bonecos de super-heróis darem lugar aos livros para o tão inevitável aprender a crescer.
Houve um tempo de muitas mudanças, de uma nova casa, um novo bairro, de novos amigos, e ainda assim o companheirismo se seguiu com o nosso crescer.
Houve um tempo em que as coisas foram mudando, as responsabilidades de gente grande chegando e a gente se afastando. A gente pouco a pouco se falando e a angústia e as cobranças da vida adulta aumentando sem a gente se quer entender direito o porquê.
Houve um tempo que achei que era preciso lhe dar o tempo que a demanda da adolescência exigia de nosso adolescer, mas os dias se tornaram anos e nossa irmandade havia mudado. Não acabado, isso de forma alguma!
Mas hoje venho aqui pra lhe lembrar que... Como aquela deixa icônica de um filme incrível que marcou nossas tardes e noites na casa da vovó... "AMIGO ESTOU AQUI"... E não importa a distância, a hora ou mundo paralelo que nos separe, estou aqui por você caso precise. E mesmo que não seja preciso, saiba que enquanto este que vos fala viver ficarei afortunado em te chamar de amigo/irmão, tá bom seu João!
O tempo pode ser uma coisa bem voraz, às vezes se apodera de todos os detalhes só para si mesmo.
O Caçador de Pipas.
“Por você, eu faria isso mil vezes”
Entretanto…… Amir foi o personagem que mais me decepcionou.😢 tô com raiva de Amir, nunca tive um Hassan na minha vida, me identifiquei por demais, passei pelos mesmos conflitos que ele, as mesmas situações, por razões bem parecidas nos anos 70, no meu caso foi trancafiado (pelos Amir da época) em um quarto escuro, por dias, por meses, era costume da época. As famílias especialmente as religiosas escondiam, se escondiam, atrás do manto da bondade enquanto praticava crimes em q a dor nos marca para o resto de nossas vidas. Onde está Amir agora, o grande escritor. Não, não o perdoo, a menos que ele tivesse tornado público em seus contos a verdadeira história que ele silenciou. Não estou preparado para o perdão.
Na ciranda de minhas lembranças os dias eram sempre azuis! As meninas sempre amigas... eu era feliz, mas não sei se eu sabia disso.