Amigos Antigos
Quando o limite passa da gente
Dizem os antigos que, para tudo, há um limite. Sim. É verdade.
Entretanto, para cada limite há "uma gente".
Há pessoas que se regozijam em se exceder nos seus limites.
Há os que são ilimitados na comida, no álcool, no tabaco, nas grifes, nos antidepressivos, nas drogas ilícitas, mas existe uma categoria que extrapola todas as outras: a de gente que é ilimitada na falta de limite.
Exercer a falta de limite do outro parece situação de estranha manifestação de autoafirmação. Se confirmam e reafirmam no momento em que alguém é testado e não passa no teste. Ou seja, se contrapõe à falta de limite e margeia a situação através do próprio senso do que seja limite, através de seus critérios, pondo fim ao que lhe era imposto goela abaixo.
Essa gente não se esquece dos seus limites. Simplesmente não aceita a opressão para satisfazer o senso ilimitado de falta de caráter de alguém.
Sim, estou convicta de que excesso de falta de limite, o sujeito dolosamente ilimitado, padece de ausência de caráter. Acostumou-se a não ter respostas à altura de seus excessos. E aqui, obviamente, não há referência aos quimicamente doentes, mas, sim, e bem frisado, aos emocionalmente ilimitados na sua ausência de respeito ao limite alheio.
Há pessoas que extraem o que há de melhor nas outras.
Há outras, entretanto, que se empenham em despertar o que há de pior.
E o despertar do pior, na maioria das vezes, pega o folgado de surpresa e o faz perceber que o freio para sua falta de bom senso recai sobre um espancamento no seu caráter através do limite que nunca lhe foi apresentado.
Mas a vida sempre cuida das apresentações. E como cuida.
«Vocês ouviram o que foi dito aos antigos: ‘Não mate! Quem matar será condenado pelo tribunal’.
"Eu, porém, lhes digo: todo aquele que fica com raiva do seu irmão, se torna réu perante o tribunal. Quem diz ao seu irmão: ‘imbecil’, se torna réu perante o Sinédrio; quem chama o irmão de ‘idiota’, merece o fogo do inferno.
É tempo de demolir os fortes e obstruir as trincheiras do nosso eu, aprender com os antigos as primícias da paz e do amor. Por que até em meio á escombros se há algo de bom e proveitoso.
Só foi te ver para todos meus sentimentos antigos voltarem numa tacada só. Agora me diz o que faço, você tem um novo amor e eu de novo estou amando você.
Clichê como os antigos mestres.
Pode-me ser mesmo prejudicial a falta da alta ambição, porém não sou totalmente carente de ambição, tenho desejo pelo desconhecido, a carência e a sede de evoluir !
O dinheiro é bom e te enriquece em matéria, o conhecimento pode te frustrar, mas te enriquece a alma, e não é essa que carregamos perpetuamente?
Tropecei na minha insônia e me esbarrei em amores antigos que já não me servem de nada. Fiquei presa com medo de dar um passo na frente das minhas escolhas e acabei caminhando para trás sem saber que a estrada de volta tem sempre mais pedras do que a primeira despedida. No projeto da minha vida havia muros desnecessários que sufocavam a minha alegria, tentando me esconder do sol que insistia em brilhar pra mim a cada nova manhã. Faxinei a casa abrindo a janela pra ventilar, tirar o mofo do lençol que me cobre e levar embora o que já era pra ter ido mas insistiu ficar. Descobri que esvaziar a alma e começar de novo é suficiente. Que eu posso beber da fonte e me tornar limpa. Que essa cura interior é infinita e que deve haver cautela e zelo para que não se quebre peças preciosas dentro de mim. Eu me permito um desmanche, uma explosão interna e um conserto. Faxinei. Recupero.
Desculpa a pressa com que penso
nos milímetros marginais do verso
e, como cão farejando antigos mijos,
dissimule o cio enquanto ponho as asas no poema.
Desculpa a obsessão pelo tutano das palavras,
mesmo as bem nascidas e cuidadas
como os seixos mais polidos.
Desculpa a caligrafia e a gramática,
sempre tão dorsais e tão patéticas.
RASTROS DE POEMAS
Revisitando meus escritos Antigos e inglórios Tais quais pergaminhos Encontrei tanta coisa Estranha Até teias de aranha E amarelidão no papel Letras de datilografia Palavras do primórdio Tudo revelando o tempo Passante, passado, passeante De fato tudo passou Eu não sou mais o mesmo Hoje gosto de pão com queijo E veja até de cerveja... Do amanhã não sei nada ainda O que sei apenas é que a poesia mora e sempre vai morar em mim Ela pulsa latente, de forma irreverente, não me deixa ficar ausente E assim eu sigo rente eu e a poesia, de mãos entrelaçadas, deixando um rastro de poemas.
Assim como os antigos achavam que a terra era plana e que o sol girava ao seu redor, não me surpreenderei se o universo for finito.
Rio lendo meus textos antigos. Rio porque eles refletem uma pessoa tão diferente da que existe hoje.
HÁ UMA SAUDADE EM MEU CORAÇÃO
Hoje ao remexer em meus antigos livros
Achei um antigo bilhete do meu amor
Comecei então a relembrar como nossa
História foi linda !
Sim foi porque hoje não mais
Há momentos assim , que em segundos de repente
Uma revoada de milhões de lembranças...
E em silêncio fiquei e foi como se voltasse no tempo
Esse amor vivido ainda na adolescência era uma menina
Quando ainda era importante o abraço no portão o beijo
Rápido e inocente , mas que era tão bom !!! Ahhhhh
Vamos rever tais palavras !!!
Amor a saudade é imensa ,não consigo parar de pensar em ti , posso lhe ver hoje?
Nem que seja só por alguns minutos beijos te amo
Gostaria tanto de relembrar palavras que deveríamos ter falado ... sentido
Sempre nascerão flores. Sempre haverá abraços. Sempre existirão antigos e novos amores. E principalmente, sempre surgirão em nossos caminhos sinais indicando o rumo à felicidade!
(Luiz Machado)
Suportar a dor do fracasso é a pior dor suportada. Dizia os antigos, que inibem suas falhas, expondo apenas suas vitórias.
Quando deparamos com filmes antigos que retratam sobre a pré história nos deparamos com animais surpreendentes como os temidos e gigantescos dinossauros. mas não seria essa a visão que as formigas tem de nós? Com essa reflexão remete observar que não importa os que consideramos como gigantes o que importa é como nos colocamos diantes deles.
Recuperando antigos rascunhos concluí que preciso passar-me a limpo.
Para livrar-me desse bolorento odor sobre os meus sonhos.
Livrar-me desse amarelado sem Graça, esse desbotamento da fé.
Desempoeirar as ideias.
Recuperando antigos rascunhos, concluí que já tive projetos melhores, esboçava sentimentos melhores.
Recuperando antigos rascunhos, concluí:
Procrastinar orações, envelhece esperanças.
Nos acertamos
Erramos
Caímos em erros antigos
Desviamos de caminhos que nos fazem errar
Tanto aprendizado!
Momentos que passaram
Vivemos e aprendemos com eles
Amamos,
Brigamos
Mas não paramos.
Pode a velhice chegar e ainda estaremos aprendendo
E ainda errando
O erro faz parte da evolução individual
Só erra quem vive .....