Amigo Leal
A coragem que às vezes precisamos ter para tomarmos as atitudes certas está na humildade e no amor próprio que às vezes nos falta. Mas é possível que ela esteja, também, no crescimento pessoal que recusamos adquirir
Uma mente brilhantemente inteligente, manipuladora, fria e egoísta alcança feitos incríveis, o que estraga o plano desta mente é o Tempo, pois ele é atento demais às armadilhas e às verdadeiras intenções desta mente e um dia ele manda a conta. É impossível fugir da fatura
Alguns preferem a estrada de chão, apesar da poeira tem estabilidade para os pés. Outros preferem a corda bamba, ficar nas alturas, apesar do risco constante do tombo
Quando precisamos nos esforçar para provarmos os nossos valores morais é porque nós, intimamente, não estamos convictos deles. Valores não se prova, se prática no dia a dia, com naturalidade, e este dispensa qualquer esforço, sequer cabe nele ser um gesto premeditado
É no silêncio, dentro de um contexto de privacidade existencial, que estratégias de jogos sujos são traçadas para que as vítimas sejam seduzidas para o abate. É no silêncio arbitrário que nascem armadilhas disfarçadas de doçura e boa intenção. É no silêncio que o mal imperceptível faz um barulho ensurdecedor, mas é, também, no silêncio que os inocentes oportunistas e sedentos de prazer arbitram por seus interesses. É às escuras que os danos se propagam e o ciclo se repete na vida dos desalmados
Parte-se da concepção de que pessoas honestas preferem lidar com os seus iguais, assim como o perfil oposto fica, igualmente, mais à vontade com os seus semelhantes
Os desajustados são todos àqueles que se recusam a acatar as imposições do "politicamente correto" de forma irrestrita, desprezando os seus próprios valores pessoais os quais os tornaram pessoas com credibilidade, de atitudes íntegras, dotados de independência intelectual, satisfatório equilíbrio emocional e desprendimento dos interesses egoístas apenas para atender as frágeis e fúteis necessidades humanas que impedem o indivíduo de amadurecer e aprender a lidar com a verdade e com a realidade dentro de um cenário isento da hipocrisia e de imagem construída para fins que mascarem as suas dependências e limitações. Enfim, os desajustados estão em extinção
Brilhe na alma e não precisará empenhar tanto numerário com maquiagens gliterizadas, nem com sessões terapêuticas para autoaceitação, sequer será necessário filtro nas fotos para as redes socias. Quando há luzir natural no espírito, todos ao redor conseguem identificar-nos possuídos de luz
Parte dos problemas sociais está na normalidade com que alguns absurdos são tratados só porquê a maioria se identifica com eles e se adequa às suas consequências
À lua é fácil de chegar, basta gostar de viajar solitário, estando num ambiente de paz, mantendo os olhos fechados, para desembarcar em solo lunar e usufruir da pouca gravidade experimentando ser leve ainda que na terra
Uma vez me disseram que eu... ah, já nem sei o que disseram e, tampouco, faço esforço para lembrar. Estou com preguiça de escrever agora, minha alma está cansada, a cabeça pesa. Não me peçam para contar o que sinto, pois sinto tanta coisa e, ao mesmo tempo, não sinto coisa alguma.
Amanhã, sim. Amanhã eu lhes contarei o que passo. Amanhã escreverei o roteiro da minha vida, irei fazer um ensaio e apresentarei esta magnífica peça que é a minha vida. Mas hoje não. Não, não, não... Hoje não! Hoje estarei sozinha e descansarei minhas emoções. Elas gritam. Gritam muito. Céus! Já não basta estar doente dos olhos – estarei surda também?
Não: não quero pensar.
Deixe-me ver, deixe-me sentir. Só por hoje, não deixe que desperdice as sensações escrevendo. Deixe-me ser outra pessoa que não eu mesma. Criar outra coisa senão o que crio. Pensar em outras besteiras senão nas perversidades que me corroem o pensamento. Acontece que não sei criar outra coisa além daquilo que escrevo. Não sei ser outro alguém que não eu. E quem sou eu? Do que sou feita? Como escrever sobre as emoções se não sei do que são feitas?... Por cindo minutos! Por míseros cinco minutos! Permita-me apenas sentir!