Amargo
O amor é algo bom
Raro
Caro
Amargo?
Desejado
Mecere ser experimentado
Fato imortal
Do nosso caso jurado
Pelo tempo mudado
Aturado?
Farto de bonanças
Sem amarros
Com reparos
Do nosso fim felizardo
Tudo vira poema
Fina poesia
Pra quem sabe
Brilhantismo
Alta lisura
Fartura
Eu sou o enredo
E você é minha canção
Paixão
Que mora no meu coração
Experiência verdadeira
Emancipação do ser humano
Dom
Uma conquista
Entre linhas
Sem marcas
Fadadas ao sucesso
De ternuras
Eterno
Amor
Perfeito
Sem medo
Com certeza
O melhor
O caso verídico
Verdadeiro
Que merece ser finito
Rindo
De alegria
Digo de amor
São muitas emoções que moram no meu peito
Que são carregadas esperando o teu chegar
Até o mar
Com o brilho do luar
As estrelas vão me guiar
Bem é amar.
Eu tive que mudar meu poema
Vocês só compram na doçura da letra.
Aquele ardente ou amargo por si só
Não lhes é palatável.
Meu verso se parece amargo, infesto.
Sabores
A vida tem sabor
O amargo intragável da desilusão
O doce gostoso do amor
O tempero na medida certa da paixão
O sal em excesso da vingança
O agridoce sutil do perdão
O gosto gostoso da esperança
“A suposição popular de que ‘o bom remédio tem de ser amargo’ e de que ‘para um tratamento ser eficiente tem que ser doloroso ou complicado’ cai perante o Reiki. A simplicidade do Reiki quebra essa tradição.”
O que tu viste amargo,
Doloroso,
Difícil,
O que tu viste breve,
O que tu viste inútil
Foi o que viram os teus olhos humanos,
Esquecidos…
Enganados…
No momento da tua renúncia
Estende sobre a vida
Os teus olhos
E tu verás o que vias:
Mas tu verás melhor…
Ponte para o paraíso
Quando eu era doce
Ensinaram-me a ser amargo
Foi isso que a vida me trouxe
E eu aceitei de bom grado.
Lembro-me tão bem como se fosse hoje
No final da praça existia um lago
Tentaram afogar-me para que eu fosse
para um lugar bem longe
Isso causou muitos estrago
Ao cair da noite
Ninguém ouve, ninguém ouve
O que houve comigo, o que houve comigo
Ninguém ouve, ninguém ouve
O que houve comigo, o que houve comigo
Acabou-se o meu chorinco
Sobrepos-se o meu sorriso
Podem ver no horizonte
É chamada de ponte para o paraíso
O meu gesto de carinho
Tentaram afogar-me para que eu fosse
para um lugar bem longe
Isso causou muitos estragos
Ao cair da noite
Ninguém ouve, ninguém ouve
O que houve comigo, o que houve comigo
Ninguém ouve, ninguém ouve
O que houve comigo, o que houve comigo
Um Conselho é semelhante ao Mastruz, é forte e amargo para os que tomam, mas benéfico para todo o corpo.
Há quem diga que o futuro pode ser amargo. Prefiro acreditar que ele seja a sobremesa do momento que agora estou saboreando.
Têm dores que nenhum remédio ameniza. Para estas, somente um bom papo para adoçar o amargo da aflição. Feliz daquele que tem com quem dialogar.
No gosto das decepções descobri o amargo da falta de respeito. Respeito este que desejo seja enaltecido nas relações da vida, tudo para que ele mais exista, e isto para que assim só reste o sabor doce e deleite nas mais todas relações.
Seja o que for o que Deus nos dê - algo doce ou amargo - é para nos induzir a deixar que Cristo seja preeminente em nós.
... E VERSA-SE UM SONETO
... e versa-se um soneto arruelado
Na vil saudade, num gesto amargo
O coração com sentimento calado
E versos dispersos deixado ao largo
... e versa-se um soneto tão letargo
A alma ansiando tudo compassado
E a solidão infundindo o descargo
Mais do que deve, o pesar, atado
... e versa-se o soneto sucateiro
Nos suspiros do querer esquecer
Custe o que custar, teimosamente
... e versa-se um verso do madeiro
Da crucificação do soneto a sofrer
Chora o verso, queixa, inutilmente!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
25 outubro, 2022, 21’19” – Araguari, MG
SONETO ENFERMO
Geme o soneto, enfermo, na tristura
Amargo, sofrente, no acaso padece
Trova assim dura, por que o merece
Ferindo a poética com tanta loucura?
Ó sensação peia, ó teia sem ternura
Se o versar ouvisse a súplice prece
Da emoção, e o leve rimar pudesse
O verso seria o que o alívio procura
Como chora a estrofe no desengano
Escorre pela mão somente o flagelo
Deixando o versejar maldoso, tirano
Sim, é a sorte, num ousado atropelo
E o emocional com sentimental plano
Pondo o cântico em vicioso pesadelo
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 maio de 2023, 16’06” – Araguari, MG
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