Amigo Palhaço
O palhaço não aponta seus defeitos e nem os defeitos de ninguém. Ele deixa que os outros apontem, que os outros percebam. Ele mostra, de uma maneira sutil e sincera, o que todo mundo tenta esconder.
Quando estou triste, tento não fugir de mim. Visto meu coração de palhaço para me fazer sorrir, conto histórias em voz baixa para meus ouvidos ficarem atentos. Pinto a lua de qualquer cor só para pensar como ficaria. Invento um mundo de anões gigantes, girafas sem pescoço e ursos que brilham no escuro para me fazer sonhar. E lá pelo meio da confusão que inventei...já nem lembro porque estava triste.
O trabalho do palhaço traz uma realização, uma sensação de dever cumprido (penso que todos os profissionais de diferentes áreas deveriam se sentir assim). Somos privilegiados de trabalhar naquilo que amamos. E se o simples trabalho de palhaço já fornece tanto a quem pratica, imagine no hospital! É uma sensação maior ainda de ter um papel na sociedade, mesmo sendo o papel de ridículo. O ridículo tem de caber a alguém, e com gosto e orgulho assumimos este posto.
Por que escrevo como se estivesse aconselhando alguém?
Porque ao escrever eu tenho de ler, logo, aconselho e sou aconselhado.
Palhaço eu apenas sou para conquistar o amor da pequena bailarina doce e linda, nesse picadeiro de emoções vou ficando cada dias mais triste e sem ânimo e paciência para plateia triste sozinho estou, onde era alegria se fez dor ,por isso sou um palhaço pobre e triste sem teu amor
Quando eu estiver mais palhaço pode ser o dia que eu talvez esteja mais triste, pois pra mim o que importa não é mostrar que esta tudo bem, e sim ver um lindo sorriso em seu rosto e provar que com ele pode ser melhor.
O picadeiro do palhaço é a vida, onde pode ajudá-lo a expor quem queria ser, forjado com a sua identificação ele brinca para não se afogar em suas lagrimas!
Palhaço
Triste
alma minha!
E ainda,
tenho que fazer sorrir.
Não posso
deixar o mundo triste…
É preciso!
Que enquanto,
eu me recupero
da minha melancolia.
As pessoas
possam sorrir,
da minha alegria.
Amor Bobo
Me nutro por amor bobo.
Engraçado e recheado
todo colorido palhaço
e tolo.
O que é motivo de chacota
o famoso casal que sente a beleza no olho.
Amor que faz pessoas sorrirem
por ser inacreditável
impossível de ser amado.
É, aquele bobo,
pro outro invejado.
Amor gostoso
igual café com bolo morno.
Gosto de amor bobinho
simples e ousado
a bobice que debaixo das cobertas
esquenta o frio exato.
Juntinhos, sem maldade,
amor que é completo, de graça
e que não se paga.
A falta de preferência
pela medíocre aparência
para ambos baterem asas.
Ah, como é bom amar,
ainda mais se o amor for bobo
por nada.
mesmo que o palhaço esteja com problemas pessoais, a vontade de entreter o público deve estar sempre em primeiro plano
Os temos não são mais os mesmos. A bola caiu, a saia desabotoou e o nariz de palhaço permaneceu apenas para manifestações de rua, que também não são mais as mesmas.
Aristides assistia ao ”Grandioso Circo Ínfimo” engolindo cada gota da semelhança que a peça passava. Seus talentos artísticos se resumiam em entreter crianças em postos de saúde ou distribuir balões nos dias de ações governamentais em creches ou algo parecido. Assistia, então, à peça que contava o fim da arte, do circo e a decadência do teatro. Seu coração palüitava e seu olhar endurecia tentando demonstrar indiferença.
Não. O tempo não podia se perder assim. Cidadezinhas acabaram. Só restaram fotografias. Proust já dizia. O circo desaparecera junto. Aristides, que um dia recitara Camões, Gil Vicente e Dante Alligeri, contentava-se com as peripécias de palhaços de rua e pirulitos de maçã verde nas portas de lojas de brinquedos. Levantou-se. Partiu.
Chorou uma lágrima como se fosse a última. Malandro. Na dureza, sentou à mesa do café. Deu um gole de cachaça. Deu no pé. Macabeando entrou na mão atrapalhando o tráfego. Caiu, sangrou, na hora. A hora da estrela. Ao menos uma vez.
Todos os românticos são palhaços. o palhaço faz as pessoas rirem pois só assim podem apaziguar a dor de suas almas tristes.
"Sou como um palhaço de circo, todos riem, todos choram por aquilo que interpreto, mas, quando chego em casa na solidão da noite, sinto um vazio tão profundo que não penso meios plauziveis de acabar com ele."
No circo chamado Brasil, brasileiro faz malabarismo
para pagar as contas, é palhaço do governo, corre do leão e se vacilar acaba sob a lona.