Amarga e Doce
Doce vai ser quando você realmente acordar pra vida e encarar a verdade por mais amarga que ela seja, por que decepções, desilusões, amores perdidos passam. Reclama que não consegue ser feliz, não é que não consegue, não quer. Acredite, tudo o que passou e tudo que há por vir vão ser experiências, por que se não passar por isso você não vai conseguir distinguir o que é o bom da vida.
É doce a desilusão, é amarga e maliciosa, impiedosa e voraz, não tem pena, não existe auxílio, é apenas dor e lágrimas.
“Doce e amarga, sou assim. Doce demais enjoa, certo? Amargo demais estraga e fica ruim, insuportável de aguentar o gosto. Doce pra quem é gentil e educado comigo, pra quem me conhece de verdade e teve a oportunidade de conhecer meu lado meigo, otimista. Amarga pra quem me fez sofrer, pra quem fez eu engolir o choro, pra quem destruíu meus sorrisos e meus encantos. Doce porque quero oferecer o meu melhor pro mundo. Amarga pros hipócritas, que não merecem meu respeito mas desejo o bem… O bem longe de mim.”
Posso, múltiplas vezes, ser muito amarga, mas não o sou sempre, pois minha essencia é doce! E saiba que, no fundo de muita amargura, encontra-se delicadeza, amor e sonhos!
"Não tenho mais doce aqui comigo. E talvez por isso eu esteja um tanto amarga. Mas pelo menos agora, com as coisas menos açucaradas deve ser mais fácil ir adiante, sem deixar pistas – uma fileira de formigas que me roubam doces no meio do caminho."
Depois de tudo, eu devo ser doce ou amarga? Eu devo chorar ou ficar alegre? Eu devo perdoar ou não perdoar? Eu devo esquecer ou lembrar? O que eu devo fazer? Pra todas essas perguntas sei que as respostas devem ser positivas! Eu sou doce mais sinto que devo ser amarga, devo também ficar alegre mais, não estou, eu devo perdoar mais não tem o que perdoar, eu preciso esquecer mais eu não esqueço. Eu sei o que,e de quem, eu preciso pra ser feliz, só não sei se vale a pena!
CHUVA QUE ME INSPIRA
"Doce e amarga chuva.
Que cobre o suor deste corpo,
Fatigado de tanto lutar.
Que lava a aura dest'alma,
Desbotada de tanto sofrer.
E desdenhada e incompreendida,
Deixa-a misturar-se
Com as águas de seu pranto.
Doce e amarga chuva.
Que deságua nesta terra,
Desprovida de cuidados
E há tempos sofrida.
Que arrasta com fúria,
Seus torrões secos e áridos,
Sedentos por alguns borbotões.
E castigada e impotente,
Deixa-a talhar-se
Com sulcos de erosões
Doce e amarga chuva.
A natureza se curva diante
De sua uníssona presença.
Com silêncio profundo,
Faz-te adorada reverencia.
Seu reinado, sempre absoluto;
Ainda que te falte cadência
Ah, doce e amarga chuva.
Sua existência paradoxal,
Torna-te augúrio ou
Faz-temensageira
Do bem e do mal"