Amigo Leal
Sou mulher, mas não coloco a minha mão no fogo nem por mulher. Mulheres também já provaram que são incompetentes, desumanas, frias, arbitrárias, interesseiras, maquiavélicas, mentirosas, irresponsáveis, acomodadas, espertas, bandidas e todos os mais medíocres adjetivos que muitos acreditavam serem uma especialidade masculina. Se o gênero definisse caráter não existiriam pais abandonando filhos na gravidez de suas mulheres, nem mulheres jogando filhos no lixo após o parto. Pensem nisso antes de darem seus votos para candidatos a cargos políticos sob o efeito do marketing da campanha eleitoral, especialmente quando a conotação apelativa gira em torno de uma característica que não corresponde, quando refletida friamente, a realidade humana.
Mulher também é gente
Há esperta e inocente
De moral integralmente
Ou apenas aparente
Qualidades que eventualmente
Podem parecer reluzentes
E nem sempre imensamente
A má intenção é evidente
No dia que a necessidade de demonstrar for menor do que a felicidade de sentir a humanidade terá dado um passo considerável rumo ao seu equilíbrio e a sua evolução emocional.
Viver o "agora" é fundamental, mas cuidado para não ser acometido pela imaturidade de achar que esse "agora" será perpetuado pelo "Tempo" e pelos sentimentos que o adornam no momento.
Os pobres mortais, soldados que aspiram serem Deus na terra, são os que sustentam o status da fama, do poder e da condição financeira dos intelectuais que arrastam as massas nas marchas das utopias, muitas vezes sob as dores que eles próprios não sentem e sob o fogo que não lhe arde na pele.
Ah, quanta diferença, no grau de importância, há entre o eventual e o diário, dependendo da situação um pode ser surpreendente e interessante enquanto o outro cansativo e desprezível
Hoje conheci o Vitor no Bobs. Pediu que eu pagasse um lanche, pois estava com fome. Diferente de muitos que roubam, ele pediu. Como me conhecem, jamais negaria comida a alguém, muito menos a uma criança. Mas o que parecia ser um gesto simples meu, tornou-se uma grande confusão. O segurança não queria deixar o Vitor entrar. Tive que intervir e ainda fui desrespeitado. Fiquei nervoso,começou bate boca e outros clientes me apoiando.Eu só queria pagar um lanche e só me aborreci. Consegui q o menino entrasse, sentamos a mesa, ele do meu lado, pois ele é gente como eu!!! Pude conhecer um pouquinho da história daquela criança de 12 anos, que quer ser engenheiro, os pais bebem e o agridem, por isso está na rua.. E pude ajudá-lo com muitos conselhos.. Espero que siga pelo menos um. E ao me despedir, na frente de todos, abracei forte aquele menino todo sujo, para que as pessoas saibam que nunca devemos julgar ninguém pela aparência. Nunca vou esquecer esse sorriso e ele dizendo: Tio, o que vc está fazendo Deus vai te dar em dobro...
A omissão é a maneira mais religiosamente delicada e mais respeitosamente isenta de deixar o outro se dar mal para depois assistir de camarote, sem pagar ingresso, as consequências das escolhas ou comportamentos de alguém que muitas vezes só as fazem por falta de referência ou esclarecimento.
Ser normal e ser real é ter a consciência, e a liberdade, de estar numa vida pintada tanto com as mais variadas cores quanto de preto e não se deixar deprimir nem se lamentar por isso. É não odiar o preto, o cinza e o marrom que se farão necessários em alguns longos dias ou em eventuais momentos do caminhar. É ter sempre em mente que o sol, por necessidade, não aparece todos os dias, que o arco-íris eventualmente se apresenta, porém sempre depois da chuva, mas acima de tudo é não esquecer que a noite, inevitável e ininterruptamente, bate seu ponto para nos lembrar que apesar dela o dia existe e que ela, apesar de escura também pode chegar iluminada, acompanhada das estrelas e sob a vigília da lua, e que este ilustre luzir só não surtirá efeitos mais vibrantes sobre a terra, porque o homem precisou, devido ao concreto, exagerar na luz artificial.
Ser normal e ser real é entender que a luz e a sombra são os recursos ofertados pelo universo para servirem de referência para a vida nas suas mais diversas formas de brilho.
Saibamos dormir bem, acordar bem, viver bem, colorir bem o branco da vida e deixar cintilar o breu tão necessário para a nossa existência.
Quem vive única e exclusivamente de tradições, multiplicando conceitos arcaicos e incoerentes, apesar de muitas vezes haver uma absurda ausência de progresso, ainda assim merece respeito, mas nem sempre aplausos.
Nada como ser jovem pra ter disposição para acreditar. Nada como ser maduro, não exatamente adulto, para selecionar as crenças.
Passamos a ter uma melhor qualidade de vida emocional quando deixamos de viver encantados com tudo e nos propomos a viver conscientes do todo, a partir daí já estamos prontos para vivermos com uma generosa boa dose de encantamento.
Quando somos jovens entendemos muito da vida. Entendemos tanto, temos tanto saber, e de tal forma profundo e conclusivo, que só na velhice estaremos habilitados a nos arrependermos, muitas vezes até nos envergonhamos, das tantas decisões e comportamentos dotados da sabedoria da mocidade.
Se não quer dividir a própria vida, então não traga para ela pessoas as quais você não tem o direito de descartar, no caso filhos.
Na dúvida sobre a personalidade e a transparência dos sentimentos de alguém? Se relacione com este alguém incorporado de um personagem e a dúvida será sanada.
Inventaram uma felicidade padrão, aquela que é exibida como a cabeça de uma caça, e não perceberam que a felicidade real se mantém com a sua cabeça num corpo, também como um animal que, ainda vivo e livre, não está preso a nenhuma armadilha, corre pela floresta em grupo ou sozinho, com sua fêmea ou com o seu macho, com a sua cria por perto ou já independente correndo por outros caminhos, mas que exercita a liberdade de correr pelas matas sem precisar explicar o que faz nela, que deixa a marca dos seus passos, mas não o registro da sua presença, muito menos se permite ser trofeu social.
Quando temos que suportar e tolerar pessoas dissimuladas, estamos prestando vestibular para virar santo.
Se uma pessoa se ofende quando alguém faz uma crítica genérica, logo sequer cita o seu nome, significa que a sua consciência está puxando-lhe as orelhas.