Âmago
Estou querendo um encontro íntimo com minha essência. Preciso mergulhar no fundo do âmago do meu ser, passar algum tempo por lá para repensar minha vida e buscar respostas para muitos questionamentos pendentes. Não sou uma pessoa passiva, que aceita tudo sem argumentar nada, não me mantenho na superfície das coisas, vou atrás, investigo, questiono, me aprofundo até obter as respostas que necessito para que haja de minha parte o processo de aceitação de determinados fatos. Na dúvida não fico, me deixa inquieta, impaciente, sou investigativa demais para aceitar argumentos rasos, tipo: ah, é preciso que seja assim, tem que ser assim, isso não é resposta que satisfaça. Tem que ser por que? É preciso por que? Por trás de todo efeito sempre existe uma causa. Gosto de desvendar mistérios, meu temperamento aventureiro não aceita meias respostas, me lanço nesse mergulho profundo nas entranhas do meu ser porque quero e mergir com mais segurança e sabedoria, só volto a tona quando me sinto satisfeita com meus achados. Aí sim, regresso serena, forte, segura para dar voos mais altos, cortando os céus, aportando em outras paragens, onde meu espírito sagaz e aventureiro encontrará novos desafios que contribuirão para minha escalada evolutiva. Vida que segue e minha alma que cresce e acompanha junto ao desdobrar do tempo, cada dia se moldado, se lapidando através dos milênios para atingir a perfeição destinada a todos os seres. _
ÂMAGO
Jojó puto de 14 anos que ao invés de uma esferográfica tem uma
catana em suas mãos e seus pés descalços nessas matas que amedrontam a elite
despreparada
A minha alma ficou na aldeia
O que é que assegura as nuvens lá em cima ?
Neve e nuvens assemelham-se
Energias transcendendo as forças terrenas
Homens escravizados, correntes nos pulsos dos escravos, ouro do colono
Eu voltei para a cidade
Pelo prazer o homem inala o pó e ao pó há-de voltar
Pegadas humanas marcadas na mata, não na lua
Corpos banhados e purificados no riacho de pedras
O balde de açúcar dado pela sereia à mulher dos panos amarelos
Mi-Sosos deixadas pelos ancestrais
A minha alma ficou na aldeia
Deduzi que o nosso espírito transforma-se em estrela no "pós-vida",
quando tudo se finda... quando é que tudo se finda ?
Mas, o que é o espírito ? e a alma, o que é ?
Eu voltei para a cidade
A vida é tão curta, procuro apenas a simplicidade
Conversando com o meu coração ele revelou-me que tu és a mulher certa
Se não forem biblícas podem ser pseudo-revelações
Inimigos exteriores são contos de fadas
A verdadeira batalha é a luta contra os nossos defeitos
A minha alma ficou na aldeia
Vazio é o prato, estafado é o corpo,
condenado é o homem que nasce na aldeia
Aldeia desiluminada, água das pedras infetadas
pelo vírus da desumanidade
Desumano sou eu que voltei para cidade, como se nada
eu tivesse visto
A minha alma ficou na aldeia
Jojó puto de 14 anos ainda sem comida no prato,
uma escola digna, nada de melhor para a família
água potável e sem energia
Apenas reza pela comida no prato e o ar fresco
E no nosso âmago reside aquela força imperiosa que nos faz levantarmos todas as manhãs, buscarmos nosso lugar ao Sol e, esperançosamente, torcermos para que as dificuldades não o ofusquem.
Cika Parolin
Sintonia
Quando
As palavras
Em sintonia brotam
Do âmago,
O que se lê, escuta...
Fala-se
São linhas lindamente
Sublinhadas de Amor.
Minha epifania
Minha epifania
Minha fina sintonia
Meu âmago
Meu encontro
Não sei se te conto
Minha descrição indescritível
De algo que aconteceu,
De algo tão sensível
Minha epifania
Minha tênue linha
Algo tão singelo
Que só eu sei
Algo sem lei
Algo que não posso dizer
Minha epifania
Que pode ser com o Senhor
E com meu amargor
Ou comigo mesmo
No dia que percebi
De tudo que se passou
De tudo que perdi
Esta é minha epifania
Algo que não vou te contar
Algo que passou na vida minha
Mantenho a minha angustia dentro do meu âmago
não que seja algo bom ou ruim mas apenas o esperável
Gosto de vê-la crescer a cada dia que se passa
a razão disso? Talvez medo afinal é uma coisa que nunca senti direito antes
ou talvez seja por que sei... Sei que um dia ela vai ser mais forte do que eu
sei que esse dia sera meu desfecho.
Nenhuma alma pode ser completamente feia, se lá no fundo do seu âmago esconder-se um pouquinho de luz.
Intuição
Esta, recebi no ventre
Apurada, com o tempo, semoto
Cravado no âmago, feito raiz
Silenciosa como as águas
Profundas do oceano
Nada passa sem descortinar
Fui aprendiz na turbulência
Mesmo de costas...
Percebo os movimentos
Antes da flecha lançada
Palavras, entrelinhas,
São as que mais identifico
Deixo-as no relento
Até que achem seu destino
Tudo que se lança no universo
Ele reconduz segundo o merecimento
Intuir não é obstar...é
Aprender a enfrentar, forças que emanam
De seres em estado de cólera, frustração.
É perceber o amor em sua concepção.
Ainda te digo:
Se tens medo,no âmago é porque ainda fere o consciente,poucas almas conseguem alçar voos desejados quando se desprendem.
Precisamos acordar o gene humano adormecido em nosso amago.
Estamos cometendo atrocidades achando que só ferimos os outros, mas também nos dizimamos,
Amar
Transcender
Coisas mundanas
Ter no âmago, Paz
Que o infinito habita
Cada cantinho do Ser
O Sorriso da alma,
É refletido no olhar
Quando o íntimo esta a dizer
Enfim achei meu lugar.
Na meu âmago emaranhado
Habita uma alma sinuosa
A inépcia descomunal perdura
Entre a felicidade dissimulada
Entre o altruísmo e a frivolidade íntima
Impera a índole justa
Abrir a mão do que é afeiçoado
Parece ser o racional preciso
No convívio de acertos e erros
Obstinações e arrependimentos
Perdura a dúvida enigmática
Prosseguir onde? Diz o coração arredio...
Fazer o melhor é o que basta
Embora nem sempre é o correto
O que é o íntegro para mim
Não é bom o suficiente para o adverso
A ótica da felicidade é obtusa
Difícil, a maioria das vezes, de ser absorvida
Carpe Diem é o certo
Pois o tempo é frenético, efêmero e agressivo
Quando os olhos estiverem cansados e o coração inesperadamente ardente, mergulhe no âmago do ser. E mais do que observar, aceite (ou tente) suas ambiguidades. Sua "inesperada" incompreensão sobre si mesmo.
Hoje o céu noturno representa o âmago de minha tristeza: Sem luz, sem brilho, apenas pairando sobre mim as nuvens da incerteza e do medo.
O gosto
E pensar que já provei do gosto sublime do teu beijo, do teu amor e no âmago da minha alma senti uma paz que sequer, consigo exprimir em poucas linhas...
E eu vou te ser sincero que vontade louca de te ver novamente, de fazer aquilo que me vier na cabeça, e dedilhar tua pele macia como uma pétala de rosa e ver teus olhos rasos d’água de alegria...
Tomara que esse dia chegue novamente e que possamos perpetuar algo profundo e mágico...
Pedaço Meu
Dos muitos sonhos tidos,
e muitos foram, alimentei o meu âmago
de todos eles.
Quando quis sair desse tormento, já de há
muito era presa do teu amor, que percorria
pelo meu corpo, cercando todos os espaços,
e presente estando, em todos os momentos.
Cercado, preso, fui me tornando um ser que
só sabia viver do teu calor, se não te via,
procurava-te, eras a fonte que saciava a sede
de querer que eu tinha.
Pedaço meu, que tanta falta faz, sem ti é viver
no nada, é passar pela vida em branco, sem dela
sentir o que de melhor existe, o gosto doce
diferente, do amor.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Mrmbto da U.B.E
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