Amigo Leal
Partir, mudar, pensar diferente, não ter mais a ver com as nossas convicções, seguir novos rumos, pegar novas estradas, entender de outra forma, vivenciar o desconhecido, descobrir novos conceitos etc não deveria ser encarado como ingratidão por algumas pessoas ou instituições que perdem seus dependentes, desconsiderando totalmente o papel importante que tiveram num momento de sintonia e troca. Nem todas, mas algumas pessoas precisam voar. Nasceram para isso, é vital, assim como outras precisam ficar.
Regra número para o aprendizado, que é a proposta da vida - nunca estagnar, nunca engessar o conhecimento adquirido, pois há sempre uma nova ótica mais reflexiva rondando a sensibilidade dos sedentos por liberdade intelectual e por conhecimento que agregue à condição de eternos estagiários nesta gigantesca esfera. Gratidão é o que fica no coração e une para sempre as partes, e não, necessariamente, o que fica num cenário para servir de ilustração do reconhecimento. O ser humano não nasceu com asas, mas algumas das almas que habitam esta espécie, sim. Para os que ficam, em geral, é difícil, mas é preciso entender, e se manter de prontidão no caso de haver a necessidade de recebe-las - as almas - de volta. A partida com gratidão já um valor inestimável nas relações.
Eu vi com perfeição a lua pois estava em cima dela, disse-me assim: foste a primeira a pisar-me, mas podes agora já podes tirar o sapato de cima do meu pé, estás a magoar-me"
De preferência, viva agregando pessoas, e não sendo dependente delas.
Viva mais aberto para as emoções, do que para os medos.
Procure viver tendo o coração mais leve, do que a mente mais limpa.
Viva sentindo a paz por estar em harmonia com o seu próprio interior.
Vivemos numa sociedade onde o politicamente correto comprometeu a confiabilidade das pessoas. Ouvimos o que queremos ouvir, pois a proposta agora é ficar bem com todo mundo, o que significa, também, mentir indiscriminadamente, assumir o que não vai ser cumprido ou interagir com superficialidade só para agradar. Prevalece os interesses, descaradamente. Literalmente, as palavras são jogadas ao vento, mas a relação de aparência está salva. E cada um por si. Contudo, há raras exceções.
Sei de todas as coisas que podem impedir de acontecer o que eu vou falar, mas não podem impedir-me de dizer, fica comigo?
A fuga tem dois perfis - a necessária e a covarde. Em ambos os casos, o medo é o seu grande aliado, inclusive, quando se trata dos primeiros movimentos do amor
Um dia quero voar muito alto até conseguir ouvir, de lá do infinito, o som do meu coração sem a interferência dos ruídos da mente.
Procuro gente que me olhe nos olhos, e me toque a alma.
Aquele olhar que dá uma paz danada no coração.
Livre é aquele que ao ler ou ouvir uma informação consegue interpretar a verdade oculta no comunicado e a verdadeira intenção do seu mensageiro.
A verdade é que caviar não é para consumo popular, mas vamos manter a esperança que seja em alguma encanação, mesmo que seja para que todos possam, simplesmente, dizer: posso, mas não quero consumir.
Aprenda a viver sozinho enquanto estiver rodeado de companhias para não sofrer com as inevitáveis e inexplicáveis ausências que o decorrer da vida nos oferta, especialmente as impensáveis.
Sinceridade em versos
É muita simpatia
Para pouco sentimento
Me deixa com a minha grosseria
Porque o que eu sinto eu não invento
É muita delicadeza
Para pouca sensibilidade
Me deixa com a minha franqueza
Porque no meu expressar não há falsidade
É muita amizade
Para pouca parceria
Me deixa com a minha individualidade
Porque na nossa relação haverá pouca fotografia
É muito sorriso e evento
Pra pouca manga arregaçada
Me deixa com o meu argumento
Porque ele vai além da companhia na balada
É muita doutrina religiosa
Pra poucas relações verdadeiras
Me deixa com a minha dedicação silenciosa
Porque ela vai além de algumas bandeiras
Pra finalizar com os meus versos
Vou dizer-lhes mais uma verdade
Sentimentos, garanto-lhes, tenho diversos
Porém todos abusam da espontaneidade
Graça Leal
Amo pessoas que fazem uso dos seus cinco sentidos de maneira a agregar valor ao seu senso de discernimento e ao seu senso de valores humanamente reais, isentando-se do mundinho virtual e sabendo preservar o mundo descortinado que lhe rodeia com todas as suas nuances, diferenças e incompatibilidades. Não tem dinheiro que pague nem religião que acrescente ao poder de ser quem somos e de sermos aceitos do jeito que somos, porque dentro deste contexto somos pessoas muito melhores do que aquelas que se autodenominam boas por seguirem padrões convencionais e religiosos uma vez que, na real, sendo quem somos passamos a ter verdadeiros amigos para todas as horas e não só para as selfies coletivas.
Tudo que não exige empenho intelectual vira repetição, porém exercitar o intelecto deve ser uma ação repetitiva.