Amigo Leal
Só vale à pena permanecer na escuridão se for em campanhia das estrelas e da lua. O breu saudável é breve, em nós. Que seja breve em você também
A única herança que não podemos deixar é o conhecimento que não foi compartilhado em vida, ele vai com a gente para o infinito
O bom exemplo é tudo, inclusive o exemplo é referência até mesmo quando ele é inexistente, bem como quando ele é maléfico
Quanto mais apegados somos ao material, mais a nossa alma desapega de nós fazendo com que este distanciamento nos aproxime do abismo interno que, sob o comando de energias inferiores, nos impede de evolui e sentir paz verdadeira
A ambição e o materialismo doentios são estradas bem pavimentadas que proporcionam uma excelente caminhada rumo à um futuro caótico e uma vida falida
O bom da vida é viver com leveza numa vida real, ser natural, não ser adepto à mentira, sentir a tranquilidade de ser dotado de um caráter que proporcione paz interior, não precisar usar de artifícios para ser aceito, ter conquistado amigos sinceros e tê-los envelhecendo com a gente. O bom da vida é poder olhar para dentro de si e não sentir vergonha da alma, é seguir na jornada da terra com a certeza de não estar praticando o mal para o outro. O bom da vida é viver sabendo que o Tempo, ao seu tempo, e no tempo certo, vai analisar o nosso histórico de ações e comportamento e isto não ser motivo para sentirmos medo do amanhã, nem medo do nosso último suspiro. O bom da vida é fazer bom uso da vida pra quando ela acabar não nos tornarmos um fantasma assombroso em torno de nós mesmos enquanto vagamos pelo breu do universo.
Não é fácil ser alguém que pensa diferente, porém mais difícil, ainda, é obrigar- se a pensar igual a maioria
São duas as moradias sagradas que todos temos e que merecem o respeito irrestrito de cada um de nós; a morada da alma, que é o nosso corpo, e a morada do corpo, que é a nossa casa. Quando estes lares não são preservados com o devido, e sincero, respeito que merecem o indivíduo demora para perceber, ou nunca percebe, mas passa a ficar exposto às mazelas do mundo, fica sem teto emocional e moral e passa a vagar frequentemente pelas ruas da depressão, do vazio e da solidão em companhia das perturbações e das frustrações atraindo tudo, e todos, cuja as energias são inferiores, uma vez que as energias positivas não se sustentam ao seu redor, sequer nele próprio. Este torna-se um zumbi alucinado, sem rumo e vulgar, porém cultiva o entendimento de que é alguém livre exercendo o seu direito individual de ser e fazer o que bem deseja, contudo desatento, completamente, à diferença entre a liberdade saudável e permitida e a liberdade insana e depreciativa.
Ao relento, para qualquer ser humano, seja em qualquer circunstância, é muito difícil encontrar paz, estabilidade e segurança, porém, mais difícil fica se o relento for uma escolha por desprezo à valores essenciais, e mais catastrófica, ainda, são as consequências desta escolha quando a vaidade e o orgulho o impede de reconhecer o caos o qual mergulhou.
É só o descaso com as nossas moradias sagradas que nos levam ao caos pessoal? NÃO, porém este descaso é um excelente potencializador dos variados caos que já habitam o indivíduo
Onde puderes ser uma pessoa melhor não percas a oportunidade, não te demores, lembre-se que tens prazo de validade acordado com o Tempo, e o tempo não para, o Tempo é eterno, diferente de nós.
À todo momento a vida te oferta singelos presentes embrulhados com simplicidade, porém com conteúdos de aprendizado que são verdadeiros tesouros capazes de sustentar o bem estar na tua alma por toda a vida que tiveres, em qualquer espaço deste universo. Apressa-te em tomar posse deles. Apresse-te no enriquecimento dos teus valores e teu espírito transcenderá em paz
A cidade movia-se como um barco. Não. Talvez o chão se abrisse em algum
lado. Não. Era a tontura. A despedida. Não. A cidade talvez fosse de água.
Como sobreviver a uma cidade líquida?
(Eu tentava sustentar-me como um barco.)
Os marinheiros invadiam as tabernas. Riam alto do alto dos navios. Rompiam a
entrada dos lugares. As pessoas pescavam dentro de casa. Dormiam em
plataformas finíssimas, como jangadas. A náusea e o frio arroxeavam-lhes os
lábios. Não viam. Amavam depressa ao entardecer. Era o medo da morte. A
cidade parecia de cristal. Movia-se com as marés. Era um espelho de outras
cidades costeiras. Quando se aproximava, inundava os edifícios, as ruas.
Acrescentava-se ao mundo. Naufragava-o. Os habitantes que a viam
aproximar-se ficavam perplexos a olhá-la, a olhar-se. Morriam de vaidade e
de falta de ar. Os que eram arrastados agarravam-se ao que restava do interior
das casas. Sentiam-se culpados. Temiam o castigo. Tantas vezes desejaram
soltar as cordas da cidade. Agora partiam com ela dentro de uma cidade
líquida.
Não temos uma arma apontada à cabeça,
dizias-me. Mas era impossível que não visses,
impossível. Eu ao teu lado com aquela dor
no pescoço, imóvel, cuidadosa, o cano frio
na minha testa, a vida a estoirar-me
a qualquer momento. Era impossível que não visses
o revólver que levava sempre comigo. Por isso dormia
virada para o outro lado, não era por me dar mais jeito
aquele lado, era por me dar mais jeito
não morrer quando nos víamos,
era para dormir contigo só mais esta vez,
sempre só mais esta vez,
sempre com o meu amor a virar-se de costas,
sempre com o teu amor apontado à cabeça.
Demoro-me neste país indeciso
que ainda procura o amor
no fundo dos relógios,
que se abre
como se abrisse os poros solitários
para que neles caiam ossos, vidros, pão.
Demoro-me
no ventre desta cidade
que nenhum navio abandonou
porque lhe faltou a água para a partida,
como por vezes desaparece a estrada
que nos conduz aos lugares
e ali temos que ficar.
Nas relações, sempre que possível, abra as portas sem medo, porém, quando necessário, fecha-as sem culpa
O primeiro passo para a "construção" de uma estrada, na vida, é reconhecer que ela ainda não existe, que precisamos planeja-la e trabalhar arduamente para que ela se torne uma realidade, só então poderemos pensar em pavimenta-la com o sucesso, ou seja, com o resultado do trabalho empenhado para que ela pudesse ter se tornado uma conquista efetiva; qualquer coisa fora desta ordem é brincar de faz de conta
Viva no passado, e o futuro jamais chegará pra você
Viva descartando pequenas oportunidades, e perderá a chance de ser surpreendido com realizações grandiosas
Viva na zona do conforto de agir sempre da mesma forma e amplie as suas chances de nunca sair do lugar
Vida é movimento e renovação, afinal, ela faz parte do Tempo, e o Tempo não para.