Amargo
Eu vou te dar um cansaço
Do amargo gosto do presente eu sou a causa, o efeito, os erros, os acertos, a infelicidade roubando a minha vida, eu sou a pouca demonstração de intimidade, os segundos infinitos, as ideias que perturbam...
Como se fosse um deles, eu sou a pessoa que perde o embalo, que odeio cenas e amo formalidades, sou desrespeitosa e descontrolada, sou ansiosa e nervosa, sou o que deveria ser, calma, quieta, centrada, sou do tipo que morro pela boca, pelas palavras.
Comporto-me de forma inquieta, às vezes acredito em mim, outras não, tem dias que obedeço, outros, peço desculpa, tem noites que faço baderna, outras fico em cima da cama fazendo nada. Mas eu odeio me sentir pressionada. Ah isso eu odeio.
Desdenha-se de mim só uma vez, meu potencial é excluir da minha vida, é enquadrar a pessoa na minha pirâmide do desprezo. Uma ova que vou dá chance para ser magoada outra vez.
Nunca sinto certo remorso, meu vocabulário é cheio de palavrões, reconheço meus erros, peço perdão quando convém, lamento por coisas que eu disse ou deixei de dizer, por vezes quis falar da minha doença, do meu pânico, do meu dia lindo que acaba em desespero.
Sei ignorar as regras básicas, sei investir nos meus talentos, sei publicar a mesma notícia com pontos e vírgulas, sei ser imediata e satisfeita, sei ser alguém sem novidades, sem respostas, sem coração.
Tudo que fizemos com o outro estamos fazendo conosco, isso não é tão fácil de aceitar, espalho a desordem, nem tudo desperta meu interesse, mesmo duvidando ainda tenho fé no ser humano, no coração que bate mais forte por uma boa causa.
É fundamental fazer pessoas felizes incontáveis vezes, é importante ter uma ideia melhor, fingir que se enganou, ser mais competente, sem desconfiar de nada, pegar a sobra para si.
Se eu reclamo é porque me sinto incomodada, se fico chata é porque já estou exausta, se estou morna é porque cansei do abuso. Odeio liberdade que ofende, ansiedade que fazem os segundos virarem dias, sustos inevitáveis.
Eu me sentia muito amada, mas não desejada, eu me sentia desleixada e era um desleixo de dentro para fora, eu queria ser amada do tamanho do universo, essa era a minha carência, a bomba sempre estourava na mão de quem quisesse me dar amor.
Que coisa horrorosa, eu passei a conter despesas, passei a ser o topo das regras, passei a ferir os corações que tentavam me dar apoio, passei, como de costume a desacreditar em mim.
Não me sinto bem, necessito de folgas e férias merecidas, mereço assiduidades em praias e corpo fechado para o cansaço. Agora ri de mim mesma, acredito em muitas coisas, menos nessa de corpo fechado, mas também não duvido de muita coisa.
Julgamentos de hoje não são válidos amanhã, a gente tenta entender essa vida maluca, embora ainda compenetrada a muitas heranças mal ditas e coisas estranhas vindas de gerações.
Se não pode ser esperado é porque não é para ser, eu sempre achei esse negócio de sexto sentido uma verdade absoluta, sempre fui feliz acreditando nessa intuição, sempre sonhei coisas malucas que me deixaram com medo ou pé no chão, sempre me comuniquei com telepatia com quem amei. Mesmo me sentindo ridícula, essas teorias fazem parte da minha vida.
Sentidos
Eu sinto o gosto do mundo
É um amargo gentil
Bem saliente instável
Desagradável hostil
Eu vejo em todas pessoas
Um doce jeito do engano
Um cheiro estranho insano
Mesmo as más em ser boas
Eu sinto o toque do amor
Sorrateiro, macio vem raspando
Envolve a cabeça e se armando
Decapita seu interlocutor
Do que me resta agora
É conhecer a vitoria
Ou a pós vida por vir
Pois de anseios quem chora
Nunca verá em outrora
Modo que agrade existir
Amor, é algo doce e não amargo, é algo bom e não ruim, te faz subir e não cair, te faz sorrir e não chorar, é viver e não sofrer. Amar, é tudo de bom.
Se o tempo não tem gosto, pq tão amargo?
Se não tem cor, nem forma, pq tão feio?
Se é tão rápido, pq tão lento?
Se é sempre tão preciso, pq tão perdido?
Se é o futuro, pq o presente?
Se é o passado, pq passou?
Tempo.
Quem é você afinal?
Tá roubando, ou tá me dando?
Me criando, ou me matando?
Tempo,
Não sei quem é você,
Mas você poderia ser mais legal.
Um café da manhã a cheirar a Natal.
Um café amargo perdido no teu doce beijo.
Um café demorado, sem pressas, a ultimar o que falta dos presentes, e, da ementa.
Um café e nós dois, assim... sem mais!
Feliz véspera de Natal, meu amor.
Bom dia!
Que o amargo da vida
Não roube-nos, à Doçura de vivermos
Felizes, mesmo que as tristezas cheguem...
E os sorrisos passeiem...
Nos deixando na saudade de sua volta!
O limão não é ruim. O problema é que como estamos acostumado com mel, o azedo se torna amargo além do que ele é.
Mas podemos tomar três atitudes em relação ao limão:
1º - chupar o limão e fazer cara de que não gostou (mas ai muita gente vai rir de nós);
2º - podemos fazer cara de quem não tá nem ai (isso surpreenderá muita gente);
3º - podemos fazer pouco dele e sorrir (Isso deixará muita gente sem endender nada).
Ou podemos simplismente fazer uma limonada. Mas isso seria disfarçar o limão com açucar.
Nós escolhemos como reagir ao limão.
54. Tomar uma decisão precipitada, é escolher fruto ainda verde, sem sabor, pode ser azedo ou amargo. Jamais fará bem à sua saúde.
Reflexões Chá da Vida
IMORTAIS
Amor! você desferiu um golpe amargo.
Você me faz atravessar as planícies mortais,
Entre cumes de montanhas que me rodeiam de sentimento desiguais
Desformes surgem as propensas nuvens que se condensam e caem
Banham me gotas pesadas de dores penetrantes que no paladar é mais salgada que lágrimas
Da incompreensão, que sou letra, sou palavra, sou o poema de lastros imortais que atravessam essas planícies de chuvas torrenciais que o poeta morre, mas a poesia jamais.
Morrendo eu neste solo deixarei um lago em que cada palavra minha era uma gota do amor que em mim brotava. Letras, palavras, gotas e agora restou somente a sede. Agora lhe restou a saudade, você quer beber e não tem mais. Pois cessou a fonte, dissiparam as nuvens. Sobraram somente vestígios de versos como poças aos pés dos montes. E as únicas palavras são lembranças que rolam das lagrimas de teus olhos sabendo que fonte era tua. Já neste lugar banha a lua das lembranças do poeta que inspirava palavras puras. Hoje ecoa nos beco e nas ruas do teu caminhar.
Gosto do cafuné mal feito.
Do amor mal acabado.
Gosto de falhas, de erros.
Gosto de café amargo.
Gosto de suco de limão sem adoçar.
Gosto de tudo aquilo que desajeitadamente tenta ser feliz.
Gosto de gostar das coisas incomuns...
Gosto tanto de você
Café de domingo!
O café esfriou...
Enquanto ela pensava nele que não voltou...
O amargo do sabor...
Estava na saudade que restou...
Vira e mexe...
A saudade ataca disfarçada de amor.
" Por ondes flores , florenças..."
Guardo teus versos...
Já que foi tudo o que restou.
Cibely, tomando café de domingo.
Ainda que o tempo encarregue de apagar as lembranças, ainda sinto o gosto amargo da saudade que ficou aqui no meu peito...
Ainda que o tempo possa me levar para outros caminhos, ainda sim sinto sua ausência.
A lembrança fica, mas e jamais deixarei se sentir sua falta Pai...
Amargo
Existir talvez seja a tarefa mais cruel que há. Mas o que é existir, não passamos de um ponto que se move pela terra, e à terra nada mais é que um ponto que se move pelo universo.
E de onde surgiu tudo isso, de onde viemos, o que é o sentimento, o sentir, é tudo tão estranho.
Pegar aquela xícara, sentir o amargo do café, como isso é possível, como é possível que algo exista.
À existência é um abstrato tão confuso, tão bizarro, que vez ou outra me pego olhando pra mim mesmo e imaginando o que sou, mas isso é tão assustador, angustiante...
A única coisa que sei é que a vida é assi...
Diga Adeus...
Sendo meu ultimo desejo,
Amargo sonho das trevas,
Que sejam obsoletas,
nesta forma singular...
De sonhos profundos
Dessa decadência,
De meus demônios,
Vagam pela mares,
Que sejam o vazio
Dos males da alma,
Se reprime no acido desta vida,
Ao mesmo tenor ausente
O frio que abranda o destino...
Cruelmente, Chorar,
A lagrimas do repente,
Que assim choveu,
Mais uma vez no deserto,
Do teu nome um simples adeus,
Dentro do horizonte um desejo
Que nunca se calará... Como de repente
Ainda senti momento que nunca passou
Diante os absurdos dessa vida que acabou.
Te digo que o amor apenas se eternizou...
No profundo silencio de nossas almas,
Para devastação que se abateu...
Entre as sombras que cobriram,
Entretanto o ar frio reata a imensidão,
Neste atroz paradigma que a diz que a amei,
Sendo assim o infinito do coração,
Passivamente os estágios elementares
Passaram para um passado esquecido.
Quando avistei o paraíso, deitei e dormi, com um sorriso no rosto acordei e o gosto era amargo na boca