Amigo Leal
Tentar justificar a forma que você agiu, ou apontar momentos onde foi tratado de forma semelhante não resolve a discussão, pelo contrário, só a prolonga.
Eu vi com perfeição a lua pois estava em cima dela, disse-me assim: foste a primeira a pisar-me, mas podes agora já podes tirar o sapato de cima do meu pé, estás a magoar-me"
"Não se espelhe nos sentimentos de ninguém, porque o dia que esse espelho quebrar, seus sonhos mudam".
Tenha medo de não ser você. Não ouse ser quem as pessoas querem que você seja, mas mude, se for para o bem.
Nos dias tristes não se fala de aves.
Liga-se aos amigos e eles não estão
e depois pede-se lume na rua
como quem pede um coração
novinho em folha.
Nos dias tristes é Inverno
e anda-se ao frio de cigarro na mão
a queimar o vento e diz-se
- bom dia!
às pessoas que passam
depois de já terem passado
e de não termos reparado nisso.
Nos dias tristes fala-se sozinho
e há sempre uma ave que pousa
no cimo das coisas
em vez de nos pousar no coração
e não fala connosco.
Procuro gente que me olhe nos olhos, e me toque a alma.
Aquele olhar que dá uma paz danada no coração.
Não espero que me ligue no outro dia.
Não cobro beijinho no final do encontro.
Não preciso de satisfações, ou check-in.
Não procuro romantismo.
Nem que me proves teu amor.
Só espero que o momento ao meu lado tenhas sido suficiente, para que tu queiras repeti-lo
Sentimento verdadeiro
Pensamentos fúteis...inúteis... mas agor é assim
Nem pra olhar, se quer pra isso vc serve pra mim
Coisa horrenda, sua mascara caiu
Fez o que quis, me fez seu produto, me consumiu
Agora chega, só o que me come, consome ...
É o ódio que em mim brotou,
Coisa podre que vc plantou
Sentada, aqui, aos pés desta cama
Te olho e sinto nojo, asco, vc não me engana
Poderia ser como fechar o olhos
Fecharia eu os meus e como passe mágico
Você some, vira poeira, fumaça
Qualquer coisa que não veja, não sinta
Que de dissipe, que se disfaça!
Eu vi o menino no lixo,
Eu vi o urubu...No luxo.
Que prato vai comer o bicho?
A carne ou o lixo?
Quem é lixo?
Quem é carne?
Quem é bicho?
Quem viu adiante o destino,
Tendo a frente um futuro nu?
Terá sido o urubu-menino?
Ou foi o menino-urubu?
Altair Leal/ direitos reservados
poesia publicada no livro
Marginal Recife vol.05