Amargo
Onde estão os heróis, imbatíveis e invencíveis? Somos uma matéria frágil e limitada ao gosto amargo da morte.
A confiança é como a rede do pescador, pode trazer bons peixes e também criaturas de sabor amargo, mas esses podemos descartar e escolher apenas os melhores!
Da fruta
Racionalidade,drink de solidão.
Quanto mais dela bebe,
Mais amargo teu coração .
Se com ela se entorpecer ,
Dúvidas irão florescer.
Em uma ilha de pensamentos
Estarás agora a viver.
A mesma fruta que te condena
É a mesma que te liberta
Se hoje teu coração aperta
É porque não fez a escolha certa
Doce amargo sabor da cafeína.
Sentado de frente a minha janela,
Uma xícara de café,
Lá fora a fina chuva vai mansamente causando-me uma infusão,
Na mesa,
Meu caderno de rascunhos fica como testemunha dessas horas que parecem nunca passar,
Um gole aqui,
Outro gole alí,
O doce amargo sabor da cafeína me faz ter uma visão,
Cravo a grafite nas folhas já rasuradas,
E um desenho emerge diante do meu olhar,
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São as estrelas junto a garoa fina e fria que caem dos meus olhos,
Fazendo-me delirar nos meus próprios pensamentos,
E também me fazem chorar com uma canção...
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
Tenha orgulho dos seus valores, mesmo que o mundo esteja de cabeça para baixo no gosto amargo de propagar a aceitação da diversidade como se assim tudo fosse normal.
Porta voz.
Com um engasgo na garganta,
Me confronto com meus pensamentos,
Um amargo oprimido,
Me vejo como Porta voz de uma inspiração única,
Porta voz de uma imaginação acelerada,
Ela insiste,
O confronto é um tal bate boca interno que não para,
Apenas eu posso ouvir,
Mas sofro para tentar entender,
Uma , duas ou mais dúvidas me consomem,
Náufragos de uma alma absorvida,
O grito silencioso faz cada vez mais me calar,
Sem rumo,
Não me encontro,
Sem rumo,
Fico confuso,
Um giro-giro atordoado,
Que fazem minhas buscas ficarem rodopiando,
É uma boca seca que não quer água,
É uma boca saciada que não bebeu nada,
Meu coração dispara,
Tento falar,
Mas minhas cordas vocais me decepcionam,
De repente acho uma saída,
Escancaro a janela,
Até que enfim,
O Porta voz em mim se declara,
É a minha alma afluente que desce rio abaixo querendo subtrair de mim o poema engasgado...
Autor :Ricardo Melo.
O Poeta que Voa
O meu amor é vago
Louco e desumano
Frio, tosco e insano
É amargo, vil, seco e imprudente
Insensato, medíocre, rude e doente
É cretino, vadio, estúpido e cruel
Se alojou em meu peito
Foi embora, e nem pagou
o aluguel.
estou esquecendo de viver... e aproveitar o sabor doce e amargo da vida. E desfrutar deles as maravilhas e a aprender com suas trevas. Aproveitar do doce, mais amargo que existe e do amargo mais doce que tem.
Doce vazío que assola minh'alma
Quando me preencherás por completo?
Amargo pecado que me corrompe lentamente
Quando enfim me dará um adeus?
Ó céus, que nos abençoa e nos castiga
Quando estarás decidido?
Perfeita desobediência que nos rege
Porquê ainda torna-te a assombrar-nos?
Não sabes tu, que o pior dos males sempre será uma mente perdida?
As palavras têm sabor:
Umas ardem como amargo fel,
outras como o mais doce mel.
... E cada uma identifica o interior
de quem as fala!
Edenice Fraga
A lágrima
"Agora a dor era lágrima,
que desceu do rosto amargo.
Escorreu por sobre a rosa,
deixando lá gosto de amor.
Sem querer levou consigo,
o perfume daquela flor.
Caiu em cima do verde,
e o fez brilhar de amor.
Para longe mandou beleza,
expressando o grande amor."
SAUDADE AMARGO AÇÚCA
Saudade, amargo açúcar que tempera a vida
O ingrediente das emoções mais vivida
Saudade que separa o perto e o longe do horizonte
Que desperta o silêncio no coração
Me prende a alma na profunda desilusão
Me aprisiona no calabouço do pensamento
Que sufoco a falta de liberdade me tira o ar
Saudade a semente de fatos que me deixa sem voz só de lembrar.
De tudo que foi vivido um dia,
nasce uma nostálgia sem hora pra passar.
Nasce um menino influenciado pelo som pesado e amargo do blues. Emocionado com as noites felizes que lhe inspiravam uma letra triste.
Este menino procurava nas estrelas um porque de tudo. Com as mãos no bolso e um cigarro na boca ele andava a noite. Com as mesmas sensações e pelos mesmos lugares, talvez fosse outra história, porém ele sabia, que como todas outras, teria o mesmo final.
Meninas novas falando as velhas mentiras que ele amava acreditar. Fazer o que, ele só quer blues e assim entorpecido por aquela sensação perguntava pra noite:
- Por que não deu certo? Talvez eu gostasse dela.
Ele sabia muito bem qual seria a resposta, perguntava mais por deboche da sua própria vida. Sentia-se confortável quando as coisas não estavam indo bem. Pensava e ansiava por um amor correspondido. E no silêncio, repetia pra si mesmo:
- Mas e aquele blues do cara enganado que me emociona, que eu escuto fumando um cigarro e bebendo uma cerveja, será que ele não vai mais falar de mim e eu não vou fumar nem beber por ele?
Ele fazia tudo à sua maneira. Imaginava-se um vira lata na noite, logo ele, que não aconselharia nem um cachorro a segui-lo, mas, sim, virava latas a noite. Com certeza e com cerveja ele se sentia completo, colecionava mágoas durante os dias, para então, bebê-las em um copo gelado a noite. Gelada, loira e amarga como várias garotas que ele conhecera.
As histórias que ele contava eram novas, mas o final era sempre o mesmo e ao menor sinal de que daquela vez seria diferente, fazia de tudo para que fosse igual. Sem muito esforço, notava-se nos seus olhos, quase fechados, e naquele sorriso amargo, que a noite estava boa. Ele só precisava disso, a parte melancólica da noite estava guardada nele e ele sabia disso, mas o brilho ou sereno da noite lhe fazia esquecer. O amargo da cerveja e a fumaça do cigarro lhe fazia bem. O menino boêmio sabia que assim que amanhecesse o sol viria, os amigos iram e a ressaca chegaria.
Com um bom café, um cigarro e o triste silêncio da manhã é chegada a hora de lembrar-se dos problemas e de resolvê-los sem fazer nada, apenas transformar aquele sentimento horrível em uma bela letra, uma bela poesia. O problema deixava de ser visto como problema.
Agora tudo aquilo virou música, virou frase, virou arte. Ele se via como um palco onde muitas pisaram e deixaram lindas apresentações. Onde todas atuaram muito bem.
Todos viram e ele acreditou que o personagem fosse real, afinal, ele era o palco e gostava muito dos ensaios.
Quando ficava sozinho, com a atriz principal, sabia que ela estava ensaiando para outras pessoas, mas mesmo assim só queria que ela fosse bem porque quando ela fosse aplaudida iria dizer:
- Essa é a minha garota, pisou em mim, me deixou ver por baixo do seu vestido e agora aplaudida por todos, ela vai pra longe de mim, essa é a minha garota.
Boêmio, bluseiro, o cara mais fácil da cidade, mas, também, o mais complicado de se entender, mesmo que pra ele aquilo fosse tão simples e tão óbvio.
- Você namora; você é enganado; você se sente mal; você sai; você faz tudo errado e depois, volta pra menina com a boca manchada por alguém que nem te conhece.
- Eu não namoro, eu até sou enganado, sim! Sinto-me mal também, mas eu vou para o bar, bebo o que posso pagar, depois procuro alguém, de preferência que não me conheça pra eu manchar a boca dela, depois, com um sorriso de canto, que é a marca do boêmio, é hora de dizer adeus.
Ele é como um livro de blues andante e sabe qual página ler para qualquer situação, muitas não vão fazer sentido pra vocês, mas acreditem é exatamente o que um boêmio faria naquela situação.
Já se imaginou casado? Perguntei a ele. Animado me disse SIM!! Eu dei uma risada, perguntei o porquê da animação se o blues nada mais é do que um amor não correspondido. Ele me disse:
- Boêmio da noite, meu escritório é no bar, boa noite meu amor, estou indo trabalhar.
Em qualquer realidade ele é blues.
Memorável tira gosto meio amargo
Perdida em meio as contas,
Se ainda é hora do anoitecer,
Entardecer com amanhecer!!
Será que já estou a te esquecer?
Esquecendo no esquecimento esse tal de esquecido,
Fugitivo que se tornou quem sabe um desatino desfavorecido,
Verdades se embaralham dentro de mentiras tão finas e robustas,
Vivo contigo dentro desta saia um tanto justa,
Pandemia só me faz entrar na depressiva bulimia,
Pomposo é o tempo,
Que sempre voa igual ao vento,
Me coloca a refletir sobre o mal que seria o nosso casamento,
Já pensou que louco que seria o maior do tormento,
Pesadelo esse que só me fornece sofrimento,
Poderosa é a força do pensamento,
Quanto mais se emana,
Mais se alcança,
Eu só desejo,
Que dentro da tua consciência,
Apareça um relampejo,
Não mais guiado pela tua adolescência,
E sim pelo instinto de sobrevivência,
Exaurida estou de bancar a tua amiga melhor,
Pior é tu que não se cansa de criar e inventar,
Tanta balela profana,
Tu sabe que nunca me engana,
Pega tua face de banana,
Veste o teu pijama,
E por favor,
Vê se te manca!!
Escrito por Madam Avizza em 22/05/2020 as 14:06 na cidade de Santos-SP
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