Amiga Linda
"Oi! Tudo bem com você? Dormiu bem?"
Amizade também é perguntar com a intenção de ouvir a resposta, não como simples cumprimento. Querer o bem para o próximo, tanto quanto queremos para nós mesmos.
Por trás de um homem desinteressado, há sempre um homem desvelado. Por isso, moça, abra os olhos, pense em você, meu bem!
Nada de recomeçar, pois é de boas e más experiências que a vida é feita.
Mas atenção: O que você permitir é o que irá perdurar!
O milagre é, dadas as esmagadoras chances contra as mulheres ou negros, que muitos destes ainda tenham conseguido alcançar absoluta excelência em territórios de prerrogativa masculina e branca como a ciência, a política e as artes.
É somente quando começamos a pensar nas implicações da pergunta “Por que não houve grandes mulheres artistas?” que começamos a perceber que a extensão da nossa percepção de como as coisas são no mundo está condicionada e frequentemente deturpada pela forma como enunciamos as questões.
Em nossos tempos de comunicação instantânea, as questões são rapidamente formuladas para racionalizar a má consciência daqueles que detém o poder.
As mulheres devem se conceber potencialmente – se não efetivamente – como sujeitos iguais, e devem estar dispostas a olhar para os fatos de sua condição cara a cara, sem vitimização ou alienação.
Aqueles que dispõem de privilégios, inevitavelmente se agarram a eles com força.
A questão da igualdade das mulheres, na arte ou em qualquer outro campo, não recai sobre a relativa benevolência ou a má intenção de certos homens, ou sobre a autoconfiança ou “natureza desprezível” de certas mulheres, mas sim na natureza de nossas estruturas institucionais e na visão de realidade que estas impõem sobre os seres humanos que as integram.
Frequentemente as mulheres são enfraquecidas pelas demandas internalizadas desta sociedade dominada pelo machismo e também pelo excesso de bens materiais e conforto.
Sábias são as estações do ano, que não se importando com a opinião alheia, mostram-se tal como são.