Amigo Mala
DIVAGAR
Se queres mesmo partir ...
Vá sem se despedir !
Mas leva junto e na mala
todos os teus silêncios
todos os vazios
todo o frio que já senti .
As horas que sentei-me no chão
e no relento da desilusão
Levas ...
Leva contigo as fotografias
do meu corpo despido
As luas que lhe ofertei
As madrugadas vestida com
a tua imagem
Os poemas manchados
de prantos
Os sonhos rabiscados
com a tinta carmim
dos desenganos
Levas ...
Leva o gosto dos beijos
que nunca tive
O grito do meu escuro quarto
O mofo da tua indiferença
no porta retrato
Os meus versos jogados
ao vento
As lembranças doloridas
no meu travesseiro...
Levas ...
Levas os lençóis com teu cheiro
As sobras das flores in espinhos
As sombras dos instantes perdidos
As nuvens carregadas de ilusões
Os sons desafinados das nossas canções
Os tons cinzentos das nossas manhãs
Levas ...
Leva tudo ou quase tudo
que me lembre de ti
Vá
Estou lhe permitindo partir !
Leva meus gemidos surdos
Meus desejos aprisionados
Meus inseguros
Meus gritos absurdos
Meus dias ofertados a ti
Minhas divagações e ilusões
Levas ...
Levas tudo ... tudo ...
Mas quando partires
nem penses mais em voltar
Meu coração anda com
sede d'um amor puro
um dia poder
encontrar.
Hora de refazer a mala da vida ...
Hora de colocar na mala da vida, apenas o necessário, retirar do coração o peso que ficou ali, ensinar a mente a não dar importância para aquilo que não serve mais e não olhar para trás imaginando como seria se contiuasse onde estava ou como será a chegada para essa nova etapa onde, como em um novo livro, será contada uma nova história.
by/erotildes vittoria
Nunca chame um político corrupto de cachorro. Pois se vc colocar uma mala com milhões de reais e 400 gramas de carne, com certeza o cachorro só vai querer matar a fome.
►Filho De Minas
De Minas Gerais para Goiás
Na mala, recordações da mãe e do pai
Várias pessoas lendo seus jornais
E do lado de fora, campos rurais
As paisagens entram e saem
Os olhos lacrimejam pela saudade do café da tarde
Os amigos e amigas que deixará para trás
Despedindo do pão de queijo e dos festivais
Das mineiras se suas belezas naturais.
O relógio do seu avô, que já não mais funciona
Mas ele serve muito bem como uma bela lembrança
Em um guardanapo, embrulhado, uma broa e um recado de abraços
O coração apertado, temendo o novo mundo
Medo, sozinho, com os chinelos sujos
Porém, com a simplicidade de poucos,
E o sonho de muitos.
Em retrato, guarda o sorriso de Fátima
O espírito de liderança de Ana, feito Átila
Sem mencionar a bela Larissa e sua pele branca
Sentirá falta também dos conselhos da dona Antônia
Mas se lembrará de todas elas ao olhar a imagem da Santa,
Que fora dada pela tia Ângela.
A palha de seu chapéu lhe serve como distração
Ao sair da estação, roupas belas esbanjam em sua visão
Não seria fácil viver na cidade, com pessoa de outra classe.
Pobre Pedro, filho de um simples lavrador
Teu pai era um bom senhor, era trabalhador
Mas Pedro? Coitado, frágil, porém sonhador.
Eu carrego uma mala cheia de roupa suja e pouco ou nada já me surpreende, me conformei e aprendi a lidar com a realidade sem mais me iludir
Meu carma !!!
Ricky Henry.
E... mala velha de papelão cheia de pedra.
Em dia de chuva, se eu pegar pela alça, vc vai desmanchar ..
.
Sai da minha...
Vai procura outra desdita...
Que meu caminho já está traçado.
Na tua canoa furada, com remo quebrado eu ñ vou, navegar...
.
Fui em um pagode na dona Rita...
Churrasco, bebidas e muita comida.
Amigos, celegas primos e primas.
O samba pegando, pessoas atraente
Só tem gente animada.
Recebo um aviso...
Vai morrer gente, essa doida chegou.
Desceu do salto até o samba parou !!!
.
E... mala velha de papelão cheia de pedra.
Em dia de chuva, se eu pegar pela alça, vc vai desmanchar ..
.
Sai da minha...
Vai procura outra desdita...
Que meu caminho já está traçado.
Na tua canoa furada, com remo quebrado eu ñ vou navegar...
.
Ela chegou causando de repente..
Falando alto, caindo encima da gente.
Brigando com as pessoas, querendo saber porque ninguém há convidou.
Grita na roda, cadê o meu nego..
Que só vai embora de braços dado comigo...
.
Deixa eu mandar um recado, pra ela
Sair de fininho...
Desencana que já achei meu caminho..
Da licença que eu vou ficar aqui no samba..
É meu mais novo amor ..
Assim sigo feliz pois é com meus amigos é o samba me conquistou....
E ele me disse adeus...
um adeus completo.
Pegou a mala de cima do guarda-roupa,
jogou a sua pouca roupa.
Fechou... Abriu a porta e saiu.
Fechou devagarinho...
tudo muito devagarinho...
não queria me acordar.
Voltou de mansinho,
pé ante pé, entrou devagarinho,
me fez um carinho...
nem percebeu que eu chorava baixinho...
saiu...
e eu... eu ainda o ouvi assobiar.
"Quando colocamos na mala de viagem objetos além do necessário, a cada transbordo experimentamos o transtorno de carregar aquele peso extra. Da mesma forma, ao manter pensamentos inúteis ou negativos na mente, criamos uma carga desnecessária que nos acompanha durante toda jornada diária. Como resultado, sentimos cansaço e desconforto. Leveza é prosseguir caminhando com a mente limpa, além de tudo aquilo que insiste em levá-la para baixo, mas mantendo sempre os pés firmes no chão."
E todo ano é assim: quando ele chega a gente já sabe que teremos festas, e das boas!
Ele chega malandro, só no sapatinho e com aquela cara de quem sabe que demorou pácas. Mas é um bom sujeito, sangue bom e a gente perdoa.
Perdoa pois sabemos que ele vem mais pra se despedir do que pra ficar. E quando vai, deixa uma saudades daquela, uma sensação de quero mais, de ficaporfavor!
Ele chega no final anunciando que daqui à pouquinho tem gente nova no pedaço, e bate aquele saudosismo , aquela sensação de missão cumprida ou de uma nova chance... Porque Dezembro é assim mesmo: este carinha vestido de purpurina, com jeitão de festa, mas ao mesmo tempo um velhinho pronto pra partir desta pra outra, cheio de fé e esperanças.
E a gente então comemora, que é pra ter motivos de sobra pra querer que ano que vem ele volte de novo!
O amor pegou a mala e resolveu viajar.
Foi para Maracangalha de chapéu de palha.
O amor trabalhou incansavelmente e já estava com as férias atrasadas.
O amor antes de pegar o carro e ver se Anália queria ir junto para Maracangalha, decidiu parar em Itapoã para beber água de coco e ouvir o mar.
Mar esse que por sinal aconselhou: se Anália não quiser ir, vá só!
E não é que o amor foi?!
O amor entrou no carro, ligou o som, fechou a porta e pegou a estrada.
O amor não se estressou com o engarrafamento, nem com o calor e muito menos com a pessoa que passou xingando sua genitora.
O amor foi viajar livre das dividas, das cobranças e do remorso de ter sido largado por Anália.
O amor colocou protetor solar e foi se bronzear, afinal a palidez resultou na insatisfação.
Agora, o amor tira férias. E pouco importa a companhia de Anália.
Hoje, o amor se faz completo, sem dependência, sem cobrança e sofrimento.
O amor se impôs e Anália sofreu em casa. Solitária.
O amor tirou férias.
Anália sofreu com o saudosismo.
Mas, se bem me lembro, o amor tinha convidado Anália; mas, ela preferiu a liberdade.
Liberdade essa que foi usada como libertinagem.
O amor cansou de dar sem receber.
O amor juntou os honorários e tirou férias a longo prazo.
Anália se arrependeu.
Mas, querida, agora já era tarde!
O amor se foi e largou o emprego como estagiário.
Quer dizer, escravo.
"Se o passado distante tiver que voltar, que não volte pelas rodovias das dúvidas. Que na mala traga as certezas. E na memória apenas as boas lembranças."
Pequena,
joga tudo pro alto. Acorda amanhã e faz uma mala, uma mochila. Ou, melhor, nem dorme essa noite. Espera a vizinhança se aquietar e sai de fininho. Deixa a porta encostada pra não fazer barulho com a chave nem com o trinco. Vem com seus pés de veludo até a esquina. Te espero. Carro ligado, motor funcionando e o ronco vai se confundir com o que deixou no quarto sozinho. Larga tudo.
Te peço isso num impulso louco apaixonado, mas com a frieza de quem pensou até não poder mais. Pesei muita coisa também. A sua, minha, nossa alegria. Coloquei do outro lado a tristeza que ele sentirá se acordar e encontrar o lado esquerdo vazio. Eu já sei faz tempo o lado que você gosta de dormir. Juro que me pus no lugar dele e não resisti ao fazer este pedido. Lutei muito contra o egoísmo de querer ter você só pra mim.
Mas não é desse jeito que funciona?
Eu sei que você não quer mais essa sua vida. Vive falando que agora o teu destino é comigo e que quer construir algo nosso. Deixa a janela entreaberta, faz uma corda fugitiva com lençóis amarrados. Escapada hollywoodiana em plena madrugada carioca. Rapel da janela do teu quarto pra escalada dos meus braços. E não esquece de deixar um bilhete pra ele. Joga tudo pro alto. Larga o que eu chamo aqui de “tudo”, mas você vive me repetindo que é nada. Que não há mais nada.
Se essa carta chegou até você é porque existe quem acredite e apóie essa nossa loucura. Esse nosso amor. Nascido do olhar, confirmado nos beijos. Talvez levando apenas a culpa de você já estar com alguém. Entretanto, há tempo para concretizar nós dois, Pequena. Quando se ama nunca é tarde. Vem, te peço, e me mostra que tudo aquilo que fala pra mim é verdade.
Essa não é nossa última chance, mas é a chance. Pra quê prolongar?
Joga pro alto o que você não quer mais e agarra a gente de vez.
(Gustavo Lacombe)
Não é que eu sou mala ou o que queiram me chamar e julgar. É que eu não consigo dar moral para o pouco, quero sempre mais e cobro isso para o bem da humanidade.
Ela saiu assim de mansinho, pé por pé, sem fazer barulho, colocou na mala seus sonhos e foi realizá-los. Ela não quis acordar aqueles que sempre dizem que ela não conseguirá. Desses, ela nem precisa se despedir.
É melhor encher a mala de ilusões
e de sonhos impossíveis,
mas sem esquecer a coragem,
vou precisar dela para partir.
É preciso quebrar barreiras
e tudo o que incomoda.
do meu poema - Diga ao espelho
Fechando a mala...
Não quero nada teu,
tua mala, pesa demais.
Eu só quero o que é meu,
minha bagagem é tão pouca
bem fácil de carregar
e se perder,
alguém devolve,
não há nada ali
que possa interressar.
Algumas roupas,
um batom
e um perfume de lavandas.
Vou levar uma caneta
para escrever meus dias
e borracha
para apagar alguns rabiscos
que ainda insistem
em marcar presença,
mesmo quase apagados.
Levo meu livro de poesias,
mas este,
carrego no coração.
Juntos,
me acompanham também,
meu violão desafinado,
abraços, beijos
e bons desejos
que fui recebendo,
ao longo destes anos.