Amigo Mala
Talvez eu seja mesmo uma
sonhadora
Trazendo na mala e nas andanças
dessa vida ...
Sonhos vestidos de esperança !
Feito criança
que não desiste de sorrir
e seguir enxergando
Mesmo entre tantas dores e
feridas ...
Paraísos !
A morte não espera você arrumar a casa
Nem a mala
Nem a sala
A morte não lhe pergunta se você quer ir
Ela chega e te arrebata
A morte não é sua inimiga
Nem tampouco sua confidente
Por isso, cuidado na ribanceira
na estribeira
na cabeceira
Se queres te demorar um pouco mais
Respeita a sua fragilidade
Reconhece o pouco que és.
Meire Moreira
A gente carrega tanta coisa
No bolso
Na carteira
No casaco
Na mala
No porta luvas...
Para se proteger
Do acaso
Da dor
Do infortúnio
E se esquece de viver...
Sempre preocupados
Olhando para os entulhos
Que carregamos
E que por fim
Nos tornamos.
Meire Moreira
O APRENDIZ DO BEM
Ele tinha o costume de carregar consigo, balas, biscoitos, doces. Sua mala, cheia de potes de chás e ervas, unguentos e bálsamos, óleo perfumado, era para os que encontrasse pela estrada, amigos ou supostos inimigos.
Sempre um sorriso e uma gentileza.
Não perguntava a causa da dor, apenas oferecia a ternura, o silêncio, juntamente com algo material. Ora um alimento, ora um chá, essência de flores perfumadas, algo bom surgia sempre daquelas abençoadas mãos.
Assim caminhava o Peregrino BEM, levantando tendas no deserto, rico de provisões que oferecia de si mesmo, aos desvalidos.
Um dia me deparei com o velho caminhante, certa de que também eu me fizera credora de sua bondade gratuita. Indaguei de mim mesma, que unguentos teria para minha dor, que óleos perfumados dispunha o velho amigo, para o meu cansado coração.
O BEM me acolheu depressa, e, sem me dar tempo de arrolar toda a fieira de mágoas, apontou-me a estrada e ofereceu-me a sacola de prendas.
Tomei então da sacola e ainda que vacilante, o segui...
Era tão vasta a extensão do caminho por onde deveria caminhar e tantos eram os caminhantes para consolar...
Esquecida de mim mesma, imitando o velho sábio, eu me pus a encher minha vasilha, a encontrar perfumes, remédios, unguentos... o sorriso e a gentileza.
Aprendiz do BEM segue assim pela estrada, me ensinou o Mestre Peregrino.
Esquecido da própria desgraça consegue encontrar a graça,
se depressa caminhar, sem cansaço e sem tardança, com a sacola da bondade, indo o amor espalhar...
Eni Gonçalves
INTERPRETAÇÃO DA LETRA ❤️😘
Arruma a mala e vem morar comigo
A música "Arruma a Mala e Vem Morar Mais Eu" é um convite apaixonado e um apelo emocional que ressoa com muitos que já sentiram a dor da separação e o desejo de reconciliação.
A repetição do verso "Arruma a mala e vem morar mais eu" sugere uma urgência e um desejo profundo de reunir-se com um ente querido, não apenas pelo bem do relacionamento, mas também pelo bem-estar de uma criança envolvida, possivelmente simbolizando um vínculo profundo e uma razão adicional para a reconciliação.
A música, interpretada por artistas como Simone Mendes e Nattan, toca em temas universais de saudade, amor e a necessidade de reunificação familiar.
Com melodias e ritmos característicos do forró, um gênero popular no Nordeste do Brasil, essas canções transmitem uma mistura de sentimentos que vão da melancolia da saudade ao otimismo de um possível reencontro.
A expressão "esse bebezinho aqui é todo seu" pode ser interpretada como uma declaração de entrega total, onde o eu lírico se coloca à disposição da pessoa amada, reforçando o sentimento de pertencimento e a vontade de compartilhar a vida juntos novamente.
É uma música que fala diretamente ao coração de quem já sentiu a dor de uma separação e a esperança de um novo começo.
❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️Está bem claro o que o coração deseja ❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️❤️
A vida é uma viagem: escolha para caminhar ao seu lado pessoas que te ajudam com a mala e não quem é uma.
Tirar as pedras da mala afetiva é uma das maiores conquistas que uma pessoa pode ter.
O passado já foi. Quem fica constantemente remoendo o passado, não consegue vivenciar o presente e encontrar esperança no futuro.
Para o indivíduo conseguir se livrar dessas pedras, precisa conhecê-las e falar sobre elas, assim naturalmente elas vão evaporar.
"" A ginga estapafúrdia confundia até a si mesma
Quando moldava sua eira silenciosa
Malandragem simbólica
Ou astúcia descomunal
Controvérsias destilam a poesia
Do esmo a se revelar
Seria um caso de autofagia
Ou mágica a moldar
Não sei o quanto te resta
Mas é óbvio que não se tratam de sombras
Ainda mais nessa fresta
De onde ouço o insano falar.
Por ruelas estreitas e pagãs
Anjos circulam livremente
Seus sinais vindos do espaço
Marcam o compasso da música a tocar...""
"" Levo na mala apenas o que irei usar
um pouco de grana e um all star
uma foto de você
e coragem, muita coragem
resolvi ir adiante
talvez precise de um calmante
e atualizar a conta do wifi
o mundo me espera
e eu espero que dê tempo
de gastar a grana
de usar o all star
e lembrar muitas vezes de você...
Eu nunca quis ir, você arrumou minha mala, me colocou no carro e fechou a porta. Agora estou a quilômetros de você e você liga querendo que eu volte. Não, sua atitude me mostrou que agora posso ser livre.
MINHA FUGA
Demétrio Sena, Magé – RJ.
Trago medos na mala e desejo trocá-los
por motivos reais de não sentir mais medo,
tenho calos no espírito e muitas lembranças
que preciso vencer pra me tornar seguro...
Guardo sonhos antigos, acumulo novos
lá no fundo insondável de minhas verdades,
massageio saudades que me causam dores
e às vezes nem sei em que momento estou...
Quero apenas fluir e vencer tanto nada
sobre tudo que a vida pode ser pra mim,
mas no fim do meu ser se desintegra e some...
Só preciso encontrar a coragem profunda
que se tranca e me pune por todo silêncio
com que fujo do mundo e não vejo ao redor...
A NAVE
Demétrio Sena, Magé - RJ.
Minha mala está feita, não sei quando vou,
mas a lida está leve; sem tanto a fazer,
só me dar ao prazer de sentir essa brisa
de além-mar, além-chão, além sonhos daqui...
Já deixei de querer o que a vida requer,
desejar o que o mundo promete aos meus olhos,
quero ver a passagem da estrela cadente
que anuncia e desenha o caminho a seguir...
Deixo a mala em seu canto e desfruto das horas;
o que tenho a fazer é deixar que se faça
e tomar uma taça de bebida extra...
Minha nave projeta sinais evidentes;
minhas unhas e os dentes desgarram do chão;
não há pressa nem praça, mas estou aqui...
Dentro da minha mala, um universo inteiro poderia se esconder, com tralhas e tesouros de todos os níveis e formas. No entanto, fiz uma escolha audaciosa: carregar apenas aquilo que acaricia minha alma e enfeita meus dias. Optei por levar só o que me faz bem, deixando para trás o excesso que pesa mais do que vale. Afinal, na jornada da vida, o menos é sempre mais quando se trata de felicidade.
Insta: @elidajeronimo